Título: Real fantasia
Artista: Ivete Sangalo (em foto de Mauro Ferreira)
Local: HSBC Arena (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 11 de maio de 2013
Cotação: * * *
"Metade do show é exibicionismo total", reconheceu Ivete Sangalo, no bis da primeira apresentação do show Real fantasia no Rio de Janeiro (RJ), após cantar Festa (Anderson Cunha, 2001) e antes de pegar a guitarra para fazer versão power da balada Deixo (Sérgio Passos e Jorge Papapa, 2007). Sim, a cantora e compositora baiana - estrela que reluz há 20 anos no mercado da música afro pop baiana - usa parte de seu show como veículo para seu exibicionismo e reconhece isso em cena com honestidade. Sem fazer pose, a sincera Ivete também revelou no palco da HSBC Arena, na noite de 11 de maio de 2013, que até seus amigos lhe dizem que ela peca por esculhambar seu próprio show. Sim, se limadas as falas de Ivete (que a partir de determinado instante do show se dirige repetidas vezes ao público-fã com perguntas como "Tô gostosa?"), Real fantasia cairia ainda melhor em cena. De todo modo, o show é bom. Poucas cantoras têm o carisma e o domínio cênico demonstrados por Ivete no palco. Desde sua primeira aparição em cena para cantar No brilho desse olhar (Dan Kanbaiah e Davi Salles, 2012), balada pop sustentada pela batida percussiva do samba-reggae, o palco e o público são de Ivete. O repertório de Real fantasia - disco de inéditas lançado em outubro de 2012 com músicas de acentuado sotaque latino - evolui bem ao vivo. Crescimento perceptível já no segundo número do roteiro, a música-título Real fantasia (Magary Lord, Jorginho, Codô Lima e Fábio Alcântara, 2012), que aquece a temperatura para Cadê Dalila? (Carlinhos Brown e Alain Tavares, 2008), tema incandescente através do qual Ivete transforma a pista da arena carioca no chão da Praça Castro Alves. Já ambientada neste clima festivo pela própria natureza celebrativa, País tropical (Jorge Ben Jor, 1969) ganha caco que afaga o ego do público carioca. Mas nem a atmosfera de festa apaga a impressão de que o repertório atual de Ivete desce ladeira no confronto com o antigo. Sensação reforçada pela inclusão no roteiro da veloz Arerê (Alain Tavares e Gilson Babilônia, 1997) e do medley que junta infalíveis hits seminais como Eva (Giancarlo Bigazzi e Umberto Tozzi em versão de Marcos Ficarelli) - sucesso do grupo Rádio Táxi nos anos 80 que a Banda Eva tomou para si na década de 90 - Alô paixão (Jorge Xaréu, 1994) e Beleza Rara (Ed Grandão e Nego John, 1996). Mas isso pouco importa para a plateia que Ivete põe na palma da mão. Para esse público, músicas como No meio do povão (Rubem Tavares e Jorginho, 2012) - reggae que evolui para um samba-reggae à medida em que avançam os versos que citam a própria Ivete - já garantem a real animação da festa, sustentada pela banda calorosa que combina metais, guitarras, percussões e beats eletrônicos. É escorada nessa banda que Ivete flerta com o samba-rock à moda baiana em Balançando diferente (Gibi e Fabinho, 2012) e que ambienta em clima dance temas como Acelera aê (Noite do bem) (Gigi, Magno Sant'Anna, Fabinho O’Brian e Dan Kambaiah, 2010). Com essa alta dose de eletrônica, Essa distância (Gigi, 2012) vai atrás do trio elétrico para matar a saudade do ser amado. Com molho mais caribenho, Vejo o sol e a lua (Ramón Cruz, 2012) ilumina a forte latinidade do repertório do álbum Real fantasia em número gravado ao vivo pela cantora para dar origem a clipe da música. Latinidade que incorpora toque de reggaeton em Dançando (Felipe Escandurras, Márcio Victor e Thierry Coringa, 2012) - um dos hits do Carnaval baiano neste ano de 2013 - e o tempero da salsa em Puxa puxa (Fabinho O' Brian, Rubem Tavares e Duller, 2012), número em que Ivete assume a percussão ao fim da música. Dentro desse universo rítmico latino, mas fora de seu repertório, Ivete acentua o suingue de Ziriguidum (Thorn Silvestre Méndez Lópes em versão de Gileno Gomes e Gilmar Gomes, 2012) - sucesso da nova banda baiana Filhos de Jorge em 2012 - com metais e a voz em brasa. Aliás, verdade seja dita, a voz de Ivete continua tinindo - o que somente reforça o desejo de que a ótima cantora ainda grave um disco de estúdio que tenha a relevância de sua voz. Sem perder o pique em cena, a cantora enfileira sucesso do grupo Asa de Águia (Bota pra ferver, de Durval Lelyz), canta Milla (Manno Goóes e Tuco Fernandes, 1996) para saudar Netinho - o cantor baiano ora internado em hospital de São Paulo (SP) com graves problemas de saúde - e arrisca até versão desleixada de Modinha para Gabriela (Dorival Caymmi, 1975) para se exibir para a atriz Juliana Paes (presente na Pista Premier da arena), intérprete da personagem do escritor baiano Jorge Amado (1912 - 2001) na novela em que Ivete encarnou a cafetina Maria Machadão. Dentro do espírito do show, a inclusão de reggae do repertório do grupo fluminense Cidade Negra, Aonde você mora? (Marisa Monte e Nando Reis, 1994), faz certo sentido no roteiro por ser feita logo após Flor do reggae (Ivete Sangalo, Gigi e Fabinho O’Brian, 2004), sucesso da própria Ivete. Ao fim, quando encerra o show com Empurra-empurra (Alain Tavares e Gilson Babilônia, 2000), antes de voltar para o bis que teve o samba-reggae Sorte grande (Lourenço, 2003) e deslocada participação da cantora Luka, Ivete Sangalo sai do palco com a certeza de que sua missão foi cumprida. Descontados os momentos de exibicionismo total, a festa rola com real animação porque Ivete Sangalo veste bem em cena a sua habitual fantasia.
16 comentários:
"Metade do show é exibicionismo total", reconheceu Ivete Sangalo, no bis da primeira apresentação do show Real fantasia no Rio de Janeiro (RJ), após cantar Festa (Anderson Cunha, 2001) e antes de pegar a guitarra para fazer versão power da balada Deixo (Sérgio Passos e Jorge Papapa, 2007). Sim, a cantora e compositora baiana - estrela que reluz há 20 anos no mercado da música afro pop baiana - usa parte de seu show como veículo para seu exibicionismo e reconhece isso em cena com honestidade. Sem fazer pose, a sincera Ivete também revelou no palco da HSBC Arena, na noite de 11 de maio de 2013, que até seus amigos lhe dizem que ela peca por esculhambar seu próprio show. Sim, se limadas as falas de Ivete (que a partir de determinado instante do show se dirige repetidas vezes ao público-fã com perguntas como "Tô gostosa?"), Real fantasia cairia ainda melhor em cena. De todo modo, o show é bom. Poucas cantoras têm o carisma e o domínio cênico demonstrados por Ivete no palco. Desde sua primeira aparição em cena para cantar No brilho desse olhar (Dan Kanbaiah e Davi Salles, 2012), balada pop sustentada pela batida percussiva do samba-reggae, o palco e o público são de Ivete. O repertório de Real fantasia - disco de inéditas lançado em outubro de 2012 com músicas de acentuado sotaque latino - evolui bem ao vivo. Crescimento perceptível já no segundo número do roteiro, a música-título Real fantasia (Magary Lord, Jorginho, Codô Lima e Fábio Alcântara), que aquece a temperatura para Cadê Dalila? (Carlinhos Brown e Alain Tavares, 2009), tema incandescente através do qual Ivete transforma a pista da arena carioca no chão da Praça Castro Alves. Já ambientada neste clima festivo pela própria natureza celebrativa, País tropical (Jorge Ben Jor, 1969) ganha caco que afaga o ego do público carioca. Mas nem a atmosfera de festa apaga a impressão de que o repertório de Ivete volta e meia desce ladeira. Sensação reforçada pela inclusão no roteiro da antiga Arerê (Alain Tavares e Gilson Babilônia, 1997) e do medley que junta infalíveis hits seminais como Eva (Giancarlo Bigazzi e Umberto Tozzi em versão de Marcos Ficarelli) - sucesso do grupo Rádio Táxi nos anos 80 que a Banda Eva tomou para si na década de 90 - Alô paixão (Jorge Xaréu, 1994) e Beleza Rara (Ed Grandão e Nego John, 1996). Mas isso pouco importa para a plateia que Ivete põe na palma da mão. Para esse público, músicas como No meio do povão (Rubem Tavares e Jorginho, 2012) - reggae que evolui para um samba-reggae à medida em que avançam os versos que citam a própria Ivete - já garantem a real animação da festa, sustentada pela banda calorosa que combina metais, guitarras, percussões e beats eletrônicos. É escorada nessa banda que Ivete flerta com o samba-rock à moda baiana em Balançando diferente (Gibi e Fabinho, 2012) e que ambienta em clima dance temas como Acelera aê (Noite do bem) (Gigi, Magno Sant'Anna, Fabinho O’Brian e Dan Kambaiah, 2010).
Com essa alta dose de eletrônica, Essa distância (Gigi, 2012) vai atrás do trio elétrico para matar a saudade do ser amado. Com molho mais caribenho, Vejo o sol e a lua (Ramón Cruz, 2012) ilumina a forte latinidade do repertório do álbum Real fantasia em número gravado ao vivo pela cantora para dar origem a clipe da música. Latinidade que incorpora toque de reggaeton em Dançando (Felipe Escandurras, Márcio Victor e Thierry Coringa, 2012) - um dos hits do Carnaval baiano neste ano de 2013 - e o tempero da salsa em Puxa puxa (Fabinho O' Brian, Rubem Tavares e Duller, 2012), número em que Ivete assume a percussão ao fim da música. Dentro desse universo rítmico latino, mas fora de seu repertório, Ivete acentua o suingue de Ziriguidum (Thorn Silvestre Méndez Lópes em versão de Gileno Gomes e Gilmar Gomes, 2012) - sucesso da nova banda baiana Filhos de Jorge em 2012 - com metais e a voz em brasa. Aliás, verdade seja dita, a voz de Ivete continua tinindo - o que somente reforça o desejo de que a ótima cantora ainda grave um disco de estúdio que tenha a relevância de sua voz. Sem perder o pique em cena, a cantora enfileira sucesso do grupo Asa de Águia (Bota pra ferver, de Durval Lelyz), canta Milla (Manno Goóes e Tuco Fernandes, 1996) para saudar Netinho - o cantor baiano ora internado em hospital de São Paulo (SP) com graves problemas de saúde - e arrisca até versão desleixada de Modinha para Gabriela (Dorival Caymmi, 1975) para se exibir para a atriz Juliana Paes (presente na Pista Premier da arena), intérprete da personagem do escritor baiano Jorge Amado (1912 - 2001) na novela em que Ivete encarnou a cafetina Maria Machadão. Dentro do espírito do show, a inclusão de reggae do repertório do grupo fluminense Cidade Negra, Aonde você mora? (Marisa Monte e Nando Reis, 1994), faz certo sentido no roteiro por ser feita logo após Flor do reggae (Ivete Sangalo, Gigi e Fabinho O’Brian, 2004), sucesso da própria Ivete. Ao fim, quando encerra o show com Empurra-empurra (Alain Tavares e Gilson Babilônia, 2000), antes de voltar para o bis que teve o samba-reggae Sorte grande (Lourenço, 2003) e deslocada participação da cantora Luka, Ivete Sangalo sai do palco com a certeza de que sua missão foi cumprida. Descontados os momentos de exibicionismo total, a festa rola com real animação porque Ivete Sangalo veste bem em cena a sua habitual fantasia.
Desde que surgiu na cena musical baiana em 1993, arrancando elogios rasgados de dentre outros, Maria Bethânia ("essa menina ainda vai se tornar a maior cantora que esse país já viu!" lembram?) Ivete tem como sua principal meta o entretenimento, desprovido de 'mensagens-cabeça' ou 'música-para-refletir' já que atrás do trio elétrico ou num show de axé, todo mundo quer curtir, pular, dançar e extravasar. Pode até haver dentre o seu repertório, uma ou outra canção mais elaborada, de letra um pouco mais marcante, mas a proposta nunca foi essa. Foi sempre divertir, fazer vibrar de alegria.
A voz - sempre impecável e cada dia mais consistente, mais apurada - esta a serviço da alegria. E ela se basta por isso, se dá por (muito) satisfeita. Já mostrou, em inúmeras vezes ao lado de grandes nomes como Roberto Carlos, Geraldo Azevedo, Caetano, Gil, Rosa Passos e uma lista infindável de nomes (relevantes ou não) que quando QUER sabe utilizar seu timbre como poucas, sabe cantar samba, pop, MPB e o que quer que seja. Vide o projeto "Pode Entrar" que dá uma clara amostra disso. E tudo isso sem recorrer àqueles vibratos insuportáveis (alô Daniela Mercury!) ou querer posar de "moderninha", eletrônica, clássica, atirar para todos os lados, mas sim sempre se declarando com orgulho uma cantora de axé, que honra a tradição dos trios elétricos de onde ela sempre olhou por cima para todas as outras, foi mais longe que qualquer contemporânea de sua seara musical. Na música baiana, da tradição popular do carnaval, ninguém foi mais longe. E ela está aí, desde que estoourou em 1997 com o álbum "Banda Eva Ao Vivo" numa carreira ascendente, sem altos e baixos.
Ivete não é a "rainha do axé", título tão folclórico como a quem lhe cabe até hoje. Ivete Sangalo é uma das rainhas da música brasileira. Quer queiram, quer não, ela ainda tem muita lenha pra queimar e muito pra "se amostrar" pra esse Brasilzão.
E dá-lhe Ivete Sangalo - a verdadeira "filha da alegria"!!!
C.
Mauro, a estrutura dos shows dela só é nas capitais do Sudeste, pois nas pequenas cidades a história é outra.
O pop é exibicionista. E Ivete se vale disso, porque também é pop. Ela pode... rs
Que bom ver o Mauro se render aos encantos e ao profissionalismo da Ivete! Não há o que se discutir: em termos de música-pop-baiana (axé é muito limitador) a moça faz bonito e bem feito!
Só não consigo entender o demérito, o quanto é "descer ladeira abaixo" quando Ivete canta coisas como "Arerê" (um clássico da Banda Eva dos tempos dela) e o "luxo" quando Daniela - com a voz cada vez mais fanha e fudida - canta "cumadi mandô fazê couchê" ou "love as suas transas de mel/ rapunzel, rapunzel" ou "boi tatá papai noel/ london london london lundú" me explica? Existe por acaso mais sentido nas letras da Daniela do que nas da Ivete? AONDE? Em que planeta?
Sim, pois se Ivete canta algumas músicas de letras bobas e non-sense, mas canta BEM e com uma voz PERFEITA, coisa que Daniela já não faz a tempos, acho que temos que ser justos né?
Ivete tombou com a concorrência já faz séculos.... Danielas, Claudinhas e as outras cópias que se desdobrem e se esforcem pra alcançar a moça, pois ela não tá no mundo pra brincadeira: ela veio pra ficar. Tá provando isso por A + B já faz 20 anos....
Gaby, sorry, eu julgo o show que vi. Se o artista não repete a estrutura em palcos menos 'hypados', aí é uma questão de cada um. Jarilene, eu redigi mal esta parte do texto. Quis dizer que as músicas antigas, como Arerê, são melhores. Vou ajustar o texto. Abs, MauroF
Respondendo ao comentário acima:
"Mauro, a estrutura dos shows dela só é nas capitais do Sudeste, pois nas pequenas cidades a história é outra."
Sim, realmente existe uma estrutura menor para shows em pequenas capitais e cidades do interior, senão, como viabilizar a ida da artista aos cafundós e cidadezinhas do país que ela sempre prestigiou?
Uma estrutura desse porte (do show apresentado no Rio) só é viável em cidades DESSE porte, que pagam o custo-benefício de uma produção dessas. Os shows em cidades menores podem até não ter todo o aparato tecnológico que Ivete leva as grandes capitais, mas tem o mesmo nível de profissionalismo e satisfação.
Ivete já tem 20 anos de carreira... É mesmo! o 1º disco da Banca Eva saiu em 1993. E, ainda hoje, os fãs dela, pra enaltecer seu talento, insistem em arrasar com outras artistas. Acredito que Ivete não precisa disso. Sua permanência em cena diz tudo.
Achei válida a crítca. Só não entendo ressaltar como negativo a questão do 'exibicionismo', pois 'exibir' é a própria semântica da palavra 'show'. É o que faz todo e qualquer astro POP em turnê, de Madonna a Adele, de Paul McCartney a Justin Bieber. A diferença é que Ivete abre o jogo e verbaliza pro público. É uma das característica da relação que ele estabeleceu com seu público, pois além de grande cantora, Ivete é uma habilidosa comunicadora.
Sei não, mas me pareceu que Mauro gostou do show mais do que expressou. Mas como crítico em cena, talvez isso seja parte de sua habitual fantasia...
A Ivete é uma grande animadora de auditórios,cantora é outra coisa.
Cacá e Jarilene, o tópico e sobre Ivete e para falar bem dela não precisa diminuir ninguém! Cada uma tem o seu valor!
Meus respeitos a "Dona Emengarda" pelas belas e sábias palavras escritas aqui. Concordo em gênero, número e grau com o fato de que todas têm seu talento e que pra enaltecer uma, não é preciso diminuir ninguém. Acho insuportável essa constante comparação que os fãs clubes insistem em promover, tentando criar polêmicas desnecessárias, bem ao estilo "Marlene X Emilinha". É chato, é blasé, é cafona até, essa coisa de "Gal X Bethânia", "Daniela X Ivete" etc.! O que nos impede de gostarmos de todas?! Não seria possível nos deixar seduzir de formas diferentes, proporções diferenciadas por vozes tão diversificadas e presentes de nossa rica e maravilhosa MPB? Cada uma com seu estilo, com sua proposta, com sua personalidade, sem segmentações antiquadas, mas sim, ampliando o leque do ecletismo e principalmente respeitando os gostos e opiniões alheias, sem tentar estabelecer padrões e/ou "verdades pré-concebidas". Posso ter a minha preferência por uma ou outra, mas acho que tanto Ivete, com seu "exibicionismo" e "carisma e animação de auditório", assim como Daniela, com seus "vibratos" para mim, nada insuportáveis têm seu imenso valor. Acima de tudo, são profissionais talentosíssimas que sabem respeitar e prestigiar seus respectivos públicos com suas vozes e seus repertórios. Há espaço pra todas. E nós é que ganhamos com isso.
Bom, sou um ardoroso fã do timbre da IS, mas o seu repertório é uma porcaria. Por mais que ela tenha a consciência de fazer apenas entretenimento, é um desperdício uma cantora com "tanta" lenha para queimar no mercado, se restringir a esse setlist tão empobrecedor para cultura brasileira.
Assim, como concordo com algumas narrativas acima, no tocante à eterna rainha do axé, Daniela Mercury, no quesito qualidade vocal, mas não há como comparar o trabalho de ambas pois seguem roteiros completamente diferentes, além da proposta de cada uma. Também não vejo nenhum problema no artista querer se arriscar por diversos caminhos da música, pois creio que a proposta de quem faz arte é instigar, também.
Vida longa para IS e seu axé mais do mesmo.
Eu não consigo ouvir, muito menos ver.
Daniela sai do comodismo e parte par diferentes artes...ivete nao inova em nenhuma vez cantando sempre a mesma musica (axé)..achei infeliz a comparacao de ambas,ja que daniela foi incluida na lista das 25 melhores vozes femininas do brasil...daniela nao e so axé e sim mpb.
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