Título: Ser de luz
Artista: Mariene de Castro (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Vivo Rio (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 6 de junho de 2013
Cotação: * * * *
Levada a prestar um tributo a Clara Nunes (1942 - 1983) no auge do sucesso de seu disco e show Tabaroinha (2012), para registro de CD e DVD editados neste ano em que o Brasil celebra a cantora mineira por conta dos 30 anos de sua saída de cena, Mariene de Castro está conseguindo conciliar no palco os dois trabalhos de forma iluminada. Ser de luz - o show da turnê que teve sua estreia nacional em São Paulo (SP) em 30 de março e, após passar por Portugal e Salvador (BA), chegou ao Rio de Janeiro (RJ) em 6 de junho em consagradora apresentação na casa Vivo Rio - não é o mesmo show gravado pela cantora baiana em 9 de outubro de 2012 no Espaço Tom Jobim (RJ). Em vez de cantar somente o repertório de Clara, para depois dar sua voz calorosa a algumas músicas de seu próprio cancioneiro, Mariene apresenta mix azeitado dos dois trabalhos. A espinha dorsal do roteiro é o tributo a Clara, mas, ao encadear músicas como Oxossi (Roque Ferreira e Paulo César Pinheiro, 2004) e A deusa dos orixás (Romildo Bastos e Toninho Nascimento, 1975), Mariene explicita o parentesco natural que existe entre seu repertório e o de Clara, unidos pelos signos afro-brasileiros e por vivaz brasilidade que cai bem na voz incendiária da baiana. Ao aproximar os dois repertórios, a baiana se distancia mais da matriz da mineira guerreira e afirma sua própria personalidade. Mariene está cantando Clara como Mariene, com a ajuda do toque nordestino do acordeom de Cícero Assis (mais nítido no CD, pois a percussão se faz ouvir com mais força em cena). De todo modo, Mariene irradia tanto calor no palco que a participação de Diogo Nogueira resultou dispensável. Com sua voz de trovão, Mariene já faz o santo baixar em casa grande. O show na casa Vivo Rio reiterou o momento de consagração nacional da baiana guerreira, cantora de luz.
8 comentários:
Levada a prestar um tributo a Clara Nunes (1942 - 1983) no auge do sucesso de seu disco e show Tabaroinha (2012), para registro de CD e DVD editados neste ano em que o Brasil celebra a cantora mineira por conta dos 30 anos de sua saída de cena, Mariene de Castro está conseguindo conciliar no palco os dois trabalhos de forma iluminada. Ser de luz - o show da turnê que teve sua estreia nacional em São Paulo (SP) em 30 de março e, após passar por Portugal e Salvador (BA), chegou ao Rio de Janeiro (RJ) em 6 de junho em consagradora apresentação na casa Vivo Rio - não é o mesmo show gravado pela cantora baiana em 9 de outubro de 2012 no Espaço Tom Jobim (RJ). Em vez de cantar somente o repertório de Clara, para depois dar sua voz calorosa a algumas músicas de seu próprio cancioneiro, Mariene apresenta mix azeitado dos dois trabalhos. A espinha dorsal do roteiro é o tributo a Clara, mas, ao encadear músicas como Oxossi (Roque Ferreira e Paulo César Pinheiro, 2004) e A deusa dos orixás (Romildo Bastos e Toninho Nascimento, 1975), Mariene explicita o parentesco natural que existe entre seu repertório e o de Clara, unidos pelos signos afro-brasileiros e por vivaz brasilidade que cai bem na voz incendiária da baiana. Ao aproximar os dois repertórios, a baiana se distancia mais da matriz da mineira guerreira e afirma sua própria personalidade. Mariene está cantando Clara como Mariene, com a ajuda do toque nordestino do acordeom de Cícero Assis (mais nítido no CD, pois a percussão se faz ouvir com mais força em cena). De todo modo, Mariene irradia tanto calor no palco que a participação de Diogo Nogueira resultou dispensável. Com sua voz de trovão, Mariene já faz o santo baixar em casa grande. O show na casa Vivo Rio reiterou o momento de consagração nacional da baiana guerreira, cantora de luz.
Tive o privilégio de assistir a esse show na estréia em São Paulo.
Foi muito bom vê-la cantando também canções do Tabaroinha e do Santo de Casa, como Abre Caminho, Ilha de Maré, Amuleto de Sorte...
Certamente um dos melhores shows de 2013.
Mariene é o que há de melhor no cenário do samba atual.
Grande cantora! E pensar que precisou passar pelas mãos abençoadas da Maior Cantora de samba desse país para ganhar projeção. Do contrário ainda estaríamos com esse tesouro escondido pelas bandas de Salvador.
Muito luz para Mariene! Voz linda e repertório coerente! Que ela siga os passos da sua madrinha e se torne no futuro uma das maiores cantoras de MPB desse país.
Roberto Mendes, Beth Carvalho, Verônica Ferriani, Daniela Mercury, abriram caminho para essa artista arretada firmar o seu espaço na música popular brasileira e, mostrar que "santo de casa" faz milagre, sem precisar deixar a ingenuidade e originalidade da "tabaroinha" de lado.
Mariene de Castro, juntamente com a paulista Fabiana Cozza e, a pernambucana, Karynna Spinelli, formam a trinca de ouro do samba atual. A trinca ABC(Alcione, Beth e Clara) rejuvenesce com a promissora "FaKaMa".
Pele Preta,
Você tem uma certa razão, mas madrinha da mesma a Mariene considera UMA só! E quer queira ou não a vitrine do Sambas da Bahia ajudou a divulgar a imagem da Mariene.
Com todo respeito aos outros três grandes artitas, sobretudo a Daniela, mas não queira comparar a projeção de um grande nome da MPB divulgando uma novata. A Dani ainda é café pequeno no panteão das divas dessa país. Abs
Não viaja, Marcelo!
O que projetou Mariene de Castro foi a inclusão de "Ilha de Maré" na trilha do filme "Ó paí, ó".
A verdade é que a participação de outros cantores(as) é que ajudaram a alavancar o cd da Beth, e não o contrário!
E outro delírio é achar que Beth é mais popular que Daniela atualmente!
Mauro, está vetando os meus comentários? Poxa! Assim não dá!
Mas o que eu quero escrever e o que importa é o RECONHECIMENTO da PRÓPRIA MARIENE DE CASTRO. Isso é o que VALE E IMPORTA!!!
Mariene é realmente arrasadora.
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