Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Obra de Itamar Assumpção se espalha dez anos após a morte do criador

Seria exagero dizer que, há exatos dez anos, o Brasil chorou a morte de Itamar Assumpção (13 de setembro de 1949 - 12 de junho de 2003). A precoce saída de cena do compositor paulista entristeceu somente a pequena parcela do público que ouvia a obra do Nego Dito, então aparentemente indissociável do movimento dos anos 80 rotulado como Vanguarda Paulista. A fina ironia é que, uma década após a morte de seu criador, essa obra soa mais pop, mais acessível. Cantores como Ney Matogrosso e, sobretudo, Zélia Duncan abriram a Caixa Preta - nome do box editado em 2010 com todos os álbuns de Itamar - e mostraram aos seus respectivos públicos que não havia nenhum bicho de sete cabeças nesse cancioneiro. Ney canta três músicas de Itamar em seu antenado show Atento aos sinais (2013). Zélia foi mais além e - sob a produção de Kassin - gravou disco inteiramente dedicado ao cancioneiro de Itamar, Tudo esclarecido (2012), que tirou a palavra difícil do dicionário do compositor. Uma das músicas do CD, a então inédita A gruta da solidão (Itamar Assumpção), toca na trilha sonora de Sangue Bom, a atual novela das 19h da TV Globo. Às próprias custas, Nego Dito ergueu obra íntegra que sobrevive à sua saída de cena. Fique atento aos sinais: Itamar Assumpção vive e está em toda a parte, tendo extrapolado o circuito Sampa midnight. O Brasil de hoje, 12 de junho de 2013, lamenta mais a partida (precoce) do artista do que há exatos dez anos.

4 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Seria exagero dizer que, há exatos dez anos, o Brasil chorou a morte de Itamar Assumpção (13 de setembro de 1949 - 12 de junho de 2003). A saída de cena do compositor paulista entristeceu somente a pequena parcela do público que ouvia a obra do Nego Dito, então aparentemente indissociável do movimento dos anos 80 rotulado como Vanguarda Paulista. A fina ironia que, uma década após a morte de seu criador, essa obra soa mais pop, mais acessível. Cantores como Ney Matogrosso e, sobretudo, Zélia Duncan abriram a Caixa Preta - nome do box editado em 2010 com todos os álbuns de Itamar - e mostraram aos seus respectivos públicos que não havia nenhum bicho de sete cabeças nesse cancioneiro. Ney canta três músicas de Itamar em seu antenado show Atento aos sinais (2013). Zélia foi mais além e - sob a produção de Kassin - gravou disco inteiramente dedicado ao cancioneiro de Itamar, Tudo esclarecido (2012), que tirou a palavra difícil do dicionário do compositor. Uma das músicas do CD, a então inédita A gruta da solidão (Itamar Assumpção), toca na trilha sonora de Sangue Bom, a atual novela das 19h da TV Globo. Às próprias custas, Nego Dito ergueu obra íntegra que sobrevive à sua saída de cena. Fique atento aos sinais: Itamar Assumpção vive e está em toda a parte, tendo extrapolado o circuito Sampa midnight. O Brasil de hoje, 12 de junho de 2013, lamenta mais a partida (precoce) do artista do que há exatos dez anos.

Unknown disse...

ainda me lembro quando anunciaram a notícia de seu falecimento num telejornal! 10 anos, parece q foi ontem...

Unknown disse...

ainda me lembro quando anunciaram a notícia de sua morte num telejornal! sou fá da zélia e só o conhecí por causa dela...

Pedro Alcon disse...

Verdade...tenho 20 anos e nem sabia da existência do Itamar até pouco tempo atrás, quando ouvi o disco "Vivo" do Ney e me chamou a atenção a ótima "Bomba H". Nos últimos meses tenho cada vez mais me antenado em sua obra e ficado maravilhado com tamanha diversidade e qualidade...Itamar faz falta, ainda mais num momento em que o Brasil curte músicas de péssima qualidade. Viva Itamar!!!