Mauro Ferreira no G1

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domingo, 9 de junho de 2013

Olhar cristão de Grant foca emoção real em 'How mercy looks from here'

Resenha de CD
Título: How mercy looks from here
Artista: Amy Grant
Gravadora: Sparrow RecordsCapitol Records / EMI Music
Cotação: * * *

Em seu primeiro álbum de estúdio e de inéditas autorais em cerca de dez anos, How mercy looks from here, Amy Grant apresenta música pungente - Shovel in hand, gravada com a cantora norte-americana de country Will Hoge - em que narra com certa melancolia o momento em que seu filho (então com 19 anos) saiu forçosamente da adolescência ao enterrar amigo de 20 anos morto em acidente de carro. A canção é dedicada à memória desse amigo do filho, Davis Porter Rice (1987 - 2007). Shovel in hand exemplifica bem o tom da música de Grant, cantora e compositora norte-americana identificada com a música religiosa dos Estados Unidos, mas com algum trânsito no universo pop. Com seu olhar cristão, Grant foca questões e emoções reais em How mercy looks from here, álbum de alta carga espiritual, por vezes sustentada com pegada pop, como em If i could see (what the angels see). Mesmo que a inspiração melódica oscile ao longo das 11 músicas do álbum produzido por Marshall Altman, parceiro de Grant em temas como a balada Here e a bela GoldenHow mercy looks from here passa sinceridade e soa coerente com a discografia da artista, sendo valorizado pelo time de convidados. Carole King é a convidada do country Our time is now. James Taylor figura em Don't try so hard, música eleita para ser o primeiro single do álbum. O cantor de country Vince Gill participa de Better not to know. Já Sheryl Crow reforça Deep as it is wide. Enfim, Amy Grant não faz gênero. Sua música versa com olhar positivista sobre sua vida e sobre sua visão do mundo. Tanto que How mercy looks from here é dedicado à mãe da artista, Gloria Napier Grant, cuja morte recente inspirou boa parte das canções ouvidas num disco indicado para quem cultiva valores cristãos, independentemente de pertencer ou não à alguma religião.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

Em seu primeiro álbum de estúdio e de inéditas autorais em cerca de dez anos, How mercy looks from here, Amy Grant apresenta música pungente - Shovel in hand, gravada com a cantora norte-americana de country Will Hoge - em que narra com certa melancolia o momento em que seu filho (então com 19 anos) saiu forçosamente da adolescência ao enterrar amigo de 20 anos morto em acidente de carro. A canção é dedicada à memória desse amigo do filho, Davis Porter Rice (1987 - 2007). Shovel in hand exemplifica bem o tom da música de Grant, cantora e compositora norte-americana identificada com a música religiosa dos Estados Unidos, mas com trânsito no universo pop. Com seu olhar cristão, Grant foca questões e emoções reais em How mercy looks from here, álbum de alta carga espiritual, por vezes sustentada com pegada pop, como em If i could see (what the angels see). Mesmo que a inspiração melódica oscile ao longo das 11 músicas do álbum produzido por Marshall Altman, parceiro de Grant em temas como a balada Here e a bela Golden, How mercy looks from here passa sinceridade e soa coerente com a discografia da artista, sendo valorizado pelo time de convidados. Carole King é a convidada do country Our time is now. James Taylor figura em Don't try so hard, música eleita para ser o primeiro single do álbum. O cantor de country Vince Gill participa de Better not to know. Já Sheryl Crow reforça Deep as it is wide. Enfim, Amy Grant não faz gênero. Sua música versa com olhar positivista sobre sua vida e sobre sua visão do mundo. Tanto que How mercy looks from here é dedicado à mãe da artista, Gloria Napier Grant, cuja morte recente inspirou boa parte das canções ouvidas num disco indicado para quem cultiva valores cristãos, independentemente de pertencer ou não à alguma religião.