Mais um disco póstumo de Cássia Eller (1962 - 2001) está em processo de produção. A ideia é enfatizar, através de gravações inéditas, a obra autoral da artista carioca. O repertório inclui parcerias de Cássia com Simone Saback, casos da inédita Retrato no papel - em gravação feita por Cássia aos 19 anos, em Brasília (DF), e à qual vai ser adicionada a voz de Milton Nascimento - e de Flor do sol (música já lançada em formato digital em dezembro de 2012, por ocasião do 50º aniversário de nascimento da cantora). Francisco Eller, o Chicão, filho de Cássia, está envolvido na produção do disco, capitaneada por Rodrigo Teixeira. CD sai este ano.
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
quarta-feira, 31 de julho de 2013
Byrne, Eno, Reed e Simon celebram Gabriel no CD 'And i’ll scratch yours'
Em 2010, o cantor e compositor inglês Peter Gabriel lançou álbum de intérprete, Scratch my back, em que apresentou sua visão de músicas do repertório de nomes como o cantor e compositor norte-americano Paul Simon e o grupo canadense Arcade Fire. Três anos depois, os artistas regravados em Scratch my back retribuem a gentileza e abordam a música de Gabriel em And i’ll scratch yours, álbum-tributo que vai ser lançado em 23 de setembro de 2012 pelo selo Real World. O elenco do disco inclui David Byrne, Lou Reed e Paul Simon, entre outros. Nem todos quiseram participar do tributo, mas foram substituídos por nomes como Brian Eno, Feist e Joseph Arthur. Eis as 12 músicas e os respectivos intérpretes de And i’ll scratch yours:
1. I don’t remember – David Byrne
2. Come talk to me – Bon Iver
3. Blood of eden – Regina Spektor
4. Not one of us – Stephin Merritt
5. Shock the monkey – Joseph Arthur
6. Big time – Randy Newman
7. Games without frontiers – Arcade Fire
8. Mercy street – Elbow
9. Mother of violence – Brian Eno
10. Don’t give up – Feist feat. Timber Timbre
11. Solsbury hill – Lou Reed
12. Biko – Paul Simon
Tunstall cresce com sofrimento expiado em seu quarto e melhor álbum
Resenha de CD
Título: Invisible empire // Crescent moon
Artista: KT Tunstall
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * * * 1/2
Título: Invisible empire // Crescent moon
Artista: KT Tunstall
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * * * 1/2
Invisible empire // Crescent moon é o melhor álbum de KT Tunstall. Após o rasgo inicial de inspiração que gerou seu significativo álbum de estreia, Eye to telescope (2004), de tom folk bluesy, a cantora e compositora escocesa posou de roqueira na capa de Drastic fantastic (2007) e se jogou na pista do dance pop em Tiger suit (2010) sem bisar o êxito de seu debut. Camaleônica, a artista se volta em Invisible empire // Crescent moon para o universo folk country, mote de ótimas canções como Old man song. Captado no Arizona (EUA), em duas sessões de gravação que inspiraram o título duplo do CD, o repertório autoral versa sobre mortalidade, perda e perdão - efeito de Tunstall ter perdido seu pai em 2012. A questão é que a compositora cresceu com o sofrimento e adensou seu repertório. A beleza de canções como Carried, Yellow flower - conduzida ao piano tocado pela própria Tunstall - e Made of glass salta aos ouvidos. A alta qualidade dos arranjos e da produção (pilotada por Howe Gelb com a própria Tunstall) contribui para a coesão detectada em Invisible empire // Crescent moon. O álbum é pautado por minimalismo preciso. Nada parece sobrar, nem mesmo quando há (leves) efeitos e cordas, como em Crescent moon. O álbum gravita em torno do mundo country com toques de blues e com (dosada) emoção real que legitima músicas como Waiting on the heart, How you kill me, Honeydew e No better shoulder. Enfim, KT Tunstall apresenta um álbum atemporal que tem tudo para cativar gerações com seu cancioneiro e sua sonoridade elegantes.
Disco censurado de Taiguara, de 1976, é enfim reeditado em CD no Brasil
Um dos títulos mais obscuros da discografia do cantor e compositor uruguaio Taiguara (1945 - 1996), Imyra, Tayra, Ipy ganha a primeira edição em CD no Brasil dentro da terceira fornada de reposições do catálogo da gravadora Kuarup, revitalizado com distribuição da Sony Music. A edição chega às lojas em agosto de 2013. Lançado originalmente em 1976 pela gravadora EMI-Odeon, o disco foi recolhido do mercado dias após chegar às lojas por determinação da censura do governo militar de Ernesto Geisel (1907 - 1996). Um dos alvos principais dos órgãos de repressão da época, Taiguara tinha sido tão perseguido que se exilara em Londres na primeira metade dos anos 70. Foi na volta ao Brasil, em 1975, que o artista começou a conceber Imyra, Tayra, Ipy, disco de referências indígenas, inspirado pela leitura de Quarup (1967), romance do escritor fluminense Antônio Callado (1917 - 1997) do qual Taiguara extraiu os três termos em tupi que batizam o álbum. Hermeto Pascoal assina os arranjos de seis das oito músicas do disco, gravado por músicos como Jacques Morelembaun (violoncelo), Nivaldo Ornellas (sax e flautas), Novelli (baixo), Toninho Horta (violão) e Zé Eduardo Nazário (bateria e percussão). As regências foram confiadas ao maestro e produtor Wagner Tiso. Formatada em arranjo de pegada nordestina, a mineira Três Pontas (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1967) foi a única regravação do disco, de repertório essencialmente autoral. Assinadas por Taiguara com seu sobrenome Chalar da Silva, para tentar driblar a censura, músicas como Aquarela de um país na lua, Primeira bateria, Sete cenas de Imyra (faixa de tom experimental), Situação e Terra das palmeiras são peças-chaves de repertório de forte cunho ideológico e social. Lançado em CD no Japão, em 2004, Imyra, Tayra, Ipy chega enfim ao mercado brasileiro em CD oportuno que mostra que o cancioneiro engajado e consciente de Taiguara não se limita aos hits gravados pelo cantor em álbuns editados pela Odeon na virada dos anos 60 para os 70.
'Super collider' é álbum sem o peso esperado em um disco do 'Megadeth'
Resenha de CD
Título: Super collider
Artista: Megadeth
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * 1/2
Título: Super collider
Artista: Megadeth
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * 1/2
As críticas negativas colhidas pelo recém-lançado 14º álbum de estúdio do Megadeth, Super collider, têm lá sua razão de ser. Trata-se de um disco que tende mais para o hard rock do que para o trash metal. Sem ser heavy o suficiente para contentar boa parte da exigente tribo metaleira, o CD - o primeiro lançado pelo trintão grupo norte-americano por seu próprio selo, Tradecraft, com distribuição mundial da Universal Music - decepciona. De certa forma, o single Super collider - faixa sem pegada que jamais engrena - já tinha alertado o público do Megadeth para o tom do álbum. E, de fato, oscila bastante a qualidade das onze inéditas apresentadas por Dave Mustaine e Cia. em Super collider. Mesmo assim, faixas como Built for war mostram que a vida ainda pode ser cheia de som e fúria para o Megadeth. Momentos dignos (Kingmaker, Burn! e a sombria Dance in the rain) que ecoam a fase mais produtiva da discografia da banda se alternam em Super collider com faixas de menor peso (Beginning of sorrow e Off the edge) que evidenciam certa burocracia - o que resulta em álbum sem força. Sem falar que um ou outro rock, caso de Forget to remember, corteja descaradamente as rádios e o público mais pop - pecado mortal no código de honra dos metaleiros. Enfim, com Super collider, o Megadeth parece estar em rota de colisão com os anseios de seu fiel público.
terça-feira, 30 de julho de 2013
Jorge Ailton apresenta canções de 'groove' jovem no seu segundo álbum
Resenha de CD
Título: Jorge Ailton apresenta canções em ritmo jovem
Artista: Jorge Ailton
Gravadora: Edição independente do artista
Cotação: * * * 1/2
Título: Jorge Ailton apresenta canções em ritmo jovem
Artista: Jorge Ailton
Gravadora: Edição independente do artista
Cotação: * * * 1/2
Jorge Ailton apresenta canções em ritmo jovem é disco de groove. É no suingue funky, na pegada roqueira e no espírito soul do repertório que reside a jovialidade alardeada no título do segundo álbum do artista carioca. Revelado como baixista da banda de Lulu Santos, avalista da discografia solo do músico, Ailton tem crescido e aparecido como cantor e compositor com as bençãos do patrão. Uma das doze inéditas autorais da safra do segundo disco do astro emergente, Chega de longe (Jorge Ailton, Alexandre Vaz e Lulu Santos) traz o Rei do Pop nativo como parceiro e convidado de Ailton na faixa de balanço funk e de bom acabamento pop. Ailton descende da linhagem do funk e do soul nacional. Amanhecer (Jorge Ailton, Alexandre Vaz e Mila Bartilotti) expõe essa origem por ser balada de alma soul. Contudo, talvez por (boa) influência de Lulu, Ailton também acena para o pop e flerta com o rock neste álbum que sucede O ano 1 (2010). De repentemente (Jorge Ailton, Alexandre Vaz e Mila Bartilotti) deixa claro esse aceno pop logo na abertura do disco. É o hit nato de repertório em que Ailton firma parceria com Kassin - com quem assina Uma noite fria, tema aquecido pela sensualidade dos versos aconchegantes da letra - e entra para o clube dos compositores que têm músicas letradas pelo poeta fluminense Ronaldo Bastos. Destaque absoluto na seara das baladas, Vida pequena de um grande amor - a parceria de Ailton com Bastos - é joia que reluz no disco tanto pelo brilho dos versos do poeta quanto pela beleza da melodia, artigo mais escasso em repertório que se escora no groove esperto que embasa temas como a festiva No alto (Jorge Ailton) e o efervescente funk Dó (Jorge Ailton). As programações pilotadas por Alexandre Vaz, produtor do álbum, inserem a dose necessária de eletrônica sem plastificar e/ou endurecer músicas como Charme nenhum (Jorge Ailton, Alexandre Vaz e Lourenço Monteiro), faixa que mostra que o artista bebe tanto do funk quanto do rock. Com faixa exclusiva na edição digital (Au revoir arrivederci, parceria de Ailton com o multimídia Rodrigo Bittencourt), Jorge Ailton apresenta canções em ritmo jovem é disco afinado com seu tempo. Única regravação do repertório essencialmente inédito e autoral, Criança (Marina Lima, 1991) ganha releitura tão antenada que se alinha com a modernidade perene do som de Marina sem jamais soar como cover. Parceria de Jorge Ailton com Daniel Lopes, Blues de um gigolô traça com certa bossa o roteiro carioca do rei das periguetes do Leblon. Orquestrada com cordas arranjadas por Maycon Ananias, a balada O pequeno rei (Jorge Ailton) reitera o fato de que o cantor ainda pode se aprimorar para ficar no mesmo nível do compositor e do groove. Ao fim, Sustentável (Jorge Ailton) ratifica a excelência da produção de Alexandre Vaz no toque da guitarra fuzz de Dado Villa-Lobos, creditado (com justiça) como participação especial da faixa. As canções de Jorge Ailton recusam os clichês juvenis neste CD que apresenta um artista pronto para brilhar.
Banda Uó lança EP com remixes de 'Cowboy' e música gravada para anúncio
♪Música lançada pela Banda Uó em seu primeiro álbum, Motel (Deck, 2012), Cowboy - parceria de Mateus Carrilho e Davi Sabbag - parece feita sob medida para o repertório de cantores de sertanejo universitário. Talvez por isso mesmo o clipe da música tenha feito sucesso e inspirado o trio goiano de tecnobrega a lançar o EP Cowboy, disponibilizado esta semana no iTunes. No disco, produzido por Sabbag e editado somente em formato digital, a Banda Uó apresenta três versões da música-título Cowboy. Além da gravação original de 2012, há dois remixes da faixa. Sabbag’s tacinha remix é assinado por Davi Sabbag, integrante do trio. Já o Vibe remix tem as assinaturas de Rodrigo Gorky (do Bonde do Rolê) e do produtor Skinner, de Goiânia, terra natal da Uó. Skinner produz com Sabbag a outra música do EP, Sexy sem ser vulgar (We don’t fucking care) (Davi Sabbag e Mateus Carrilho), tema gravado pelo trio para anúncio publicitário. A gravação foi mixada e masterizada pela Banda Uó especialmente para integrar Cowboy, segundo EP de sua discografia.
Emicida lança música gravada com Pitty para primeiro álbum do 'rapper'
Após divulgar as músicas Crisântemo e Zoião (faixa já em rotação na trilha sonora da novela Sangue bom), Emicida divulgou uma terceira gravação de seu primeiro álbum, a ser editado neste segundo semestre de 2013 pelo selo Laboratório Fantasma. Trata-se de Hoje cedo, música composta pelo rapper paulista em parceria com Felipe Vassão e gravada por Emicida com a cantora e compositora baiana Pitty. A gravação foi mixada por Maurício Cersosimo no estúdio Mix Nova em São Paulo (SP) e masterizada por Tony Dawsey no estúdio Masterdisk, em Nova York (EUA). Hoje cedo remói frustrações, inconformismos e raivas de um chefe de família. Eis a letra de Hoje cedo, excelente rap de pegada roqueira que destila certa desilusão com a desintegração social e familiar diante de um cenário manchado com injustiças e drogas:
Hoje cedo (Emicida e Felipe Vassão)
Hoje cedo
Quando eu acordei e não te vi
Eu pensei em tanta coisa
Tive medo
Ah, como eu chorei, eu sofri
Em segredo
Tudo isso
Hoje cedo
Holofotes fortes, purpurina
O sorriso dessas mina só me lembra cocaína
Em cinco abrem-se as cortinas
Estáticas retinas brilham, garoa fina
Que fita
Meus poema me trouxe
onde eles não habita
A fama irrita, grana dita, cê desacredita
Fantoches, pique Celso Pitta mente
Mortos tipo meu pai, nem eu me sinto presente
É rima que cêsqué? Toma duas, três
Farta pra enfartar cada um de vocês
Num abismo sem volta, de festa, ladainha
Minha alma afunda igual minha família em casa
Sozinha
Entre putas, como um cafetão, coisas que afetam
Sintonia
Como sonhei em tá aqui um dia
Crise, trampo, ideologia, pause
E é aqui, onde nóiz entende a Amy Winehouse
Hoje cedo
Quando eu acordei e não te vi
Eu pensei em tanta coisa
Tive medo
Ah, como eu chorei, eu sofri
Em segredo
Tudo isso
Hoje cedo
Vagabundo, a trilha é um precipício, tenso, o melhor
Quero salvar o mundo, pois desisti da minha família e numa luta mais difícil
A frustração vai ser menor
Digno de dó, só o pó, vazio comum
que já é moda no século 21
Blacks com voz sagaz gravada
Contra vilões que sangram a quebrada
Só que raps por nóiz, por paz, mais nada
Me pôs nas gerais, numa cela trancada
Eu lembrei do Racionais, reflexão
Aí, os próprio preto num tá nem aí com isso, não
É um clichê romântico, triste
Vai perceber, vai ver, se matou e o paraíso não existe
Eu ainda sou o Emicida da Rinha
Lotei casas do sul ao norte
Mas esvaziei a minha
E vou por aí, Taleban
vendo os boy beber dois mês de salário da minha irmã
Hennessys, avelãs, camarins, fãs, globais
Mano, onde eles tavam há dez anos atrás
Showbiz como a regra diz, lek
A sociedade vende Jesus, por que não ia vender rap
O mundo vai se ocupar com seu cifrão
dizendo que a miséria é quem carecia de atenção
Hoje cedo
Quando eu acordei e não te vi
Eu pensei em tanta coisa
Tive medo
Ah, como eu chorei, eu sofri
Em segredo
Tudo isso
Hoje cedo
Prometidos para 2011, três duetos de Jackson e Mercury saem este ano
Três gravações feitas por Michael Jackson (1958 - 2009) com Freddie Mercury (1946 - 1991) em 1983, no estúdio caseiro do cantor e compositor norte-americano, estão sendo finalizadas por dois integrantes do grupo inglês Queen, Brian May e Roger Taylor, com o produtor William Orbit. Anunciados em março de 2011 e com edição prometida para aquele ano, os três duetos serão efetivamente lançados no mercado fonográfico neste ano de 2013. As três músicas são Victory, State of shock - gravada posteriormente por Jackson com Mick Jagger e lançada em 1984 - e There must be more to life than this. Ainda não se sabe em que formato estas três gravações inéditas serão comercializadas. Haveria outras três músicas com o vocal de Mercury.
Fernanda Porto lança inédita 'Você de novo' em show que norteará disco
Fernanda Porto incluiu música inédita de sua autoria, Você de novo, no show O que a voz da vida vem dizer, apresentado no teatro do Sesc Pompeia, em São Paulo (SP), em 25 e 26 de julho de 2013. A cantora e compositora paulista captou o show - base de seu próximo projeto fonográfico - para arquivo pessoal. Instrumentista versátil que toca saxofone e percussão, além do piano, Porto - em foto de Rodrigo Amaral - planeja lançar em CD e/ou DVD um trabalho calcado na sua voz e no seu piano. O repertório apresentado pela artista no show incluiu músicas como Dois rios (Samuel Rosa, Nando Reis e Lô Borges, 2003), O certo (Gabriel Moura - inédita), Notícias (Marina Lima, Dalto e Cláudio Rabello, 2001), Olinda Vibes (Fernanda Porto, Guilherme Lopes e Jr. Deep, 2009), Revelação (Clésio e Clodô, 1978), Se não for amor, eu cegue (Lenine e Lula Queiroga, 2011), Segredos (Frejat, 2011) e Três (Marina Lima e Antonio Cícero, 2006), entre outras. Embora anunciadas no texto que noticiava o show, as músicas Apenas mais uma de amor (Lulu Santos, 1992), As vitrines (Chico Buarque, 1982) e Eu sou neguinha? (Caetano Veloso, 1987) não foram incluídas pela artista no roteiro dessas apresentações seminais. A ideia do projeto fonográfico de voz-e-piano é do DJ Zé Pedro.
Metallica edita em CD duplo a trilha de filme 3D que estreia em setembro
1. The ecstasy of gold
2. Creeping death
3. For whom the bell tolls
4. Fuel
5. Ride the lightning
6. One
7. The memory remains
8. Wherever I may roam
9. Cyanide
10. …And justice for all
CD 2
1. Master of puppets
2. Battery
3. Nothing else matters
4. Enter sandman
5. Hit the lights
6. Orion
Caminhão dourado veicula em Los Angeles o anúncio de álbum de Perry
Prism - o quarto álbum de Katy Perry, sucessor do recordista Teenage dream (2010) - vai ser lançado nos Estados Unidos em 22 de outubro de 2013. O anúncio do disco da cantora e compositora norte-americana circulou pelas ruas de Los Angeles (EUA) através de um caminhão dourado com os dizeres Katy Perry ° Prism ° 10-22-13. O time de produtores do CD inclui Dr. Luke, Greg Wells e Max Martin, entre outros nomes atuantes na indústria fonográfica dos EUA.
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Korn anuncia álbum que o reconecta a Brian 'Head' Welch após dez anos
The paradigm shift é o título do 11º álbum de estúdio do Korn - o primeiro gravado pelo grupo norte-americano de nu metal com seu guitarrista original, Brian Head Welch, desde Take a look in the mirror (2003). Cofundador do Korn, Welch deixou o grupo em fevereiro de 2005, alegando questão de ordem religiosa, mas se reaproximou da banda nos últimos tempos. Produzido por Don Gilmore, The paradigm shift é o sucessor de The path of totality (2011) na discografia do Korn. Com onze músicas inéditas na edição standard e duas faixas adicionais na Deluxe Edition, o CD tem lançamento programado nos Estados Unidos para 1º de outubro de 2013. O repertório teria um tom sombrio. Eis as 13 músicas do álbum The paradigm shift:
1. Prey for me
2. Love & meth
3. What we do
4. Spike in my veins
5. Mass hysteria
6. Paranoid and aroused
7. Never never
8. Punishment time
9. Lullaby for a sadist
10. Victimized
11. It's all wrong
12. Wish I wasn't born today (faixa-bônus da Deluxe Edition)
13. Tell me what you want (faixa-bônus da Deluxe Edition)
Lady Gaga revela título e capa do primeiro single de seu álbum 'ARTPOP'
Applause é o título do primeiro single do quarto disco de estúdio de Lady Gaga, ARTPOP. Com capa (foto) já revelada pela cantora e compositora norte-americana, o single vai ser lançado em 19 de agosto de 2013. Já o álbum - o sucessor de The fame (2008), The fame monster (2009) e Born this way (2011) - tem seu lançamento previsto para 11 de novembro.
Fagner pretende lançar em 2013 CD de inéditas que prepara desde 2011
Se depender da vontade de Fagner, o cantor e compositor cearense vai lançar até o fim deste ano de 2013 o disco de inéditas que arquiteta desde 2011. É o primeiro álbum do artista desde Uma canção no rádio (Som Livre, 2009). Fagner alinhava o repertório, formado basicamente por músicas feitas pelo compositor com parceiros como Clodô Ferreira, Fausto Nilo - Balada fingida é uma das músicas assinadas com o cearense Nilo - e Zeca Baleiro, entre outros nomes.
Aos 91 anos, Bibi se prepara para lançar DVD e planeja projeto sobre Sinatra
Aos 91 anos, Bibi Ferreira continua em plena atividade. Enquanto prepara a edição em DVD do espetáculo comemorativo de seus 90 anos de carreira, Bibi - Histórias e canções (2012), a atriz e cantora - em foto de Rodrigo Amaral - já arquiteta projeto focado no repertório do cantor norte-americano Frank Sinatra (1915 - 1998). Esse novo projeto vai gerar show e disco em datas ainda incertas. Já o DVD de seus 90 anos foi gravado em março deste ano de 2013 em apresentação de Bibi - Histórias e canções (2012) - show derivado do espetáculo Bibi in concert IV (2011) - no Palácio das Artes, em Belo Horizonte (MG), feita com a (local) Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.
Irregular safra autoral dilui receita nortista seguida por Lia Sophia em CD
Resenha de CD
Título: Lia Sophia
Artista: Lia Sophia
Gravadora: Edição independente da artista
Cotação: * * 1/2
Título: Lia Sophia
Artista: Lia Sophia
Gravadora: Edição independente da artista
Cotação: * * 1/2
A ser lançado neste segundo semestre de 2013, Lia Sophia já é o quarto álbum desta cantora e compositora nascida na Guiana Francesa, criada em Macapá (AM) e radicada em Belém (PA) desde a adolescência. De início intitulado Salto mortal, o disco teria sua produção confiada a Carlos Eduardo Miranda, mas acabou efetivamente formatado por Luiz Félix Robato (integrante da já extinta banda paraense La Pupuña) com a própria Lia Sophia. Sucessor de Livre (2005), Castelo de luz (2009) e Amor, amor (2010), o CD Lia Sophia segue a receita pop que pôs a música do Norte no mapa do Brasil em movimento sedimentado em 2012 com o sucesso nacional de Gaby Amarantos. Sophia tenta salto nacional no rastro da exposição de Gaby, mas falta fôlego como compositora. Temas autorais de inspiração rala - como Eu só quero você (Lia Sophia) e Você vai ver (Jana Figarella) - atrapalham o salto de Sophia. Faixa já disponibilizada para download gratuito e legalizado no portal do projeto Natura Musical, patrocinador do disco, o carimbó Amor de promoção (Lia Sophia) - turbinado com a guitarra pessoal de Chimbinha - repete a fórmula de outro carimbó da lavra autoral da artista, Ai menina (Lia Sophia), que deu em 2012 certa visibilidade à cantora, fora do circuito do Norte, por conta de sua veiculação na trilha sonora da novela Amor, eterno amor (TV Globo). Mas Lia Sophia, o disco, extrapola o carimbó. O coquetel pop foi batido com doses bem calculadas de brega, zouk e guitarrada. Para dar sabor à mistura amazônica, não falta tema de Dona Onete - Quando eu te conheci, aquecido com a sensualidade latente no cancioneiro de Onete - e tampouco música do cantor e compositor paraense Alípio Martins (1944 - 1997), Quero você, parceria de Martins com Carlos Santos. Ambas as faixas valorizam o álbum. Se Sophia tivesse investido mais em repertório alheio e gravado efetivamente músicas de compositores nortistas como Clarão da Lua (Almirzinho Gabriel), para citar composição que figurava na seleção inicial do repertório, o disco talvez resultasse mais sedutor. Pode ser que faixas autorais como as pop bregas Lero Lero (Daniel Delatuche e Lia Sophia) e Do lar (Lia Sophia) surtam efeito numa aparelhagem. Fora do circuito festivo, no entanto, o repertório do CD Lia Sophia expõe uma compositora sem grandes atrativos. A sonoridade de músicas como Um beijo - parceria de Sophia com o guitarrista Felipe Cordeiro - se revela mais sedutora do que as composições em si. Mas nem o violão de Manoel Cordeiro, pai de Felipe, faz desabrochar a melodia de Cheio de flor (Lia Sophia). Mais para o fim do disco, a envolvente Beleza da noite (Mestre Curica) reitera a sensação de que o disco cresce quando a cantora sai de sua seara autoral. Nem que seja para reviver música, Noite do prazer (Paulo Zdanowski, Claudio Zoli e Arnaldo Brandão), já tão irresistível em sua forma original que nem precisa ser trazida para o universo nortista. Até porque, com tantas vozes do Pará querendo se fazer ouvir em escala nacional no rastro do merecido sucesso nacional de Gaby Amarantos, é preciso marcar território com mais precisão.
Autor de 'Cocaine', hit com Clapton, J.J. Cale sai de cena nos EUA aos 74
John Weldon Cale (5 de dezembro de 1938 - 26 de julho de 2013), o J.J. Cale, foi influente cantor, compositor e músico norte-americano, com 15 álbuns no currículo, gravados entre 1972 e 2009. Mas é provável que Cale - morto aos 74 anos na sexta-feira, 26 de julho, em virtude de ataque cardíaco sofrido na Califórnia (EUA) - seja postumamente lembrado apenas como o autor de Cocaine, música que lançou em seu álbum Troubadour (1976) e que ganhou o mundo, no ano seguinte, no registro feito por Eric Clapton para o álbum Slowhand (1977). De todo modo, Cale - músico que dominou o idioma do rock e do blues - sempre pareceu confortável longe dos principais holofotes da indústria da música. Compositor de After midnight (1965), música também popularizada por Clapton (em gravação feita em 1970), Cale teve atuação relevante na cena musical norte-americana, mas sua postura sempre foi suave como o preciso toque bluesy de sua guitarra. Instrumento que começou a tocar aos dez anos e cujo aprendizado foi o passaporte, nos anos 50, para seu ingresso em várias bandas de Tulsa (Oklahoma, EUA). Nos anos 60, o compositor começou a crescer e aparecer dentro dos limites do caráter mais introspectivo de Cale. Na década de 70, o cantor começou a gravar álbuns. Naturally (1972), o do mediano hit Crazy mama, foi o primeiro. Seguiram-se álbuns como Really (1973), 5 (1975), Grasshopper (1982), Travelog (1990), Guitar man (1996) e o derradeiro Roll on (2009). Discografia que atesta que Cale foi mais do que o autor de Cocaine.
domingo, 28 de julho de 2013
Arlindo fecha ciclo de tributos a Dominguinhos no Festival de Garanhuns
Garanhuns (PE) - A morte de Dominguinhos (Garanhuns - PE, 12 de fevereiro de 1941 - São Paulo - SP, 23 de julho de 2013) durante a 23ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns mexeu com a emoção de todos os envolvidos na realização do maior evento cultural da cidade natal do cantor, compositor e sanfoneiro pernambucano. Como era natural, quase todos os artistas que se apresentaram no Fig 2013 após a notícia da morte do artista - anunciada na noite de terça-feira, 23 de julho - incluíram nos roteiros de seus shows músicas em saudação a Dominguinhos. Última atração do Palco Guadalajara na última noite do festival, Arlindo Cruz - em foto de Eric Gomes / Fundarpe - também prestou sua homenagem ao colega, cantando (pela primeira vez) a canção Quem me levará sou eu (Dominguinhos e Manduka). Sucesso na voz do cantor cearense Raimundo Fagner em 1979, Quem me levará sou eu virou samba lento com o cantor e compositor carioca, que trouxe o tema de Dominguinhos para seu quintal no show feito já na madrugada deste domingo, 28 de julho. Foi o último tributo ao mestre no Fig.
O blog Notas Musicais cobre o Festival de Inverno de Garanhuns a convite da Secretaria de Cultura do Governo de Pernambuco
Mart'nália levanta até defunto em Garanhuns com música de 'Pé na cova'
Garanhuns (PE) - Atração do Palco Guadalajara na última noite da 23ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns, Mart'nália levantou o público com Pé na cova (F.U.I.), tema de abertura de Pé na cova (TV Globo), seriado no qual a sambista pop se aventura como atriz, interpretando a personagem Tamanco. Gravada por Mart'nália para a abertura do programa, a música é da lavra da cantora e compositora carioca em parceria com Beto Landau e com o rapper Flávio Renegado. O tema de Pé na cova foi um dos destaques da apresentação de Mart'nália, que fez um show de sucessos, cantando hits de Wilson Simonal (1938 - 2000) - Mamãe passou açúcar em mim (Carlos Imperial, 1966), música gravada pela artista no Baile do Simonal - e Zeca Pagodinho (Coração em desalinho, Mauro Diniz e Ratinho, 1986), entre outros cantores. Não faltaram, claro, sucessos do pai Martinho da Vila, lembrado com sambas como Disritmia (Martinho da Vila, 1974), Ex-amor (Martinho da Vila, 1981) e Mulheres (Toninho Geraes, 1985). E não faltou também a homenagem a Dominguinhos (1941 - 2013) na terra natal do cantor, compositor e sanfoneiro pernambucano. Mart'nália - em foto de Eric Gomes, da Fundarpe - cantou o xote Eu só quero um xodó (Domiguinhos e Anastácia, 1973).
O blog Notas Musicais cobre o Festival de Inverno de Garanhuns a convite da Secretaria de Cultura do Governo de Pernambuco
Mart'nália recebe Junior Almeida em Garanhuns para dueto em 'Os sinais'
Garanhuns (PE) - Já era madrugada deste domingo, 28 de julho de 2013, quando Mart'nália subiu ao Palco Guadalajara - que concentrou as principais atrações da 23ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns - para apresentar uma versão mais popular de seu show Não tente compreender. Uma das músicas do disco homônimo, lançado em abril de 2012, contou com a presença do convidado Junior Almeida (visto com a cantora carioca na foto de Eric Gomes / Fundarpe). O dueto foi em Os sinais, música de autoria do (inspirado) compositor alagoano.
DJ Afrika Bambaataa deixa tudo dominado no 23º Festival de Garanhuns
Garanhuns (PE) - Esteve tudo dominado pelo DJ norte-americano Afrika Bambaataa na noite de encerramento da 23ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns. Atração do Palco Guadalajara na noite de 27 de julho de 2013, Bambaataa - nome artístico de Kevin Donovan, um dos pioneiros do rap - fez a festa no Fig 2013, dividindo a cena com rappers e b-boys brasileiros em show que reiterou a diversidade musical da programação do festival. Sucesso do funk carioca, Tá tudo dominado foi um sample ouvido no show em que Bambaatta recorreu ao pancadão recorrente nos bailes do Rio de Janeiro entre sucessos como Jazzy sensation (1981) e Planet rock (1982). No momento free style da apresentação, vários rappers pernambucanos dominaram a cena com rimas improvisadas - inclusive sobre a chuva que caiu durante o show de Bambaataa em Garanhuns - e b-boys fizeram suas danças frenéticas. O time de convidados contou com Gilmar Bola 8, Longo MC, Pablo e Zé Brown. No improviso, um dos rappers saudou Dominguinhos (1941 - 2013), o cantor, compositor e sanfoneiro de Garanhuns que saiu de cena, aos 72 anos, na noite de 23 de julho. Ao lado do MC nova-iorquino King Kamonzi, Bambaataa - visto ao alto na foto de Eric Gomes, da Fundarpe - reafirmou em sua primeira apresentação em Pernambuco a ideologia engajada de seu rap. "Power to the people" - "O povo no poder", em português - foi a mensagem deixada no fim do eletrizante show do DJ dos EUA, já aos 25 minutos deste domingo, 28 de julho. Ao menos no show de Afrika Bambaataa no 23º Festival de Inverno de Garanhuns, o povo ganhou poder na hierarquia da Zulu Nation.
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sábado, 27 de julho de 2013
Daniela dedica a Dominguinhos apresentação de Canibália em Garanhuns
Garanhuns (PE) - Já passava das duas horas da madrugada deste sábado, 27 de julho de 2013, quando Daniela Mercury subiu ao Palco Guadalajara - o principal da 23ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns - para apresentar na cidade natal de Dominguinhos (1941 - 2013) seu show Canibália - Ritmos do Brasil. Já no início da apresentação a cantora baiana - vista em foto de Eric Gomes / Fundarpe - disse estar feliz por estar cantando na terra do cantor, compositor e sanfoneiro pernambucano e dedicou o show a Dominguinhos, alvo de sucessivas homenagens póstumas no Fig 2013 desde que a notícia de sua morte correu e entristeceu o Brasil na noite de 23 de julho. Além da dedicatória, Daniela incluiu no roteiro de Canibália - Ritmos do Brasil o xote Eu só quero um xodó (Dominguinhos e Anastácia), sucesso na voz de Gilberto Gil em 1973. Atração do mesmo palco horas antes, a cantora pernambucana Kiara Ribeiro foi convidada por Daniela para dueto em Dia branco (Geraldo Azevedo e Renato Rocha, 1981). De tom carnavalizante, a apresentação teve momentos politizados. Daniela discursou a favor do movimento Passe Livre, avalizou a campanha contra a homofobia recém-lançada pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) e cantou o Hino Nacional Brasileiro (Francisco Manuel da Silva e Joaquim Osório Duque Estrada, 1822 / 1909 - com letra) de mãos dadas com sua namorada Malu Verçosa. A cantora só saiu do Palco Guadalajara após às 4h30m da madrugada.
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Com Buhr, banda Eddie mostra seu 'Original Olinda style' em Garanhuns
Garanhuns (PE) - Na cena de Pernambuco desde 1989, ano em que foi criada em Olinda, a banda Eddie mostrou seu groove - produto de sua fusão de rock, reggae, frevo, pop, brega e surf music - ao público que lotou a Esplanada Guadalajara para ver a apresentação do grupo na 23ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns. Alocado no palco Guadalajara, reservado às atrações principais do Fig, o show da Eddie teve início já na madrugada deste sábado, 27 de julho de 2013. Fábio Trummer (voz e guitarra), Urêa (percussão e voz), Andret (trompetes, teclados e samplers), Kiko (bateria) e Rob (baixo) receberam o cantor e compositor olindense Erasto Vasconcelos e as cantoras Karina Buhr e Isaar de França, que atuaram como ilustres backing-vocals no show. Buhr solou O céu - música que já havia gravado com o grupo no segundo álbum do Eddie, Original Olinda style (2002) - e fez dueto com o vocalista Fábio Trummer em Bairro novo / Casa caiada, revivendo outra participação em disco da banda (no caso, em Carnaval no inferno, CD lançado em 2008). Situada entre os shows de Fagner e Daniela Mercury, a apresentação da Eddie no Fig 2013 teve músicas como Pode me chamar no roteiro coeso. A foto de Eric Gomes / Fundarpe flagra Buhr com a Eddie no Palco Guadalajara.
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Isaar revive Comadre em Garanhuns ao cantar Rossi no show do Eddie
Garanhus (PE) - Antes de sair em carreira solo, a cantora pernambucana Isaar de França integrou o grupo Comadre Fulozinha com Karina Buhr. Na madrugada de hoje, 27 de julho de 2013, Isaar e Buhr voltaram a dividir um palco como nos tempos do Comadre Fulozinha. No caso, o Palco Guadalajara, o principal da 23ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns. Isaar e Buhr participaram como backing-vocals do show da banda olindense Eddie - com direito a solos. Coube a Isaar solar Desterro, música de Reginaldo Rossi, lançada pelo cantor e compositor pernambucano em 1972 e regravada por Comadre Fulozinha nos anos 2000. O número solo de Isaar - vista em foto de Eric Gomes / Fundarpe - foi destaque no show em que a banda Eddie recebeu também o cantor e compositor olindense Erasto Vasconcelos, de cuja lavra o Eddie cantou O baile betinha no show, aberto com a música Eu sou Eddie. O roteiro incluiu Sentado na beira do rio e O amargo, entre outros temas abrilhantados pelos vocais de Isaar e Karina Buhr, ilustres vocalistas da Eddie na apresentação feita pela banda no Fig 2013.
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Fagner celebra 'Seu Domingos' em Garanhuns em show com Manassés
Garanhuns (PE) - Desde que a notícia da morte de Dominguinhos (1941 - 2013) correu o Brasil na noite da última terça-feira, 23 de julho de 2013, vários shows da 23ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns - principal atração do calendário cultural da cidade natal do cantor, compositor e músico pernambucano - têm sido pontuados por naturais homenagens ao artista. Não foi diferente no show de Fagner, amigo de Seu Domingos, como o cantor e compositor cearense se referiu a Dominguinhos ao lamentar a morte do sanfoneiro no Palco Guadalajara, diante da multidão que lotou a Esplanada Guadalajara na noite de ontem, 26 de julho de 2013, para ver os shows de Fagner, de Eddie e de Daniela Mercury. "O Brasil está triste. A música brasileira está de luto. A música nordestina perdeu a nossa maior diferença", ressaltou Fagner, antes de homenagear Seu Domingos com a interpretação da canção Quem me levará sou eu, parceria de Dominguinhos com Manduka com a qual o cantor saiu campeão de festival promovido pela extinta TV Tupi em 1979 - vitória que levou a música a ser incluída numa segunda edição do quinto álbum de Fagner, Eu canto - Quem viver chorará (CBS, 1978). A homenagem seria repetida, já no fim do show, com a lembrança de Pedras que cantam, tema forrozeiro que deu título ao álbum lançado por Fagner em 1991. "Essa é pra você, Seu Domingos", ofereceu Fagner antes de recordar Pedras que cantam, a segunda parceria de Dominguinhos com Fausto Nilo - conexão promovida por Fagner, que mostrou em Garanhuns o show comemorativo de seus 40 anos de carreira fonográfica. O show marca o reencontro do cantor com Manassés, violeiro cearense (de Maranguape) que ajudou Fagner a cristalizar, a partir de 1978, cultuada sonoridade que identifica os discos gravados pelo cantor entre o fim dos anos 70 e o início dos 80. De caráter retrospectivo, o roteiro do show de Fagner em Garanhuns incluiu sucessos como Canteiros (Fagner sobre poema de Cecília Meirelles, 1973), Revelação (Clésio e Clodô, 1978), Noturno (Graco e Caio Silvio, 1979), Eternas ondas (Zé Ramalho, 1980), Fanatismo (Fagner sobre poema de Florbela Espanca), Cartaz (Francisco Casaverde e Fausto Nilo, 1984) - última das 18 músicas cantadas por Fagner em sua calorosa e coesa apresentação no Fig 2013 - e Deixa viver (Francisco Casaverde e Fausto Nilo, 1985), reminiscências de fase mais pop de sua discografia que culminou com gravações de canções de romantismo bem mais popular, casos de Deslizes (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1987) e Borbulhas de amor (Tenho um coração) (Juan Luis Guerra em versão em português de Ferreira Gullar, 1991), ambas evidentemente incluídas por Fagner - visto no Palco Guadalajara na foto de Eric Gomes / Fundarpe - no show de hits que agitou o Festival de inverno de Garanhuns.
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'Estrela decadente' de Thiago Pethit brilha entre o público de Garanhuns
Garanhuns (PE) - A estrela de Thiago Pethit brilhou na 23ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns. Uma das atrações do Palco Pop na noite de ontem, 26 de julho de 2013, o cantor e compositor paulista apresentou seu show Estrela decadente - inspirado em seu homônimo segundo álbum, lançado em 2012 de forma independente - para público antenado que cantou com Pethit boa parte das músicas do roteiro. Indício de que já é possível construir carreira e ganhar público à margem do mercado fonográfico sem ter músicas veiculadas em rádio e trilha sonora de novelas. A estrela de Thiago Pethit - em foto de Marcelo Soares - continua a subir.
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sexta-feira, 26 de julho de 2013
Elba saúda Dominguinhos em Garanhuns e cogita CD com obra do artista
Garanhuns (PE) - Como era esperado, o show feito por Elba Ramalho com o maestro Spok na 23ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns teve homenagem a Dominguinhos (1941 - 2013), o cantor e compositor e sanfoneiro pernambucano nascido na cidade que sedia o Fig desde 1981. A cantora paraibana incluiu no roteiro da sua apresentação no Palco Guadalajara - feita já madrugada desta sexta-feira, 26 de julho de 2013 - registro quase a capella da bonita canção De volta pro aconchego (Dominguinhos e Nando Cordel), lançada por Elba em 1985. Dentro da já vasta discografia de Elba, De volta pro aconchego é a mais famosa das cerca de 30 músicas de Dominguinhos gravadas pela intérprete ao longo de seus 34 anos de carreira fonográfica. Elba - vista em foto de Eric Gomes / Fundarpe - cogita regravar essas músicas em disco que celebraria a obra do artista. A cantora revelou que ela e Dominguinhos tinham planos de fazer CD no estilo voz & sanfona com esse repertório - projeto que Elba considera concretizar, mesmo sem a presença do compositor e músico. O disco em dupla viraria tributo.
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Elba e Gulin reacendem o sucesso de Moraes no Festival de Garanhuns
Garanhuns (PE) - Um dos sucessos do repertório carnavalizante de Moraes Moreira, Coisa acesa - parceria do cantor e compositor baiano com o poeta cearense Fausto Nilo que deu título ao álbum lançado por Moraes em 1982 - ganhou as vozes das cantoras Elba Ramalho e Thaís Gulin. Atração da 23ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns, o show de Elba com o maestro Spok teve a participação de Gulin. As cantoras - vistas em foto de Eric Gomes / Fundarpe - reacenderam a chama deste sucesso de Moraes Moreira na apresentação feita no Palco Guadalajara (o principal do Fig) já na madrugada desta sexta-feira, 26 de julho de 2013.
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Atração de Garanhuns, Elba entra no passo do frevo com maestro Spok
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Deolinda mostra pop contemporâneo de Portugal ao povo de Garanhuns
Garanhuns (PE) - "Nós nos inspiramos no fado, mas não fazemos fado. Podem dançar à vontade", sugeriu a vocalista do quarteto lusitano Deolinda, Ana Bacalhau (em foto de Eric Gomes / Fundarpe), ao público que foi à Esplanada Guadalajara na noite de quinta-feira, 25 de julho de 2013, assistir ao show feito pelo grupo dentro da programação da 23ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns. Foi a primeira apresentação do Deolinda no Brasil. Uma das novidades da cena pop contemporânea de Portugal, o quarteto - surgido em 2006 a partir da união dos irmãos Pedro da Silva Martins (guitarra) e Luís José Martins (cavaco, guitarra, violão, viola braguesa e ukelele), da prima cantora Ana Bacalhau e de seu marido, o baixista José Pedro Leitão - está lançando seu terceiro álbum de estúdio, Mundo pequenino (2013). Sucessor de Canção ao lado (2008) e Dois selos e um carimbo (2010), Mundo pequenino apresenta 12 músicas inéditas (entre elas, Algo novo, Balanço, Concordância, Medo de mim, Musiquinha e Seja agora). À vontade no Palco Guadalajara, o principal do festival, Deolinda mostrou ao povo de Garanhuns seu pop (quase sempre) dançante. "Nós somos portugueses e, por isso, sempre tem uma canção triste no show", justificou com ironia Ana Bacalhau antes de cantar Passou por mim e sorriu (Pedro da Silva Martins), o sucesso do segundo álbum do grupo.
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Com samba de Sargento e canção de Chico, Gulin estreia em Garanhuns
Garanhuns (PE) - Cantora curitibana radicada no Rio de Janeiro (RJ), Thaís Gulin escreveu na mão esta semana o nome de Dominguinhos (1941-2013), mas fez seu primeiro show na terra natal do compositor e sanfoneiro pernambucano - dentro da programação da 23ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns - sem prestar homenagem ao artista morto na terça-feira, 23 de julho. Tributo que, no caso da artista, soaria artificial, já que a cantora revelou aos jornalistas presentes no FIG que seu contato com a obra de Dominguinhos se deu de início pela audição de discos de Elba Ramalho. Atração da noite de 25 de julho de 2013, Gulin - vista em foto de Eric Gomes / Fundarpe - se apresentou ontem no principal espaço do festival, o palco Guadalajara, fazendo versão reduzida do show inspirado em seu excelente segundo álbum de estúdio, ôÔÔôôÔôÔ (Slap / Som Livre, 2011). Com boa presença cênica, sem se intimidar com a frieza de um público que desconhecia sua música, a cantora fez azeitada apresentação do show de 2011, cujo roteiro já incorpora a bela modinha Até pensei - música de Chico Buarque gravada por Gulin neste ano de 2013 para a trilha sonora da novela Sangue Bom (TV Globo) - e o samba De boteco em boteco, do compositor carioca Nelson Sargento. Deixou boa impressão.
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quinta-feira, 25 de julho de 2013
Nova edição em CD da 'Missa do Vaqueiro' traz Elba, Fagner e Quinteto
Produzido por José Milton com Roberta Jansen, com nova gravação da Missa do Vaqueiro, o CD Rezas de sol para a Missa do Vaqueiro vai estar disponível para venda a partir do início de agosto de 2013. O disco - cujo lançamento está programado para 28 de julho no município de Serrita (PE), no encerramento da 43ª edição da Missa do Vaqueiro - reúne nomes como Cezzinha, Elba Ramalho, Fagner, Maciel Melo, Quinteto Violado e Sérgio Reis, entre outros nomes. Os arranjos são de Gennaro, João Lyra, Ananias Jr e Dudu Alves (do Quinteto Violado).
CD com trilha de 'Amor à vida' reúne Ana, Anitta, Ivete, Nando e Roberta
1. Piradinha - Gabriel Valim
2. Pontes indestrutíveis - Charlie Brown Jr.
3. As mina pira na balada - Gusttavo Lima
4. Meiga e abusada - Anitta
5. As curvas da estrada de Santos - Lulu Santos (com Késia Estácio)
6. Trem das onze - Zeca Pagodinho
7. O amor em paz - Ivete Sangalo
8. Um ser amor - Paula Fernandes
9. Fofinha delícia (Excesso de gostosura) - Sorriso Maroto
10. Amor amor - Wanessa
11. Combustível - Ana Carolina
12. Você não poderia surgir agora - Roberta Sá
13. Caio no suingue - Pedro Luís e A Parede
14. Na selva de pedra - Conexão Baixada
15. Maravida - Daniel
16. Amor à vida - Nando Reis
17. Dançando na garoa - Jammil
18. Sambas urbanos - Rodrigo Pitta (com Edi Rock)
CD 'Sangue bom nacional 2' reúne gravações de Catto, Nana, Zambujo e Zélia
♪ Na sequência do CD Sangue bom nacional vol. 1, posto nas lojas neste mês de julho de 2013, a gravadora Som Livre lança no início de agosto o segundo volume da trilha sonora nacional da novela exibida pela TV Globo às 19h30m. Com alguns fonogramas inéditos, caso da gravação de Quem é você? (Eduardo Dussek e Isolda) feita pelo cantor gaúcho Filipe Catto, o CD destaca fonogramas do cantor português Antonio Zambujo (Quase um fado), da cantora mineira Michele Leal (Jacarandá), de Nana Caymmi (De volta ao começo, na gravação da música de Gonzaguinha feita em 1980 pela cantora carioca para o álbum Mudança dos ventos) e Zélia Duncan (A gruta da solidão, faixa do ótimo álbum Tudo esclarecido). Eis as 15 gravações incluídas no CD Sangue bom nacional vol. 2:
1. Flores - Sambô
2. Quem é você? - Filipe Catto
3. 130 anos - Agridoce
4. Alfazema - Cídia
5. A gruta da solidão - Zélia Duncan
6. Fogo - Capital Inicial
7. Jacarandá - Michele Leal
8. Lei do desapego - Thiago Brava
9. Agamamou - Leandro Lehart e Emicida
10. Curto circuito - Mumuzinho
11. No compasso do samba - Grupo Dose Certa
12. Mordida de amor (Love bites) - Yahoo
13. De volta ao começo - Nana Caymmi
14. Hoje eu tô descontraída - Ellen Roche
15. Quase um fado - Antonio Zambujo
CD internacional de 'Flor do Caribe' inclui tema de Bon Iver com Jesuton
Aposta da gravadora Som Livre, a cantora inglesa Jesuton tem marcado presença assídua nas trilhas sonoras internacionais de novelas da TV Globo com gravações de sucessos estrangeiros. Após regravar I'll never love this way again (Richard Kerr e Will Jennings, 1979) para ser tema do casal protagonista de Salve Jorge e de dar voz a Because you loved me (Diane Warren, 1996) - sucesso da cantora canadense Celine Dion - para a trilha internacional de Sangue bom, Jesuton figura no CD Flor do Caribe internacional - nas lojas no início de agosto de 2013 em edição da gravadora Som Livre - com registro de Holocene (Justin Vernon, 2011), música do repertório da banda norte-americana de indie folk Bon Iver. Maria Gadú também está no CD. Eis as 17 faixas do disco que reúne a trilha sonora internacional da novela das 18h da TV Globo:
1. Blues de mar - Gaby Moreno
2. Es por ti - Juanes
3. Love is a verb - John Mayer
4. Bottom of the sea - Matt Nathanson
5. Mi novia se me esta poniendo vieja - Ricardo Arjona
6. Sabia ,anera - Juan Luis Guerra
7. Like a rose - Maria Gadú
8. It's a fluke - Tiago Iorc
9. If - Sam Harris
10. Quedate - Blank & Jones Ambient Mix
11. Invisible - Pet Shop Boys
12. The reason of my smile - Kevin White
13. Holocene - Jesuton
14. Inmensidad - Mystic Diversions
15. Dreaming about anoushka - Buddhattitude
16. La chica de Ipanema (garota de Ipanema) - Jarabe De Palo e Tere Bautista
17. Nostalgia pasajera - Antônio Villeroy
Botelho explicita amor por músicas e musicais em show íntimo e pessoal
Resenha de show
Título: Cole Porter & meus musicais de estimação
Artista: Claudio Botelho (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Bar do Copa - Hotel Copacabana Palace (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 20 de julho de 2013
Cotação: * * * 1/2
Em cartaz de sexta-feira a domingo, no Rio de Janeiro (RJ), até 18 de agosto de 2103
Título: Cole Porter & meus musicais de estimação
Artista: Claudio Botelho (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Bar do Copa - Hotel Copacabana Palace (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 20 de julho de 2013
Cotação: * * * 1/2
Em cartaz de sexta-feira a domingo, no Rio de Janeiro (RJ), até 18 de agosto de 2103
"Não foi por dinheiro. Foi por amor", ressaltou Claudio Botelho, quase no fim da terceira apresentação de seu show Cole Porter & meus musicais de estimação, para o público que lotou o Bar do Copa na noite de sábado, 20 de julho de 2013. O ator, cantor e diretor carioca - celebrado sobretudo como versionista, por seu excepcional talento para adaptar temas de musicais para o português com total fluência e fidelidade ao sentido dos versos originais - explicitou em cena a razão que o levou a seguir profissionalmente a trilha dos musicais para deixar claro que apenas brincava quando, alguns números antes, saboreara cada um dos versos mercantilistas criados pelo letrista norte-americano Fred Ebb (1928 - 2004) para música de seu parceiro John Kander, It's a business, tema de Curtains, musical norte-americano que estreou em Los Angeles em 2006. Cantados em português, os versos adaptados por Botelho ironizam atores e peças com prêmios, mas sem público. Com essa ironia sublinhada pelo toque do sopro de Edgard Duvivier (no sax e na clarineta em alguns números), a música é momento bem-humorado do show íntimo e pessoal de Botelho. É íntimo pela própria natureza aconchegante do bar do Copacabana Palace, o nobre hotel do Rio de Janeiro (RJ) que acolhe a temporada do show, em cartaz de sexta-feira a domingo até 18 de agosto de 2013. É pessoal porque Botelho se vale da intimidade proporcionada pelo local para cantar o que quer e contar histórias como se estivesse na sala de sua casa entretendo plateia de amigos com seu amor pelos musicais e pelas músicas destes espetáculos de teatro. Parece que tudo é mesmo por amor. Inclusive a escolha do compositor norte-americano Cole Porter (1891 - 1964) para figurar no título do show e na abertura do roteiro, feita com I am loved (do musical de 1950 Out of this world), tema ao qual se seguem From this moment on - outra canção de Porter, lançada pela atriz e cantora norte-americana Doris Day em disco de 1950 - e Can-can, list song de Porter, composta para o musical homônimo de 1953. Temas do genial compositor norte-americano dominam o repertório na parte inicial do show, evocando Cole Porter - Ele nunca disse que me amava (2000), musical carioca que alavancou a carreira da dupla formada por Botelho com o diretor Charles Möeller. Uma das obras-primas de Porter, So in love - a apaixonada canção do musical Kiss me, Kate (1948) - ressurge em número feito pelo cantor em dueto com o piano de Marcio Castro. A real intimidade de Botelho com esse fino cancioneiro teatral e/ou cinematográfico salta aos ouvidos. É nítido o prazer com que o cantor está em cena para dar voz a músicas como The american dream (Claude Michel Schönberg, Alain Boublil e Richard Maltby Jr.) - tema de Miss Saigon (1989) - e Send in the clowns (Stephen Sondheim, 1973), alvo de interpretação precisa. Esse amor pelos musicais até disfarça o fato de que alguns dos temas ali ouvidos no aconchego do Bar do Copa pedem idealmente moldura orquestral e/ou uma vibração impossível de ser atingida numa atmosfera íntima, caso em especial de Deixa o sol entrar, versão em português de Let the sunshine in (Galt MacDermot, Gerome Ragni e James Rado), tema do musical Hair (1967). Contudo, qualquer aparato se revela dispensável diante da emoção genuína posta pelo cantor na interpretação de Eu tinha um sonho para viver, sua versão de I dreamed a dream (Claude-Michel Schonberg e Alain Boublil), a já conhecida canção do musical Os miseráveis (1980) que ganhou popularidade adicional a partir de 2009 ao ser defendida pela então caloura escocesa Susan Boyle em programa da TV britânica. Seja como for, Botelho tem a seu lado músicos hábeis como Thiago Trajano, cujo violão sobressai e se revela suficiente em números como The shadow of your smile (Johnny Mandel e Paul Francis Webster, 1965) e Smile (Charles Chaplin, 1936 - com adição da letra composta em 1954 por John Turner e Geoffrey Parsons), exemplos da devoção de Botelho pela música de cinema. Como define o próprio artista em cena, Cole Porter & meus musicais de estimação é "um show de amigos". Uma celebração pessoal de quem já tem no currículo 37 espetáculos criados com o diretor Charles Möeller em parceria que já virou grife e garantia de sucesso no expandido mercado brasileiro de musicais. Vendo e ouvindo Claudio Botelho cantar e contar suas histórias (várias temperadas com um humor mordaz) no Bar do Copa, já não resta dúvidas de que todo o dinheiro adquirido por conta desse sucesso é - no caso - fruto de amor.