Aos 81 anos, o cantor e compositor paulista Sérgio Ricardo tem encaixotados seus três álbuns iniciais - Dançante nº 1 (Todamérica, 1959), A bossa romântica de Sérgio Ricardo - Não gosto mais de mim (Odeon, 1960) e Depois do amor (Odeon, 1961) - e os dois discos editados na sequência com as trilhas sonoras que Ricardo compôs para os filmes Deus e o diabo na terra do sol (1963) e Esse mundo é meu (1964). Dos cinco títulos da caixa Bossa romântica & trilhas 1959 - 1964, produzida pelo pesquisador musical Marcelo Fróes para seu selo Discobertas, quatro eram até então inéditos em formato digital. A exceção é A bossa romântica de Sérgio Ricardo - Não gosto mais de mim, álbum já editado pela EMI Music em CD em 2003 na série Odeon 100 Anos. Produzido por Aloysio de Oliveira (1914 - 1995), este disco de repertório inteiramente autoral apresentou músicas como Bouquet de Isabel, Poema azul - revivida por Maria Bethânia no álbum Mar de Sophia (2006) - e Zelão. Contudo, dentre os três álbuns da caixa, a maior relíquia para colecionadores de discos é Dançante nº 1, título raríssimo que chega ao CD com seis faixas-bônus extraídas de três discos de 78 rotações, dois editados pela extinta gravadora RGE, em 1957 e 1958, e o terceiro já lançado em 1959 pela companhia que editou o álbum, a também já desativada Todamérica. Também raro, Depois do amor se diferencia na discografia de Sérgio Ricardo por ser um álbum sem músicas autorais. Neste disco produzido por Ismael Corrêa para a Odeon, o profícuo compositor cedeu todo seu espaço ao cantor, que deu voz a músicas alheias como Duas contas (Garoto), Errinho à toa (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), Foi a noite (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça) e Ilusão à toa (Johnny Alf). O compositor voltaria à cena de forma plena na trilha sonora de Deus e o diabo na terra do sol, assinada por Sérgio Ricardo com o cineasta Glauber Rocha (1939 - 1981). O disco reúne 14 temas compostos por Ricardo com Glauber. Já a trilha sonora de Esse mundo é meu junta o compositor ao maestro paulista Lindolfo Gaya (1921 - 1987), um dos maiores arranjadores de sua época. Detalhe: além da música, Ricardo assina a direção e o roteiro do filme. Com a edição da caixa Bossa romântica & trilhas 1959 - 1964, o selo Discobertas dá continuidade à oportuna revitalização da obra fonográfica de Sérgio Ricardo - trabalho iniciado em 2012 com as reedições de cinco títulos da discografia do artista.
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Aos 81 anos, o cantor e compositor paulista Sérgio Ricardo tem encaixotados seus três álbuns iniciais - Dançante nº 1 (Todamérica, 1959), A bossa romântica de Sérgio Ricardo - Não gosto mais de mim (Odeon, 1960) e Depois do amor (Odeon, 1961) - e os dois discos editados na sequência com as trilhas sonoras que Ricardo compôs para os filmes Deus e o diabo na terra do sol (1963) e Esse mundo é meu (1964). Dos cinco títulos da caixa Bossa romântica & trilhas 1959 - 1964, produzida pelo pesquisador musical Marcelo Fróes para seu selo Discobertas, quatro eram até então inéditos em formato digital. A exceção é A bossa romântica de Sérgio Ricardo - Não gosto mais de mim, álbum já editado pela EMI Music em CD em 2003 na série Odeon 100 Anos. Produzido por Aloysio de Oliveira (1914 - 1995), este disco de repertório inteiramente autoral apresentou músicas como Bouquet de Isabel, Poema azul - revivida por Maria Bethânia no álbum Mar de Sophia (2006) - e Zelão. Contudo, dentre os três álbuns da caixa, a maior relíquia para colecionadores de discos é Dançante nº 1, título raríssimo que chega ao CD com seis faixas-bônus extraídas de três discos de 78 rotações, dois editados pela extinta gravadora RGE, em 1957 e 1958, e o terceiro já lançado em 1959 pela companhia que editou o álbum, a também já desativada Todamérica. Também raro, Depois do amor se diferencia na discografia de Sérgio Ricardo por ser um álbum sem músicas autorais. Neste disco produzido por Ismael Corrêa para a Odeon, o profícuo compositor cedeu todo seu espaço ao cantor, que deu voz a músicas alheias como Duas contas (Garoto), Errinho à toa (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), Foi a noite (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça) e Ilusão à toa (Johnny Alf). O compositor voltaria à cena de forma plena na trilha sonora de Deus e o diabo na terra do sol, assinada por Sérgio Ricardo com o cineasta Glauber Rocha (1939 - 1981). O disco reúne 14 temas compostos por Ricardo com Glauber. Já a trilha sonora de Esse mundo é meu junta o compositor ao maestro paulista Lindolfo Gaya (1921 - 1987), um dos maiores arranjadores de sua época. Detalhe: além da música, Ricardo assina a direção e o roteiro do filme. Com a edição da caixa Bossa romântica & trilhas 1959 - 1964, o selo Discobertas dá continuidade à oportuna revitalização da obra fonográfica de Sérgio Ricardo - trabalho iniciado em 2012 com as reedições de cinco títulos da discografia do artista.
E a cotação? Vale quantas estrelas ?
Maravilha! Esses discos de Sérgio Ricardo são preciosidades. Justa homenagem ao cantor e compositor, coerente com a sua obra.
Mais uma vez Marcelo Fróes e a Discobertas prestam inestimável contribuição à memória musical brasileira. Estou comemorando! :)
5 estrelas, Francisco.
Postar um comentário