Após divulgar as músicas Crisântemo e Zoião (faixa já em rotação na trilha sonora da novela Sangue bom), Emicida divulgou uma terceira gravação de seu primeiro álbum, a ser editado neste segundo semestre de 2013 pelo selo Laboratório Fantasma. Trata-se de Hoje cedo, música composta pelo rapper paulista em parceria com Felipe Vassão e gravada por Emicida com a cantora e compositora baiana Pitty. A gravação foi mixada por Maurício Cersosimo no estúdio Mix Nova em São Paulo (SP) e masterizada por Tony Dawsey no estúdio Masterdisk, em Nova York (EUA). Hoje cedo remói frustrações, inconformismos e raivas de um chefe de família. Eis a letra de Hoje cedo, excelente rap de pegada roqueira que destila certa desilusão com a desintegração social e familiar diante de um cenário manchado com injustiças e drogas:
Hoje cedo (Emicida e Felipe Vassão)
Hoje cedo
Quando eu acordei e não te vi
Eu pensei em tanta coisa
Tive medo
Ah, como eu chorei, eu sofri
Em segredo
Tudo isso
Hoje cedo
Holofotes fortes, purpurina
O sorriso dessas mina só me lembra cocaína
Em cinco abrem-se as cortinas
Estáticas retinas brilham, garoa fina
Que fita
Meus poema me trouxe
onde eles não habita
A fama irrita, grana dita, cê desacredita
Fantoches, pique Celso Pitta mente
Mortos tipo meu pai, nem eu me sinto presente
É rima que cêsqué? Toma duas, três
Farta pra enfartar cada um de vocês
Num abismo sem volta, de festa, ladainha
Minha alma afunda igual minha família em casa
Sozinha
Entre putas, como um cafetão, coisas que afetam
Sintonia
Como sonhei em tá aqui um dia
Crise, trampo, ideologia, pause
E é aqui, onde nóiz entende a Amy Winehouse
Hoje cedo
Quando eu acordei e não te vi
Eu pensei em tanta coisa
Tive medo
Ah, como eu chorei, eu sofri
Em segredo
Tudo isso
Hoje cedo
Vagabundo, a trilha é um precipício, tenso, o melhor
Quero salvar o mundo, pois desisti da minha família e numa luta mais difícil
A frustração vai ser menor
Digno de dó, só o pó, vazio comum
que já é moda no século 21
Blacks com voz sagaz gravada
Contra vilões que sangram a quebrada
Só que raps por nóiz, por paz, mais nada
Me pôs nas gerais, numa cela trancada
Eu lembrei do Racionais, reflexão
Aí, os próprio preto num tá nem aí com isso, não
É um clichê romântico, triste
Vai perceber, vai ver, se matou e o paraíso não existe
Eu ainda sou o Emicida da Rinha
Lotei casas do sul ao norte
Mas esvaziei a minha
E vou por aí, Taleban
vendo os boy beber dois mês de salário da minha irmã
Hennessys, avelãs, camarins, fãs, globais
Mano, onde eles tavam há dez anos atrás
Showbiz como a regra diz, lek
A sociedade vende Jesus, por que não ia vender rap
O mundo vai se ocupar com seu cifrão
dizendo que a miséria é quem carecia de atenção
Hoje cedo
Quando eu acordei e não te vi
Eu pensei em tanta coisa
Tive medo
Ah, como eu chorei, eu sofri
Em segredo
Tudo isso
Hoje cedo
2 comentários:
Após divulgar as músicas Crisântemo e Zoião (faixa já em rotação na trilha sonora da novela Sangue bom), Emicida divulgou uma terceira gravação de seu primeiro álbum, a ser editado neste segundo semestre de 2013 pelo selo Laboratório Fantasma. Trata-se de Hoje cedo, música composta pelo rapper paulista em parceria com Felipe Vassão e gravada por Emicida com a cantora e compositora baiana Pitty. A gravação foi mixada por Maurício Cersosimo no estúdio Mix Nova em São Paulo (SP) e masterizada por Tony Dawsey no estúdio Masterdisk, em Nova York (EUA). Hoje cedo remói frustrações, inconformismos e raivas de um chefe de família. Eis a letra de Hoje cedo, excelente rap de pegada roqueira que destila certa desilusão com a desintegração social e familiar diante de um cenário manchado com injustiças e drogas:
Hoje cedo (Emicida e Felipe Vassão)
Hoje cedo
Quando eu acordei e não te vi
Eu pensei em tanta coisa
Tive medo
Ah, como eu chorei, eu sofri
Em segredo
Tudo isso
Hoje cedo
Holofotes fortes, purpurina
O sorriso dessas mina só me lembra cocaína
Em cinco abrem-se as cortinas
Estáticas retinas brilham, garoa fina
Que fita
Meus poema me trouxe
onde eles não habita
A fama irrita, grana dita, cê desacredita
Fantoches, pique Celso Pitta mente
Mortos tipo meu pai, nem eu me sinto presente
É rima que cêsqué? Toma duas, três
Farta pra enfartar cada um de vocês
Num abismo sem volta, de festa, ladainha
Minha alma afunda igual minha família em casa
Sozinha
Entre putas, como um cafetão, coisas que afetam
Sintonia
Como sonhei em tá aqui um dia
Crise, trampo, ideologia, pause
E é aqui, onde nóiz entende a Amy Winehouse
Hoje cedo
Quando eu acordei e não te vi
Eu pensei em tanta coisa
Tive medo
Ah, como eu chorei, eu sofri
Em segredo
Tudo isso
Hoje cedo
Vagabundo, a trilha é um precipício, tenso, o melhor
Quero salvar o mundo, pois desisti da minha família e numa luta mais difícil
A frustração vai ser menor
Digno de dó, só o pó, vazio comum
que já é moda no século 21
Blacks com voz sagaz gravada
Contra vilões que sangram a quebrada
Só que raps por nóiz, por paz, mais nada
Me pôs nas gerais, numa cela trancada
Eu lembrei do Racionais, reflexão
Aí, os próprio preto num tá nem aí com isso, não
É um clichê romântico, triste
Vai perceber, vai ver, se matou e o paraíso não existe
Eu ainda sou o Emicida da Rinha
Lotei casas do sul ao norte
Mas esvaziei a minha
E vou por aí, Taleban
vendo os boy beber dois mês de salário da minha irmã
Hennessys, avelãs, camarins, fãs, globais
Mano, onde eles tavam há dez anos atrás
Showbiz como a regra diz, lek
A sociedade vende Jesus, por que não ia vender rap
O mundo vai se ocupar com seu cifrão
dizendo que a miséria é quem carecia de atenção
Hoje cedo
Quando eu acordei e não te vi
Eu pensei em tanta coisa
Tive medo
Ah, como eu chorei, eu sofri
Em segredo
Tudo isso
Hoje cedo
Emicida e Pitty... a dupla perfeita para a petizada.
Enquanto isso eu fico na espera do sucessor do excelente Nó na Orelha do Criolo.
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