Título: Quero ver dançar agora
Artista: Gabriel Muzak
Gravadora: Bolacha
Cotação: * * *
Onze anos separam o primeiro álbum de Gabriel Muzak, Bossa nômade (2002), deste Quero ver dançar agora (2013), atestado da evolução artística do cantor, compositor e guitarrista carioca. Se o cantautor se mostra eficiente ao dar voz a dez músicas inéditas que totalizam meros 28 minutos no disco produzido pelo próprio Muzak, o compositor brilha soberano na apresentação de inspirada safra autoral pautada pela diversidade rítmica. O título Quero ver dançar agora foi extraído de verso da letra metalinguística de Quebra tudo (Gabriel Muzak), tema de vibe roqueira que alterna os tempos dos compassos para provocar estranhamentos. Sim, é mais fácil dançar ao som efervescente de Belém não para (Gabriel Muzak), música definida pelo autor como "um carimbo das arábias" por cruzar levadas do Norte do Brasil com os sons árabes enraizados na música do Nordeste. Sem fronteiras estéticas, o bom sujeito carioca também cai no samba em Uma mulher (Gabriel Muzak) - de letra escrita sob ótima feminina - e Ligação (Gabriel Muzak), tema que remete, no toque da guitarra do artista, a um universo de malandragem associado ao ritmo desde que o samba é samba. Destaque do repertório, Andaluzia (Gabriel Muzak) é o melhor momento do artista como cantor. Bem-sucedida, a ideia foi fazer um flamenco com guitarra, baixo, bateria e letra em espanhol. O exuberante fraseado do trompete sobressai no arranjo caliente. In the sky (Gabriel Muzak) se embrenha em nuvens psicodélicas enquanto Made of sand (Gabriel Muzak) - de letra em português, diferentemente do que sugere o título em inglês - faz o disco perder altitude. Na sequência, Brincadê (Gabriel Muzak) vem mais para confundir do que para explicar com doses misturadas de rock, funk, rap e psicodelia. No fim, o acústico afro-blues Noite selva (Gabriel Muzak), conduzido pelo violão de nylon tocado pelo artista, arremata a boa impressão deixada por Quero ver dançar agora, disco que joga luz sobre boa produção autoral de Gabriel Muzak.
Um comentário:
Onze anos separam o primeiro álbum de Gabriel Muzak, Bossa nômade (2002), deste Quero ver dançar agora (2013), atestado da evolução artística do cantor, compositor e guitarrista carioca. Se o cantautor se mostra eficiente ao dar voz a dez músicas inéditas que totalizam meros 28 minutos no disco produzido pelo próprio Muzak, o compositor brilha soberano na apresentação de inspirada safra autoral pautada pela diversidade rítmica. O título Quero ver dançar agora foi extraído de verso da letra metalinguística de Quebra tudo (Gabriel Muzak), tema de vibe roqueira que alterna os tempos dos compassos para provocar estranhamentos. Sim, é mais fácil dançar ao som efervescente de Belém não para (Gabriel Muzak), música definida pelo autor como "um carimbo das arábias" por cruzar levadas do Norte do Brasil com os sons árabes enraizados na música do Nordeste. Sem fronteiras estéticas, o bom sujeito carioca também cai no samba em Uma mulher (Gabriel Muzak) - de letra escrita sob ótima feminina - e Ligação (Gabriel Muzak), tema que remete, no toque da guitarra do artista, a um universo de malandragem associado ao ritmo desde que o samba é samba. Destaque do repertório, Andaluzia (Gabriel Muzak) é o melhor momento do artista como cantor. Bem-sucedida, a ideia foi fazer um flamenco com guitarra, baixo, bateria e letra em espanhol. O exuberante fraseado do trompete sobressai no arranjo caliente. In the sky (Gabriel Muzak) se embrenha em nuvens psicodélicas enquanto Made of sand (Gabriel Muzak) - de letra em português, diferentemente do que sugere o título em inglês - faz o disco perder altitude. Na sequência, Brincadê (Gabriel Muzak) vem mais para confundir do que para explicar com doses misturadas de rock, funk, rap e psicodelia. No fim, o acústico afro-blues Noite selva (Gabriel Muzak), conduzido pelo violão de nylon tocado pelo artista, arremata a boa impressão deixada por Quero ver dançar agora, disco que joga luz sobre boa produção autoral de Gabriel Muzak.
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