Título: Anitta
Artista: Anitta
Gravadora: Warner Music
Cotação: * *
Anitta perde poder em disco. Por mais que a gravadora Warner Music esteja alardeando que o CD lançado em julho de 2013 já vendeu mais de 100 mil cópias, Anitta - o primeiro álbum de Larissa de Macedo Machado, nome de batismo da cantora e compositora carioca transformada em musa do funk melody nacional por poderosa estratégia de marketing - soa repetitivo e industrializado em excesso. Enfim, é um produto feito com doses calculadas de pop artificial para explorar a popularidade obtida pela artista com seus vídeos no YouTube e com suas concorridas apresentações. Confiada a Umberto Tavares e a Mãozinha, a produção do CD Anitta se valeu de batidas estéreis - que diluem a pressão do pancadão do funk para tornar Anitta mais palatável para quem rejeita o som dos bailes da pesada - na formatação de repertório maniqueísta. Com mais pose do que voz (pequena e opaca, diga-se), Anitta bota banca e enquadra o eleitorado masculino sob sua mira - e essa afirmação do poder da mulher é o único ponto positivo das letras diretas e rasas do disco - através de músicas que se parecem umas com as outras na temática e na batida. O sucesso Show das poderosas (Anitta) parece ter sido a matriz para a fabricação de músicas como Meiga e abusada (Anitta, R. Araújo e Jefferson Júnior), Tá na mira (Anitta), Menina má (Anitta) e Cachorro eu tenho em casa (Anitta, Umberto Tavares e Jefferson Junior). Como no disco a sensualidade da artista está limitada às poses das fotos expostas no encarte, tudo soa previsível em Anitta. Até porque faixas moldadas para as pistas de tom mais pop, caso de Não para (Anitta), poderiam figurar tranquilamente em discos de cantoras norte-americanas que transitam pelo rap e pelo r & b industrializado. Eu sou assim (Anitta, Umberto Tavares e Jefferson Junior) ainda se diferencia pelo toque árabe à moda de Shakira. Já Zen (Anitta, Umberto Tavares e Jefferson Junior) - canção de levada pop reggae - dá trégua na guerra de Anitta contra pretendentes e rivais, se impondo como provável hit radiofônico de disco feito em laboratório. Espécie de Gretchen dos bailes da atualidade, Anitta apresenta suas armas. Mas, fora do palco, sua munição se revela insuficiente para legitimar seu talento. Por ora, pode até estar tudo dominado por Anitta, mas é questão de tempo para aparecer outro fenômeno midiático e destronar a poderosa da vez...
9 comentários:
Anitta perde poder em disco. Por mais que a gravadora Warner Music esteja alardeando que o CD lançado em julho de 2013 já vendeu mais de 100 mil cópias, Anitta - o primeiro álbum de Larissa de Macedo Machado, nome de batismo da cantora e compositora carioca transformada em musa do funk melody nacional por poderosa estratégia de marketing - soa repetitivo e industrializado em excesso. Enfim, é um produto feito com doses calculadas de pop artificial para explorar a popularidade obtida pela artista com seus vídeos no YouTube e com suas concorridas apresentações. Confiada a Umberto Tavares e a Mãozinha, a produção do CD Anitta se valeu de batidas estéreis - que diluem a pressão do pancadão do funk para tornar Anitta mais palatável para quem rejeita o som dos bailes da pesada - na formatação de repertório maniqueísta. Com mais pose do que voz (pequena e opaca, diga-se), Anitta bota banca e enquadra o eleitorado masculino sob sua mira - e essa afirmação do poder da mulher é o único ponto positivo das letras diretas e rasas do disco - através de músicas que se parecem umas com as outras na temática e na batida. O sucesso Show das poderosas (Anitta) parece ter sido a matriz para a fabricação de músicas como Meiga e abusada (Anitta, R. Araújo e Jefferson Júnior), Tá na mira (Anitta), Menina má (Anitta) e Cachorro eu tenho em casa (Anitta, Umberto Tavares e Jefferson Junior). Como no disco a sensualidade da artista está limitada às poses das fotos expostas no encarte, tudo soa previsível em Anitta. Até porque faixas moldadas para as pistas de tom mais pop, caso de Não para (Anitta), poderiam figurar tranquilamente em discos de cantoras norte-americanas que transitam pelo rap e pelo r & b industrializado. Eu sou assim (Anitta, Umberto Tavares e Jefferson Junior) ainda se diferencia pelo toque árabe à moda de Shakira. Já Zen (Anitta, Umberto Tavares e Jefferson Junior) - canção de levada pop reggae - dá trégua na guerra de Anitta contra pretendentes e rivais, se impondo como provável hit radiofônico de disco feito em laboratório. Espécie de Gretchen dos bailes da atualidade, Anitta apresenta suas armas. Mas, fora do palco, sua munição se revela insuficiente para legitimar seu talento. Por ora, pode até estar tudo dominado por Anitta, mas é questão de tempo para aparecer outro fenômeno midiático e destronar a poderosa da vez...
É só mais uma "Tati Quebra Barraco" de passagem com prazo de validade.
É só mais uma "Tati Quebra Barraco" de passagem e com prazo de validade.
te cuida, Lady Caca!
Tati Quebra Barraco? Se o álbum buscasse essa referência, certamente ele seria bem mais expressivo. O erro da Anitta é justamente se afastar esteticamente do funk para ampliar sua aceitação no mercado, como bem explicou o Mauro. Vejo a Anitta muito mais como uma Kelly Key de 2013. Ela pode ter chegado como um estrondo, mas está fatalmente fadada a desaparecer.
Nossa, que surpresa.
Eu não vou mentir, gosto da música Show das Poderosas. :-)))
PS: O Igor tem razão. É uma nova Kelly Key, cujo hit Cachorrinho eu tb gostava. heheh
A única diferença entre Anitta e todas as outras com 15 minutos é que ela já disse ter consciência das carreiras de 'um hit só' e que deixou darem palpite no primeiro disco pra no segundo fazer como ela quer.
Vamos esperar pra ver o que ela vai fazer com essa informação da carreira dela tem prazo de validade .
Todas as previsões feitas nesse post não aconteceram. Que Peninha. Deve ter sido frustrante pro dono do blog que quis paar de crítico de música mas não passa de um who qualquer. Bjs bang.
Postar um comentário