Mauro Ferreira no G1

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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Dori chega aos 70 anos como um dos mais geniais arranjadores do Brasil

Nascido em 26 de agosto de 1943, no Rio de Janeiro (RJ), Dori Caymmi chega aos 70 anos nesta segunda-feira, 26 de agosto de 2013, entronizado no posto de um dos grandes arranjadores do Brasil. O injusto silêncio da mídia em torno da data está em sintonia com a discrição com que o cantor e compositor carioca tem levado sua carreira, longe dos holofotes e das badalações. Se o arranjador - discípulo de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994), Eumir Deodato, Gil Evans (1912 - 1988) e Luiz Eça (1936 - 1992), entre outros mestres maestros - tem dado valiosa e notória contribuição à música brasileira a partir dos anos 60, o compositor ainda precisa ter sua obra corretamente dimensionada. Na seara da composição, Dori bebeu das águas de seu mestre e pai, um certo Dorival Caymmi (1914 - 2008), mas soube navegar em outros mares e sair da sombra deste gigante da MPB - ainda que, a cada vez que Dori abre seu vozeirão grave, o canto do artista revolva as profundezas do mar de Caymmi. Sua discografia solo - iniciada em 1972 com o álbum Dori Caymmi (Odeon) - guarda títulos poucos ouvidos como o denso e interiorizado Mundo de dentro, um dos melhores discos editados no Brasil em 2010 (centrado na parceria de Dori com Paulo César Pinheiro, o álbum foi lançado em 2009 nos Estados Unidos com o título de Inner world). De temperamento extrovertido quando está entre amigos chegados ou quando disserta em seus shows sobre os (des)caminhos da MPB com tiradas demolidoras, Dori Caymmi - em foto de Myriam Vilas Boas - parece viver em contrapartida imerso em seu mundo de dentro. Dori é da turma quieta de Edu Lobo - outro gênio que se torna septuagenário nesta última semana de agosto de 2013 - e parece viver para a música, alimento de sua alma, motor do barco que o conduz por seu próprio mar.

6 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Nascido em 26 de agosto de 1943, no Rio de Janeiro (RJ), Dori Caymmi chega aos 70 anos nesta segunda-feira, 26 de agosto de 2013, entronizado no posto de um dos grandes arranjadores do Brasil. O injusto silêncio da mídia em torno da data está em sintonia com a discrição com que o cantor e compositor carioca tem levado sua carreira, longe dos holofotes e das badalações. Se o arranjador - discípulo de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994), Eumir Deodato, Gil Evans (1912 - 1988) e Luiz Eça (1936 - 1992), entre outros mestres maestros - tem dado valiosa e notória contribuição à música brasileira a partir dos anos 60, o compositor ainda precisa ter sua obra corretamente dimensionada. Na seara da composição, Dori bebeu das águas de seu mestre e pai, um certo Dorival Caymmi (1914 - 2008), mas soube navegar em outros mares e sair da sombra deste gigante da MPB - ainda que, a cada vez que Dori abre seu vozeirão grave, o canto do artista revolva as profundezas do mar de Caymmi. Sua discografia solo - iniciada em 1972 com o álbum Dori Caymmi (Odeon) - guarda títulos poucos ouvidos como o denso e interiorizado Mundo de dentro, um dos melhores discos editados no Brasil em 2010 (centrado na parceria de Dori com Paulo César Pinheiro, o álbum foi lançado em 2009 nos Estados Unidos com o título de Inner world). De temperamento extrovertido quando está entre amigos chegados ou quando disserta em seus shows sobre os (des)caminhos da MPB com tiradas demolidoras, Dori Caymmi - em foto de Myriam Vilas Boas - parece viver em contrapartida imerso em seu mundo de dentro. Dori é da turma quieta de Edu Lobo - outro gênio que se torna septuagenário nesta última semana de agosto de 2013 - e parece viver para a música, alimento de sua alma, motor do barco que o conduz por seu próprio mar.

Toninho Lima disse...

Vida longa a Dori! Genial compositor e arranjador. Discografia impecável que, além do citado "Mundo de Dentro" tem outras belezas que merecem destaque como "Dori Caymmi" (1981), "Brasilian Serenata" (1992) e "If Ever..." (1994). Algumas composições com Paulo Cesar Pinheiro são verdadeiras pérolas (ex: "História Antiga").

Maria disse...

Uma das coisas que eu mais admiro em Dori, além do talento musical é o seu humor sarcástico nota 10!
Parabéns e muitos anos de vida e saúde pra ele.

noca disse...

O maior!É que tinha o Cesar Camargo que fazia os arranjos para Elis que aliás muitos dos quais,soam datados, ao contrário dos de Dori,todos atemporais.É grande cantor,timbre maravilhoso,compositor único e mestre no violão.Todos os discos que produziu para a sua genial irmã são obras primas.Muitos anos de vida genio!

paulo sergio disse...

Gênio!
Um de nossos músicos mais completos!

Nivaldo Andrade disse...

Arranjador genial, compositor brilhante, cantor excepcional, além de frasista de responsa. Viva Dori Caymmi! Poucos, como ele e Nana, conseguiram se firmar com autonomia e brilho próprio na mesma carreira em que o pai se consagrou como um dos maiores.