Resenha de livro
Título: 50 fatos que mudaram a história do rock
Autor: Paolo Hewitt
Editora: Verus Editora
Cotação: * * * 1/2
A ida dos Beatles ao programa de Ed Sullivan (1901 - 1974). A morte de Ziggy Stardust por David Bowie. O desaparecimento de Joe Strummer às vésperas do início da primeira turnê do grupo inglês The Clash. A batalha entre os grupos Blur e Oasis pelo topo da parada britânica. O arrombamento de um apartamento por Pete Doherty. Em maior ou menor grau, estes cinco acontecimentos tiveram relevância no universo pop e, por isso, figuram entre os 50 assuntos abordados por Paolo Hewitt no livro 50 fatos que mudaram a história do rock, recém-lançado no Brasil. É claro que nem todos os 50 fatos revividos pelo jornalista inglês - com texto cheio de estilo, agradável de ler - mudaram o curso da história do rock como a ida dos Beatles ao programa de Ed Sullivan, ponto de partida para a disseminação da Beatlemania nos Estados Unidos. Mas todos esses fatos, a rigor, são meros pretextos para que o autor discorra sobre a importância dos envolvidos na cena pop da época e, com isso, dê bom panorama dos caminhos do rock a partir da ascensão de Elvis Presley (1935 - 1977). Não por acaso, aliás, a ida de Elvis a um programa comandado por Frank Sinatra (1915 - 1998) na TV norte-americana, em 26 de março de 1960, é o primeiro dos 50 fatos alinhados pelo livro em linha cronológica que culmina com a morte de Michael Jackson (1958 - 2009) em 25 de junho de 2009. A rigor, nem tudo que Hewitt recorda no livro efetivamente diz respeito ao rock, no sentido estritamente musical. A conquista da liberdade artística de Marvin Gaye (1939 - 1984) e Stevie Wonder na gravadora Motown, a partir de 1971, está entre os 50 fatos do livro - assim como o lançamento nos Estados Unidos do livro Sex, de Madonna, em 21 de outubro de 1992. Afinal, rock sempre foi mais uma questão de atitude - no caso, uma atitude rebelde, contestatória - do que um determinado gênero musical. Nesse sentido, Madonna foi rock'n'roll ao lançar um livro com ousadas imagens sexuais. E quem há de negar que a cantora irlandesa Sinéad O' Connor também tomou uma atitude puramente rock'n'roll ao rasgar a foto do papa da época diante das câmeras do programa de TV Saturday night live, em 3 de outubro de 1992, três semanas antes de Madonna lançar seu livro erótico? Pois o ato de Sinéad - que gerou revolta e provocou hiato em sua carreira - está entre os 50 fatos do livro. Que poderia soar banal, irrelevante e até mesmo chato se o texto do autor não fosse tão bom. Hewitt transforma cada um dos 50 fatos em uma história saborosa com começo, meio e fim. Por isso, mesmo sem adicionar dados novos aos temas, 50 fatos que mudaram a história do rock merece leitura.
A ida dos Beatles ao programa de Ed Sullivan (1901 - 1974). A morte de Ziggy Stardust por David Bowie. O desaparecimento de Joe Strummer às vésperas do início da primeira turnê do grupo inglês The Clash. A batalha entre os grupos Blur e Oasis pelo topo da parada britânica. O arrombamento de um apartamento por Pete Doherty. Em maior ou menor grau, estes cinco acontecimentos tiveram relevância no universo pop e, por isso, figuram entre os 50 assuntos abordados por Paolo Hewitt no livro 50 fatos que mudaram a história do rock, recém-lançado no Brasil. É claro que nem todos os 50 fatos revividos pelo jornalista inglês - com texto cheio de estilo, agradável de ler - mudaram o curso da história do rock como a ida dos Beatles ao programa de Ed Sullivan, ponto de partida para a disseminação da Beatlemania nos Estados Unidos. Mas todos esses fatos, a rigor, são meros pretextos para que o autor discorra sobre a importância dos envolvidos na cena pop da época e, com isso, dê bom panorama dos caminhos do rock a partir da ascensão de Elvis Presley (1935 - 1977). Não por acaso, aliás, a ida de Elvis a um programa comandado por Frank Sinatra (1915 - 1998) na TV norte-americana, em 26 de março de 1960, é o primeiro dos 50 fatos alinhados pelo livro em linha cronológica que culmina com a morte de Michael Jackson (1958 - 2009) em 25 de junho de 2009. A rigor, nem tudo que Hewitt recorda no livro efetivamente diz respeito ao rock, no sentido estritamente musical. A conquista da liberdade artística de Marvin Gaye (1939 - 1984) e Stevie Wonder na gravadora Motown, a partir de 1971, está entre os 50 fatos do livro - assim como o lançamento nos Estados Unidos do livro Sex, de Madonna, em 21 de outubro de 1992. Afinal, rock sempre foi mais uma questão de atitude - no caso, uma atitude rebelde, contestatória - do que um determinado gênero musical. Nesse sentido, Madonna foi rock'n'roll ao lançar um livro com ousadas imagens sexuais. E quem há de negar que a cantora irlandesa Sinéad O' Connor também tomou uma atitude puramente rock'n'roll ao rasgar a foto do papa da época diante das câmeras do programa de TV Saturday night live, em 3 de outubro de 1992, três semanas antes de Madonna lançar seu livro erótico? Pois o ato de Sinéad - que gerou revolta e provocou hiato em sua carreira - está entre os 50 fatos do livro. Que poderia soar banal, irrelevante e até mesmo chato se o texto do autor não fosse tão bom. Hewitt transforma cada um dos 50 fatos em uma história saborosa com começo, meio e fim. Por isso, mesmo sem adicionar dados novos aos temas, 50 fatos que mudaram a história do rock merece leitura.
ResponderExcluirResenha de CD? Não é um livro? Abraços, Flávio.
ResponderExcluirClaro que é livro, Flávio. Fui no automático. Grato pelo toque. Abs, MauroF
ResponderExcluirA resenha me fez ter vontade de ler o livro. Valeu, Mauro!
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