Em 1978, então dando seus primeiros passos em carreira que a situaria sempre no limiar entre a música e o teatro, Cida Moreira subia diariamente ao palco do Teatro Ginástico, no Rio de Janeiro (RJ), como integrante do elenco do espetáculo A ópera do malandro, cujo texto tinha sido escrito por Chico Buarque em 1977 com inspiração na Ópera dos mendigos (John Gay, 1728) e na Ópera dos três vinténs (Bertolt Brecht e Kurt Weill, 1928). Sob a direção de Luís Antônio Martinez Corrêa (1950 - 1987), a então iniciante cantora e atriz fazia parte do coro, cantando músicas como Geni e o Zepelim, composta por Chico em 1977 para o musical. Decorridos 35 anos, a cantora paulista - presença bissexta em palcos cariocas - voltou ao palco do Teatro Ginástico (hoje Sesc-Ginástico) para apresentar na tarde desta quinta-feira, 12 de setembro de 2013, o show Aos que estão por vir - Cida Moreira canta Bertolt Brecht e Kurt Weill. Com a autoridade de quem tem intimidade tanto com a obra de Brecht e Weill quanto com o cancioneiro de Chico ("O Brecht brasileiro", como a intérprete o caracterizou em cena), Cida Moreira - em foto de Rodrigo Amaral - incluiu Geni e o Zepelim no roteiro do show em que Cida se acompanhou solitária ao piano no palco que, em 1978, considerou imenso e que hoje lhe pareceu ter tamanho normal. "A minha visão mudou", ressaltou Cida para o público que foi vê-la cantar Brecht e Weill em apresentação única. Eis o roteiro seguido pela artista no retorno ao palco do Ginástico, no Rio de Janeiro (RJ), em 12 de setembro de 2013:
1. Abertura - tema instrumental
2. Die moritat von mackie messer (Mack the knife) (Bertolt Brecht e Kurt Weill, 1928)
3. Balada do soldado morto (Legende vom toten soldaten)
(Bertolt Brecht e Kurt Weill, 1929 - em versão em português de Cacá Rosset)
4. Canção de Salomão (Salomon Song)
4. Canção de Salomão (Salomon Song)
(Bertolt Brecht e Kurt Weill, 1928 - em versão em português de Luiz Galizia)
5. Wiegenlied (Lullaby) (Bertolt Brecht e Hanns Eisler, 1939)
5. Wiegenlied (Lullaby) (Bertolt Brecht e Hanns Eisler, 1939)
- acalanto da peça Mãe Coragem e seus filhos
6. Speak low (Kurt Weill e Ogden Nash, 1943)
7. My ship (Kurt Weill e Ira Gershwin, 1941)
8. I don't know who I belong
(Friedrich Hollaender e Robert Liebmann, 1932 - em versão em inglês de Jeremy Lawrence)
(Friedrich Hollaender e Robert Liebmann, 1932 - em versão em inglês de Jeremy Lawrence)
9. Bilbao song (Bertolt Brecht e Kurt Weill, 1939 - em versão em português de Cacá Rosset)
10. Alabama song (Bertolt Brecht e Kurt Weill, 1927)
11. Balada sobre a inutilidade do esforço humano (Bertolt Brecht e Kurt Weill, anos 1920)
12. Geni e o Zepelim (Chico Buarque, 1977 / 1978)
13. Benares song (Bertolt Brecht e Kurt Weill, 1930)
14. Youkali-tango (Kurt Weil e Roger Fernay, 1934)
Bis:
15. Speak low (Kurt Weill e Ogden Nash, 1943)
3 comentários:
Em 1978, então dando seus primeiros passos em carreira que a situaria sempre no limiar entre a música e o teatro, Cida Moreira subia diariamente ao palco do Teatro Ginástico, no Rio de Janeiro (RJ), como integrante do elenco do espetáculo A ópera do malandro, cujo texto tinha sido escrito por Chico Buarque em 1977 com inspiração na Ópera dos mendigos (John Gay, 1728) e na Ópera dos três vinténs (Bertolt Brecht e Kurt Weill, 1928). Sob a direção de Luís Antônio Martinez Corrêa (1950 - 1987), a então iniciante cantora e atriz fazia parte do coro, cantando músicas como Geni e o Zepelim, composta por Chico em 1977 para o musical. Decorridos 35 anos, a cantora paulista - presença bissexta em palcos cariocas - voltou ao palco do Teatro Ginástico (hoje Sesc-Ginástico) para apresentar na tarde desta quinta-feira, 12 de setembro de 2013, o show Aos que estão por vir - Cida Moreira canta Bertolt Brecht e Kurt Weill. Com a autoridade de quem tem intimidade tanto com a obra de Brecht e Weill quanto com o cancioneiro de Chico ("O Brecht brasileiro", como a intérprete o caracterizou em cena), Cida Moreira - em foto de Rodrigo Amaral - incluiu Geni e o Zepelim no roteiro do show em que Cida se acompanhou solitária ao piano no palco que, em 1978, considerou imenso e que hoje lhe pareceu ter tamanho normal. "A minha visão mudou", ressaltou Cida para o público que foi vê-la cantar Brecht e Weill em apresentação única.
vou chover no molhado aqui... passei só para dizer que Cida é uma Deusa, sempre mostrando shows riquíssimos, mesmo estando sozinha ao piano. meu máximo respeito, carinho e admiração.
Ela é sensacional! Para mim, uma das 10 melhores cantoras do Brasil - pela voz, força interpretativa e repertório impecável. Já assisti a um show duplo seu, anos atrás, no Teatro Rival (Rio) e adorei! Um dos discos que eu tenho dela é o CIDA MOREYRA CANTA BRECHT, que foi base para esse último espetáculo. Lembro-me que, a princípio, o considerei um pouco difícil, mas depois passei a ouvi-lo todos os dias, durante semanas e semanas... é maravilhoso! A meu ver, um dos melhores já gravados por uma cantora brasileira. Torço para que seja relançado em CD!
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