Título: Right thoughts, right words, right action
Artista: Franz Ferdinand
Gravadora: Domino / Sony Music
Cotação: * * *
"Don't play pop music / You know i hate pop music", pede o vocalista Alex Kapranos, com certa dose de sarcasmo, nos versos iniciais de Goodbye lovers & friends, décima e última música do quarto álbum de estúdio do Franz Ferdinand, Right thoughts, right words, right action. O sarcasmo vem do fato de o disco - recém-lançado no Brasil via Sony Music - ser descaradamente pop. Se o antecessor Tonight: Franz Ferdinand (2009) direcionou o som do grupo escocês para as pistas, por conta do radical tom dance do álbum produzido por Dan Carey, Right thoughts, right words, right action representa uma volta do quarteto às origens. O CD dialoga com o primeiro álbum da banda, Franz Ferdinand (2004), por estar centrado em pop rock dançante, expansivo, sem sujeiras. Ouvidas em sequência, as dez inéditas da safra autoral deixam claro que o grupo ancorou em porto seguro, acenando para paradas e arenas com músicas como Right action, Evil eye e Love illumination. É rock de cepa bem pop, escorado mais em teclados do que em guitarras. Salutares influências dos Beatles são detectadas em Fresh strawberries e em The universe expanded sem alterar a dinâmica do disco. O fato de uma banda fazer pulsar sua veia pop em nada depõe contra ela, mas o que incomoda em Right thoughts, right words, right action - um bom disco, que fique claro - é a sensação de que o Franz Ferdinand já parece acomodado em sua receita pop, como se faltasse ambição artística ao grupo (criado em 2002) na sua segunda década de vida.
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"Don't play pop music / You know i hate pop music", pede o vocalista Alex Kapranos, com certa dose de sarcasmo, nos versos iniciais de Goodbye lovers & friends, décima e última música do quarto álbum de estúdio do Franz Ferdinand, Right thoughts, right words, right action. O sarcasmo vem do fato de o disco - recém-lançado no Brasil via Sony Music - ser descaradamente pop. Se o antecessor Tonight: Franz Ferdinand (2009) direcionou o som do grupo escocês para as pistas, por conta do radical tom dance do álbum produzido por Dan Carey, Right thoughts, right words, right action representa uma volta do quarteto às origens. O CD dialoga com o primeiro álbum da banda, Franz Ferdinand (2004), por estar centrado em pop rock dançante, expansivo, sem sujeiras. Ouvidas em sequência, as dez inéditas da safra autoral deixam claro que o grupo ancorou em porto seguro, acenando para paradas e arenas com músicas como Right action, Evil eye e Love illumination. É rock de cepa bem pop, escorado mais em teclados do que em guitarras. Salutares influências dos Beatles são detectadas em Fresh strawberries e em The universe expanded sem alterar a dinâmica do disco. O fato de uma banda fazer pulsar sua veia pop em nada depõe contra ela, mas o que incomoda em Right thoughts, right words, right action - um bom disco, que fique claro - é a sensação de que o Franz Ferdinand já parece acomodado em sua receita pop, como se faltasse ambição artística ao grupo (criado em 2002) na sua segunda década de vida.
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