Mauro Ferreira no G1

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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

De volta à cena, Beth pesca pérolas raras em 'noite de celebração' no Rio

Samba de Pintado e Neném que protesta contra o luxo imposto aos desfiles das escolas de samba no já industrializado Carnaval do Rio de Janeiro (RJ), Visual ganhou novamente a voz de Beth Carvalho 35 anos após ter sido lançado pela cantora carioca em um de seus álbuns mais emblemáticos, De pé no chão (1978). Visual foi um dos sambas antigos revividos por Beth no show que marcou sua volta aos palcos após oito meses de internação para tratamento de complicações decorrentes de cirurgia na coluna. Ao público que lotou a casa Vivo Rio na noite de 7 de setembro de 2013, a sambista - em foto de Rodrigo Amaral - mostrou outras pérolas pescadas em sua discografia. Voltaram à voz de Beth - no roteiro do que a artista caracterizou como "noite de celebração" - sambas até então raros em seus shows. Casos de Coração feliz (Gerson do Vale, Marquinho PQD e Adilson Bispo, 1984) - samba que batizou o álbum lançado pela cantora em 1984 - de Sentimento do povo (Otacílio da Mangueira e Délcio Carvalho, 1980), samba que inspirou o título do nono álbum de Beth, Sentimento brasileiro (1980), e cujos versos "Quando eu canto / A alegria me vem" adquiriram sentido especial para a samba na noite festiva de alegria interrompida somente pela tristeza dos versos do inédito samba Parada errada, composto por Serginho Meriti sob a ótica de mãe que luta para tirar o filho do inferno do crack. Eis o roteiro seguido por Beth Carvalho na versão remodelada do show Nosso samba tá na rua, apresentada no Rio de Janeiro (RJ) em 7 de setembro de 2013:

1. Minha festa (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, 1973)
2. Sentimento do povo (Otacílio da Mangueira e Délcio Carvalho, 1980)
3. Coisa de pele (Jorge Aragão e Acyr Marques, 1986)
4. Nosso samba tá na rua (Roberto Lopes, Alamir, Canário e Nilo Penetra, 2011)
5. Arrasta a Sandália (Dayse do Banjo e Luana Carvalho, 2011)
6. Fogo de saudade (Sombrinha e Adilson Victor, 1986)

7. O mundo é um moinho (Cartola, 1976)
8. As rosas não falam (Cartola, 1976)
9. Se vira (Arlindo Cruz e Marquinho PQD, 2011)
10. Tô feliz demais (Edinho do Samba, 2011)
11. Minha história (Lucio Dalla e Paola Pallotino em versão de Chico Buarque, 1970)
12. Coração feliz (Gerson do Vale, Marquinho PQD e Adilson Bispo, 1984)

13. Lucidez (Cleber Augusto e Jorge Aragão, 1991)
14. Visual (Pintado e Neném, 1978)
15. Agoniza, mas não morre (Nelson Sargento, 1978)
16. Cantiga por Luciana (Edmundo Souto e Paulinho Tapajós, 1969) - Evinha (vídeo)
17. Devotos do samba (Serginho Meriti e Rodrigo Leite, 2013) - Lu Carvalho
18. Alma Boemia (Toninho Geraes, 2010) - Lu Carvalho
19. A Mangueira não morreu (Jorge Zagaia, 1969) - trecho
20. Exaltação à Mangueira (Aloísio Augusto da Costa e Enéas Brites da Silva, 1956)
21. Ainda é tempo de ser feliz (Arlindo Cruz, Sombra e Sombrinha, 1998)
22. Colabora (Serginho Meriti, 2011)
23. Parada errada (Serginho Meriti, Rogê e Rodrigo Leite) - inédita
24. Camarão que dorme a onda leva (Arlindo Cruz, Beto Sem Braço e Zeca Pagodinho, 1983) /
25. São José de Madureira (Beto Sem Braço e Zeca Pagodinho, 1984) /
26. Dor de amor (Arlindo Cruz, Acyr Marques e Zeca Pagodinho, 1986) /
27. Deixa a vida me levar (Eri do Cais e Serginho Meriti, 2002)
28. Água de chuva no mar (Carlos Caetano, Wanderley Monteiro e Gerson Gomes, 2000)
29. Chega (Rafael dos Santos e Leandro Fregonesi, 2011)
30. Toque de malícia (Jorge Aragão, 1984)
31. Firme e forte (Efson e Nei Lopes, 1983)
32. Samba de arerê (Xande de Pilares, Arlindo Cruz e Mauro Jr., 1999)
Bis:
33. O show tem que continuar (Arlindo Cruz, Sombrinha e Luiz Carlos da Vila, 1988)
34. Coisinha do pai (Jorge Aragão, Almir Guineto e Luiz Carlos, 1979)
35. Vou festejar (Jorge Aragão, Dida e Neoci, 1978) - com Dudu Nobre, Mariene de Castro e Rildo Hora

6 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Samba de Pintado e Neném que protesta contra o luxo imposto aos desfiles das escolas de samba no já industrializado Carnaval do Rio de Janeiro (RJ), Visual ganhou novamente a voz de Beth Carvalho 35 anos após ter sido lançado pela cantora carioca em um de seus álbuns mais emblemáticos, De pé no chão (1978). Visual foi um dos sambas antigos revividos por Beth no show que marcou sua volta aos palcos após oito meses de internação para tratamento de complicações decorrentes de cirurgia na coluna. Ao público que lotou a casa Vivo Rio na noite de 7 de setembro de 2013, a sambista - em foto de Rodrigo Amaral - mostrou outras pérolas pescadas em sua discografia. Voltaram à voz de Beth - no roteiro do que a artista caracterizou como "noite de celebração" - sambas até então raros em seus shows. Casos de Coração feliz (Gerson do Vale, Marquinho PQD e Adilson Bispo, 1984) - samba que batizou o álbum lançado pela cantora em 1984 - de Sentimento do povo (Otacílio da Mangueira e Délcio Carvalho, 1980), samba que inspirou o título do nono álbum de Beth, Sentimento brasileiro (1980), e cujos versos "Quando eu canto / A alegria me vem" adquiriram sentido especial para a samba na noite festiva de alegria interrompida somente pela tristeza dos versos do inédito samba Parada errada, composto por Serginho Meriti sob a ótica de mãe que luta para tirar o filho do inferno do crack. Eis o roteiro seguido por Beth Carvalho na versão remodelada do show Nosso samba tá na rua, apresentada no Rio de Janeiro (RJ) em 7 de setembro de 2013:

1. Minha festa (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, 1973)
2. Sentimento do povo (Otacílio da Mangueira e Délcio Carvalho, 1980)
3. Coisa de pele (Jorge Aragão e Acyr Marques, 1986)
4. Nosso samba tá na rua (Roberto Lopes, Alamir, Canário e Nilo Penetra, 2011)
5. Arrasta a Sandália (Dayse do Banjo e Luana Carvalho, 2011)
6. Fogo de saudade (Sombrinha e Adilson Victor, 1986)
7. O mundo é um moinho (Cartola, 1976)
8. As rosas não falam (Cartola, 1976)
9. Se vira (Arlindo Cruz e Marquinho PQD, 2011)
10. Tô feliz demais (Edinho do Samba, 2011)
11. Minha história (Lucio Dalla e Paola Pallotino em versão de Chico Buarque, 1970)
12. Coração feliz (Gerson do Vale, Marquinho PQD e Adilson Bispo, 1984)
13. Lucidez (Cleber Augusto e Jorge Aragão, 1991)
14. Visual (Pintado e Neném, 1978)
15. Agoniza, mas não morre (Nelson Sargento, 1978)
16. Cantiga por Luciana (Edmundo Souto e Paulinho Tapajós, 1969) - Evinha (vídeo)
17. Devotos do samba (Serginho Meriti e Rodrigo Leite, 2013) - Lu Carvalho
18. Alma Boemia (Toninho Geraes) - Lu Carvalho
19. Samba em homenagem a Mangueira - trecho
20. Exaltação à Mangueira (Aloisio Augusto da Costa e Enéas Brites da Silva, 1956)
21. Ainda é tempo de ser feliz (Arlindo Cruz, Sombra e Sombrinha, 2000)
22. Colabora (Serginho Meriti, 2011)
23. Parada errada (Serginho Meriti, 2013)
24. Camarão que dorme a onda leva (Arlindo Cruz, Beto Sem Braço e Zeca Pagodinho, 1983) /
25. São José de Madureira (Beto Sem Braço e Zeca Pagodinho, 1984) /
26. Dor de amor (Arlindo Cruz, Acyr Marques e Zeca Pagodinho, 1986) /
27. Deixa a vida me levar (Eri do Cais e Serginho Meriti, 2002)
28. Água de chuva no mar (Carlos Caetano, Wanderley Monteiro e Gerson Gomes, 2000)
29. Chega (Rafael dos Santos e Leandro Fregonesi, 2011)
30. Toque de malícia (Jorge Aragão, 1984)
31. Firme e forte (Efson e Nei Lopes, 1983)
32. Samba de arerê (Xande de Pilares, Arlindo Cruz e Mauro Jr., 1999)
Bis:
33. O show tem que continuar (Arlindo Cruz, Sombrinha e Luiz Carlos da Vila, 1988)
34. Coisinha do pai (Jorge Aragão, Almir Guineto e Luiz Carlos, 1979)
35. Vou festejar (Jorge Aragão, Dida e Neoci, 1978) - com Dudu Nobre, Mariene de Castro e Rildo Hora

Insensato Mundo disse...

Fico feliz pelo retorno da Beth aos palcos, pela casa cheia, pelo belíssimo repertório. Eis uma artista de trajetória coerente por quem tenho grande admiração!

Marcelo Barbosa disse...

A Beth tem verdadeiras pérolas no seu repertório. Grandes músicas, muitos lados B's excelentes tanto na fase da Tapecar quanto na fase da RCA/BMG. Gostei MUITO de saber que revisitou Visual, samba lindo e visionário que soube enxergar e criticar os rumos dos desfiles das escolas de samba. Outras surpresas gratas foram: Sentimento do Povo e Toque de Malícia.
Lamento apenas pela não inclusão de Em cada canto uma esperança que na minha opinião é um dos registros mais bonitos já feitos pela mesma nos últimos anos. E já que revisitou seus lados B's, outra grande música lançada por ela e da lavra de Dona Ivone que poderia ser revista é a belíssima Amor Sem Esperança gravada no Lp de Pandeiro e Viola, de 1975.
Salve a Rainha com o seu samba MAIÚSCULO de volta! Saúde sempre!

Marcelo Barbosa disse...

Aliás, uma sugestão: ela deveria fazer sempre isso, revisitar as grandes músicas esquecidas do seu maravilhoso repertório e regravá-las nos novos formatos (dvd e blu-ray).

RURIK VARDA disse...

Que seja bem-vinda outra vez à cena, Beth! Histórias de superação são sempre inspiradoras.

Unknown disse...

O roteiro desse show está maravilhoso! Visual, Toque de Malícia, Coisa de Pele, Sentimento do Povo, Coração Feliz... grandes sambas da carreira de Beth!