Waldir Silva, chorão que tocava o cavaquinho de ouro, sai de cena aos 82

Um dos maiores tocadores de cavaquinho do Brasil, o músico mineiro Waldir Silva (28 de maio de 1931 - 1º de setembro de 2013) saiu de cena em Belo Horizonte (MG), aos 82 anos, na manhã deste domingo, 1º de setembro, vítima de doença degenerativa. Um dos mestres do choro, Waldir - nascido na interiorana cidade mineira de Bom Despacho - era acompanhado em suas apresentações (a maioria de tom seresteiro) pelo Conjunto Musical. O maior sucesso do cavaquinista - conhecido como O cavaquinho de ouro pela sua maestria no manuseio do instrumento que começou a tocar ainda em criança, aos sete anos - foi a composição de sua autoria Telegrama musical. Lançado na segunda metade dos anos 50, o tema instrumental - que dava a impressão de emitir uma mensagem em código morse - aludia ao outro ofício do artista, o de telegrafista. Com discografia que totaliza 38 álbuns (29 lançados originalmente no formato de LP e nove já em CD), Silva gravou discos com certa regularidade dos anos 60 aos 90. Sua carreira durou exatos 70 anos, contados a partir de sua primeira apresentação, na cidade mineira de Pitangui, em 1943, quando tinha somente 12 anos. Nos últimos meses, Waldir esteve envolvido em projeto que visava pôr letras em 15 de seus choros. Um deles - Veludo, tributo ao acordeonista mineiro Veludo - já tinha sido gravado com os versos escritos por André Figueiredo e Raphael Vidigal sobre a melodia de Waldir Silva, ilustre chorão mineiro.