Resenha de CD
Título: Love in the future
Artista: John Legend
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * * *
Ao se juntar ao grupo The Roots para desencavar a raiz social da soul music e do funk no álbum Wake up! (2010), John Legend desfez a má impressão deixada por seu terceiro álbum solo, Evolver (2008), marcado por conexões excessivas com o universo do hip hop dos Estados Unidos que situaram a música do artista no limite do banal. Quarto álbum solo do cantor e compositor norte-americano, lançado em 30 de agosto de 2013 e recém-editado no Brasil pela Sony Music, Love in the future preserva a conexão como hip hop - e nem poderia ser diferente, já que o rap desempenha atualmente na música dos EUA a função social que foi da soul music nos anos 60 e 70 - ao mesmo tempo em que mantém Legend conectado ao passado do soul e do r & b. Passado e presente se harmonizam numa das mais belas e poderosas músicas do disco, Who do we think we are, faixa de tom vintage que embute discurso do rapper Rick Ross. Balada conduzida ao piano, All of me expõe a beleza da voz de Legend e também se destaca em disco recheado de boas canções, como Made to love. Por mais que não reedite a maestria da obra-prima da discografia do artista, Get lifted (2004), Love in the future flagra Legend em momento de inspiração. O time de produtores - Hit-Boy, Bink, 88 Keys, The Runners, Doc McKinney, Q-Tip, Ali Shaheed Muhammad, Kanye West e Dave Tozer - impede que o disco seja mergulho no túnel do tempo, embora uma aura retrô envolva a maior parte do repertório que prioriza temas inéditos, como Save the night, mas abre espaço para covers dos cancioneiros do cantor norte-americano de soul Bobby Caldwell (Open your eyes) e da cantora norte-americana Anita Baker (Angel, interlúdio gravado por Legend em dueto com Stacy Barthe). De todo modo, o disco se desvia do tom politizado de Wake up! para celebrar o amor. De tom positivista, feliz, Love in the future reflete o momento de harmonia familiar vivido por John Legend (ora casado e com filhos). Em Love in the future, o artista vê belo futuro ao mirar o passado da soul music sem deixar de sintonizar o (seu) tempo presente.
Ao se juntar ao grupo The Roots para desencavar a raiz social da soul music e do funk no álbum Wake up! (2010), John Legend desfez a má impressão deixada por seu terceiro álbum solo, Evolver (2008), marcado por conexões excessivas com o universo do hip hop dos Estados Unidos que situaram a música do artista no limite do banal. Quarto álbum solo do cantor e compositor norte-americano, lançado em 30 de agosto de 2013 e recém-editado no Brasil pela Sony Music, Love in the future preserva a conexão como hip hop - e nem poderia ser diferente, já que o rap desempenha atualmente na música dos EUA a função social que foi da soul music nos anos 60 e 70 - ao mesmo tempo em que mantém Legend conectado ao passado do soul e do r & b. Passado e presente se harmonizam numa das mais belas e poderosas músicas do disco, Who do we think we are, faixa de tom vintage que embute discurso do rapper Rick Ross. Balada conduzida ao piano, All of me expõe a beleza da voz de Legend e também se destaca em disco recheado de boas canções, como Made to love. Por mais que não reedite a maestria da obra-prima da discografia do artista, Get lifted (2004), Love in the future flagra Legend em momento de inspiração. O time de produtores - Hit-Boy, Bink, 88 Keys, The Runners, Doc McKinney, Q-Tip, Ali Shaheed Muhammad, Kanye West e Dave Tozer - impede que o disco seja mergulho no túnel do tempo, embora uma aura retrô envolva a maior parte do repertório que prioriza temas inéditos, como Save the night, mas abre espaço para covers dos cancioneiros do cantor norte-americano de soul Bobby Caldwell (Open your eyes) e da cantora norte-americana Anita Baker (Angel, interlúdio gravado por Legend em dueto com Stacy Barthe). De todo modo, o disco se desvia do tom politizado de Wake up! para celebrar o amor. De tom positivista, feliz, Love in the future reflete o momento de harmonia familiar vivido por John Legend (ora casado e com filhos). Em Love in the future, o artista vê belo futuro ao mirar o passado da soul music sem deixar de sintonizar o (seu) tempo presente.
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