Mauro Ferreira no G1

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sábado, 12 de outubro de 2013

'Love to love you Donna' apresenta 12 remixes de sucessos de Summer

Nas lojas dos Estados Unidos a partir de 22 de outubro de 2013, em edição da Verve, e já com lançamento agendado no Brasil para novembro, o CD Love to love you Donna apresenta 12 remixes inéditos de gravações de Donna Summer (31 de dezembro de 1948 - 17 de maio de 2012). O título Love to love you Donna cita o sucesso Love to love you baby (1975), reciclado por Giorgio Moroder em remix de Chris Cox (Moroder foi o produtor e compositor que - ao lado do menos lembrado parceiro Pete Bellotte - formatou as principais músicas da cantora norte-americana). I feel love (1977) é rebobinado duplamente na coletânea em remixes de Afrojack e Benga. Já Last dance (1978) foi reembalado para as pistas atuais por Masters at Work enquanto Bad girls (1979) volta no Gigamesh Remix. La dolce vita une Donna e Moroder.

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Nas lojas dos Estados Unidos a partir de 22 de novembro de 2013, em edição da Verve, e já com lançamento agendado no Brasil para novembro, o CD Love to love you Donna apresenta 12 remixes inéditos de gravações de Donna Summer (31 de dezembro de 1948 - 17 de maio de 2012). O título Love to love you Donna cita o sucesso Love to love you baby (1975), reciclado por Giorgio Moroder em remix de Chris Cox (Moroder foi o produtor e compositor que - ao lado do menos lembrado parceiro Pete Bellotte - formatou as principais músicas da cantora norte-americana). I feel love (1977) é rebobinado duplamente na coletânea em remixes de Afrojack e Benga. Já Last dance (1978) foi reembalado para as pistas atuais por Masters at Work enquanto Bad girls (1979) volta no Gigamesh Remix. La dolce vita une Donna e Moroder.

Sandro CS disse...

Há algo mais coerente e lógico para homenagear a memória da Donna Summer do que um CD repleto de remixes atuais dos grandes clássicos discotèque da verdadeira Rainha da Dance Music? Sim e não. Donna de uma potência vocal assombrosa e de colocação baseada no canto lírico, Donna Summer passou grande parte de seus quase 40 anos de carreira tentando desconstruir a imagem de Deusa sexual milimetricamente elaborada nos anos 70 por seus produtores e gravadora (Casablanca Records), mas que, no final das contas, lhe valeu a eternidade no panteão dos grandes artistas internacionais e uma fortuna em vendas de discos e direitos autorais. A canção que inspira o título do disco, Love to Love You Baby, foi excluída do repertório da Donna por quase 25 anos, mais por conta de um certo proselitismo religioso encampado pela artista desde que se re-converteu ao protestantismo, em 1980, do que necessariamente por questões estéticas e artística. Mas a verdade é que a Donna Summer sempre perseguiu o reconhecimento como cantora mais séria e eclética. Ao morrer em 2012, Donna Summer deixou vários projetos semi-concluídos, como a trilha sonora de um musical autobiográfico (Ordinary Girl) e um outro tanto de canções inéditas já gravadas suficientes para preencher pelo menos 2 novos discos de carreira. No entanto, o CD de remixes sinaliza que a indústria está mais interessada em perenizar a imagem da Rainha das Discotecas, a começar pela imagem da capa que, apesar de belíssima, é de 1979. Os remixes inseridos no projeto, infelizmente, não empolgam, à exceção dos feitos por Gigamesh para Bad Girls e Chromeo & Oliver para Love is in Control, que souberam fazer uma releitura eficiente desses clássicos, sem perder de vista o verdadeiro foco do disco, que é a voz soberana da Diva. Os demais remixes abusam dos efeitos eletrônicos e dubs, destacando mais os malabarismos musicais dos seus correspondentes DJs do que a música em si. Há no disco ainda uma bizarrice: no remix de "Working The Midnight Shift", o vocal utilizado não é sequer da Donna Summer!! Enfim, a verdadeira cereja desse bolo é a faixa-bônus "La Dolce Vita", atribuída como a última gravação feita em estúdio por Donna Summer para aquele que seria seu novo disco de inéditas. De todo modo, desejo sinceramente que esse lançamento seja um sucesso e, assim, possa despertar o interesse das gravadoras que detêm os direitos sobre a obra da cantora (Universal, Sony, por exemplo) de colocar no mercado as grandes raridades gravadas por ela ao longo de toda a sua carreira, além da própria discografia oficial com as devidas remasterizações.