Mauro Ferreira no G1

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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

'Alive' flagra Jessie J sem identidade e às voltas com já trivial receita pop

Resenha de CD
Título: Alive
Artista: Jessie J
Gravadora: Lava Records / Republic Records / Universal Music
Cotação: * * *

Embora estivesse na estrada desde 2005, Jessie J lançou seu primeiro single, Do it like a dude, em novembro de 2010. Era o anúncio de que o primeiro álbum da cantora e compositora britânica, Who you are (2011), finalmente ia sair. Havia uma expectativa - alimentada pela passional imprensa musical da Inglaterra - em torno de Jessie. Contudo, Who you are (2011) mostrou uma (boa) cantora às voltas com a já trivial fórmula que dá as cartas no universo pop, sobretudo no norte-americano. Alive - segundo álbum de Jessie, lançado em setembro de 2013 no Reino Unido e recém-editado no Brasil via Universal Music - mantém inalterada a visão sobre a artista. Embora tenha músicas vocacionadas para as paradas, como It's a party (faixa de alegria artificial, eleita o segundo single do álbum na sequência de Wild, tema gravado com os rappers Big Sean e Dizzee Rascal) e a deliciosa Harder we fall, Alive não consegue firmar a identidade de Jessica Ellen Cornish. Músicas como Thunder, Sexy lady e Breathe diluem a individualidade da artista. Fica difícil reconhecer uma marca autoral no som da cantora, cuja beleza e potência da voz são facilmente perceptíveis na balada I miss her, veículo para elevação de tons. Com refrão sedutor, Square one ratifica as intenções de Alive. Como a receita é seguida à risca, não falta a música embebida em batidas de dubstep, Excuse my rude. Embora menos previsível, o dueto com a cantora norte-americana Brandy em Conquer the world pouco faz por Alive, álbum que agrega faixas mais interessantes (como Hero e Magnetic) em sua Deluxe Edition. Enfim, a boa cantora quer sobreviver na selva da indústria do disco, e isso é legítimo, mas, por Alive, fica difícil saber quem é de fato Jessie J.

3 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Embora estivesse na estrada desde 2005, Jessie J lançou seu primeiro single, Do it like a dude, em novembro de 2010. Era o anúncio de que o primeiro álbum da cantora e compositora britânica, Who you are (2011), finalmente ia sair. Havia uma expectativa - alimentada pela passional imprensa musical da Inglaterra - em torno de Jessie. Contudo, Who you are (2011) mostrou uma (boa) cantora às voltas com a já trivial fórmula que dá as cartas no universo pop, sobretudo no norte-americano. Alive - segundo álbum de Jessie, lançado em setembro de 2013 no Reino Unido e recém-editado no Brasil via Universal Music - mantém inalterada a visão sobre a artista. Embora tenha músicas vocacionadas para as paradas, como It's a party (faixa de alegria artificial, eleita o segundo single do álbum na sequência de Wild, tema gravado com os rappers Big Sean e Dizzee Rascal) e a deliciosa Harder we fall, Alive não consegue firmar a identidade de Jessica Ellen Cornish. Músicas como Thunder, Sexy lady e Breathe diluem a individualidade da artista. Fica difícil reconhecer uma marca autoral no som da cantora, cuja beleza e potência da voz são facilmente perceptíveis na balada I miss her, veículo para elevação de tons. Com refrão sedutor, Square one ratifica as intenções de Alive. Como a receita é seguida à risca, não falta a música embebida em batidas de dubstep, Excuse my rude. Embora menos previsível, o dueto com a cantora norte-americana Brandy em Conquer the world pouco faz por Alive, álbum que agrega faixas mais interessantes (como Hero e Magnetic) em sua Deluxe Edition. Enfim, a boa cantora quer sobreviver na selva da indústria do disco, e isso é legítimo, mas, por Alive, fica difícil saber quem é de fato Jessie J.

Miyuki disse...

Na realidade, em algumas entrevistas ela comprovou que acha chato um álbum ter apenas um tipo de música. Seria monótono você escutar um CD apenas de músicas tristes ou alegres seria repetitivo demais. E uma característica que de fato marca sua personalidade é que se observar suas músicas se encaixam em seus sentimentos. Ou seja, se a música for pop, rock , rap não importa. O que importa é que se foi feita com sentimentos, a finalidade da música fará o completo sentido. Por esse fato que Who You Are e Nobody's Perfect foram lançados no início de sua carreira. Who You Are para mostrar que ela sempre seria verdadeira consigo mesma e Nobody's Perfect para "avisar" a mídia que se ela errasse estava tudo bem porque todos erram. Você pode fazer a melhor música do mundo, mas se ela não tiver sentimentos verdadeiros, as pessoas,não as comuns, mas os amantes natos de músicas nunca irão gostar. Apenas dando minha opinião.

Miyuki disse...

Na realidade, em algumas entrevistas ela comprovou que acha chato um álbum ter apenas um tipo de música. Seria monótono você escutar um CD apenas de músicas tristes ou alegres seria repetitivo demais. E uma característica que de fato marca sua personalidade é que se observar suas músicas se encaixam em seus sentimentos. Ou seja, se a música for pop, rock , rap não importa. O que importa é que se foi feita com sentimentos, a finalidade da música fará o completo sentido. Por esse fato que Who You Are e Nobody's Perfect foram lançados no início de sua carreira. Who You Are para mostrar que ela sempre seria verdadeira consigo mesma e Nobody's Perfect para "avisar" a mídia que se ela errasse estava tudo bem porque todos erram. Você pode fazer a melhor música do mundo, mas se ela não tiver sentimentos verdadeiros, as pessoas,não as comuns, mas os amantes natos de músicas nunca irão gostar. Apenas dando minha opinião.