domingo, 10 de novembro de 2013

Com Brian, Korn ganha peso em 'The paradigm shift' sem voltar à origem

Resenha de CD
Título: The paradigm shift
Artista: Korn
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * * *

Uma das principais referências do som rotulado como nu metal,  o grupo norte-americano Korn andou flertando com o dubstep e se afastando de suas origens em álbum, The path of totality (2011), que gerou controvérsias. Nesse sentido, The paradigm shift - o 11º disco de estúdio da banda, lançado em outubro de 2013 e já editado no Brasil via Universal Music - pode até ser encarado como uma volta do Korn ao seu começo, inclusive pelo retorno ao grupo de seu guitarrista original,  Brian Head Welch, cofundador do Korn. Produzido por Don Gilmore, The Paradigm shift é o primeiro álbum do Korn com Welch desde Take a look in the mirror (2003). O que talvez explique o som pesado - com as guitarras em primeiro plano - ouvido em músicas como Prey for me, Love & Meth, What we do e Spike in my veins, quatro petardos que formam a matadora sequência inicial do álbum. Mas seria redutor caracterizar The paradigm shift como o disco que marca a volta do Korn às origens, como já sinalizou o single Never, never - escolha equivocada para dar início aos trabalhos promocionais do disco porque a xoxa Never, never não representa The paradigm shift. Afinal, no todo, o álbum é pesado, coeso e esbanja energia até numa balada agoniada como Lullaby for a sadist. Mesmo as duas faixas da Deluxe EditionTell me what you want (uma das melhores da ótima safra, aliás) e Wish I wan't born today, preservam o peso e a coesão do CD, centrado no nu metal. Contudo, músicas como Mass hysteria e Paranoid and aroused - faixas que combinam magistralmente o peso das guitarras com beats eletrônicos de pegada mais contemporânea - mostram que nada do que foi para o grupo será do que jeito que (já) foi um dia... É se equilibrando no fio entre o passado e o presente que o Korn apresenta um dos álbuns de maior peso em sua discografia.

Um comentário:

  1. Uma das principais referências do som rotulado como nu metal, o grupo norte-americano Korn andou flertando com o dubstep e se afastando de suas origens em álbum, The path of totality (2011), que gerou controvérsias. Nesse sentido, The paradigm shift - o 11º disco de estúdio da banda, lançado em outubro de 2013 e já editado no Brasil via Universal Music - pode até ser encarado como uma volta do Korn ao seu começo, inclusive pelo retorno ao grupo de seu guitarrista original, Brian Head Welch, cofundador do Korn. Produzido por Don Gilmore, The Paradigm shift é o primeiro álbum do Korn com Welch desde Take a look in the mirror (2003). O que talvez explique o som pesado - com as guitarras em primeiro plano - ouvido em músicas como Prey for me, Love & Meth, What we do e Spike in my veins, quatro petardos que formam a matadora sequência inicial do álbum. Mas seria redutor caracterizar The paradigm shift como o disco que marca a volta do Korn às origens, como já sinalizou o single Never, never - escolha equivocada para dar início aos trabalhos promocionais do disco porque a xoxa Never, never não representa The paradigm shift. Afinal, no todo, o álbum é pesado, coeso e esbanja energia até numa balada agoniada como Lullaby for a sadist. Mesmo as duas faixas da Deluxe Edition, Tell me what you want (uma das melhores da ótima safra, aliás) e Wish I wan't born today, preservam o peso e a coesão do CD, centrado no nu metal. Contudo, músicas como Mass hysteria e Paranoid and aroused - faixas que combinam magistralmente o peso das guitarras com beats eletrônicos de pegada mais contemporânea - mostram que nada do que foi para o grupo será do que jeito que (já) foi um dia... É se equilibrando no fio entre o passado e o presente que o Korn apresenta um dos álbuns de maior peso em sua discografia.

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