sábado, 16 de novembro de 2013

'Mechanical bull' harmoniza ambição pop e raiz country do Kings of Leon

Resenha de CD
Título: Mechanical bull
Artista: Kings of Leon
Gravadora: RCA Records / Sony Music
Cotação: * * * 1/2

Três anos após Come around soundown (2010), álbum de luz mais fraca que copiou a (comercialmente bem-sucedida) receita pop rock de seu antecessor Only by the night (2008), o grupo norte-americano Kings of Leon recupera a energia em seu sexto disco de inéditas. Com coesão, Mechanical bull recicla momentos áureos do quarteto formado em Nashville (Tennessee, EUA) em 1999 por três irmãos de uma família criada sob a rígida educação Pentecostal - Caleb, Jared e Nathan Followill, filhos do pastor Ivan Leon - com seu primo Matthew Followill. Recém-lançado no Brasil pela Sony Music, o CD termina com música de textura folk-country, On the chin, que evoca o som de Bob Dylan nos anos 60. Contudo, por mais que o som do grupo continue com a influência do country, fica claro em Mechanical bull que o Kings of Leon já não se deixa dominar por suas origens rurais. Supersoaker é sedutor pop rock vocacionado para os shows de arena. Por mais que rocks como Don't matter e Rock city tentem trazer alguma sujeira e certo peso para o disco produzido por Angelo Petraglia, Mechanical bull é disco de aura limpa. Entre pop rocks como Temple e uma (bela) balada que denota certa ambição do Kings of Leon de soar como o U2 (Beautiful war),  o álbum resulta coerente com a trajetória de uma banda que chegou ao mainstream com o álbum Only by the night e lá pretende permanecer. Disco valorizado pelos solos da guitarra de Matthew Followill, motes de faixas como a country Rock city, Mechanical Bull deixa clara essa pretensão da banda. A influência country resiste em faixas como Family tree e a balada Comeback story, mas a ambição pop pauta Mechanical bull. O mérito do álbum é harmonizar a origem rural do Kings of Leon com a (já assumida) pretensão do grupo de permanecer grande no universo pop. 

2 comentários:

  1. Três anos após Come around soundown (2010), álbum de luz mais fraca que copiou a (comercialmente bem-sucedida) receita pop rock de seu antecessor Only by the night (2008), o grupo norte-americano Kings of Leon recupera a energia em seu sexto disco de inéditas. Com coesão, Mechanical bull recicla momentos áureos do quarteto formado em Nashville (Tennessee, EUA) em 1999 por três irmãos de família criada sob a rígida educação Pentecostal - Caleb, Jared e Nathan Followill, filhos do pastor Ivan Leon - com seu primo Matthew Followill. Recém-lançado no Brasil pela Sony Music, o CD termina com música de textura folk-country, On the chin, que evoca o som de Bob Dylan nos anos 60. Contudo, por mais que o som do grupo continue com a influência do country, fica claro em Mechanical bull que o Kings of Leon já não se deixa dominar por suas origens rurais. Supersoaker é sedutor pop rock vocacionado para os shows de arena. Por mais que rocks como Don't matter e Rock city tentem trazer alguma sujeira e certo peso para o disco produzido por Angelo Petraglia, Mechanical bull é disco de aura limpa. Entre pop rocks como Temple e uma (bela) balada que denota certa ambição do Kings of Leon de soar como o U2 (Beautiful war), o álbum resulta coerente com a trajetória de uma banda que chegou ao mainstream com o álbum Only by the night e lá pretende permanecer. Disco valorizado pelos solos da guitarra de Matthew Followill, motes de faixas como a country Rock city, Mechanical Bull deixa clara essa pretensão da banda. A influência country resiste em faixas como Family tree e a balada Comeback story, mas a ambição pop pauta Mechanical bull. O mérito do álbum é harmonizar a origem rural do Kings of Leon com a (já assumida) pretensão do grupo de permanecer grande no universo pop.

    ResponderExcluir
  2. Muito bom o album, bem melhor que o anterior. Nao tem nenhuma canção com aquele impacto instantaneo como Use Somebody ou Sex On Fire mas é coeso, sua audiçao transcorre bem do inicio ao fim

    ResponderExcluir

Este é um espaço democrático para a emissão de opiniões, sobretudo as divergentes. Contudo, qualquer comentário feito com agressividade ou ofensas - dirigidas a mim, aos artistas ou aos leitores do blog - será recusado. Grato pela participação, Mauro Ferreira

P.S.: Para comentar, é preciso ter um gmail ou qualquer outra conta do google.

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.