Ao voltar para o bis do inédito show Somos todos Amarildo, ação artística de cunho político que marcou seu histórico reencontro com Caetano Veloso no palco do Circo Voador, no Rio de Janeiro (RJ), Marisa Monte fez questão deixar clara a conscientizadora intenção social do show realizado no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro de 2013. "A gente pode transformar esse país através da união e da mobilização das pessoas", sentenciou a cantora carioca, antes de puxar Canta canta, minha gente, samba de Martinho da Vila que deu título ao álbum lançado pelo compositor fluminense em 1974. O samba de Martinho - cantado por Caetano somente no refrão - arrematou o belo encontro dos dois cantores, unidos nesse projeto social motivado pela indignação com o destino do pedreiro negro Amarildo de Souza, torturado e morto por policiais da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, em julho deste ano de 2013. No discurso do bis, Marisa pediu inclusive ao público - que abarrotou o Circo Voador - para pôr as máscaras com o rosto de Amarildo (distribuídas na entrada do show) para fazer uma foto da plateia. Política à parte, o show Somos todos Amarildo resultou harmonioso e especial, além de histórico por possibilitar o reencontro de Marisa com Caetano. Juntos no palco do Circo Voador após seus sets individuais, os cantores uniram vozes em Cajuína (Caetano Veloso, 1979), Lua, lua, lua, lua (Caetano Veloso, 1975), Oração ao tempo (Caetano Veloso, 1979) e De noite na cama (Caetano Veloso, 1971) na companhia de banda formada por Pedro Baby (guitarra), Marcelo Costa (percussão), Pretinho da Serrinha (cavaquinho e percussão) e Sidão (baixo). Estes quatro duetos soaram azeitados, bem ensaiados. Até mesmo nos sets individuais de cada artista ficou perceptível a intenção de apresentar um roteiro realmente inédito, no qual houve boas surpresas como a homenagem de Marisa ao recentemente falecido cantor e compositor norte-americano Lou Reed (1942 - 2013), saudado com a lembrança de Pale blue eyes, música de Reed que o grupo The Velvet Underground lançou em 1969 e que a artista carioca reviveu no álbum Verde anil amarelo cor de rosa e carvão (1994) com seu colorido próprio. Eis o roteiro de tonalidade carioca seguido por Caetano Veloso e Marisa Monte - em foto de Rodrigo Amaral - no lindo e antológico show do projeto social Somos todos Amarildo:
Caetano Veloso
1. Escapulário (Caetano Veloso sobre poema de Oswald de Andrade, 1975)
2. Branquinha (Caetano Veloso, 1989)
3. Um índio (Caetano Veloso, 1976)
4. Maria Bethânia (Caetano Veloso, 1971) - com citação de Baião (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1949)
5. Odeio (Caetano Veloso, 2006)
6. Desde que o samba é samba (Caetano Veloso, 1993)
7. Um abraçaço (Caetano Veloso, 2012)
8. A luz de Tieta (Caetano Veloso, 1996)
Marisa Monte
9. Vide gal (Carlinhos Brown, 1996)
10. Gentileza (Marisa Monte, 2000)
11. Dança da solidão (Paulinho da Viola, 1972)
12. Pale blue eyes (Lou Reed, 1969)
13. Vilarejo (Marisa Monte, Pedro Baby, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes, 2006)
14. Carnavália (Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, 2002)
15. Eu sei (Na mira) (Marisa Monte, 1991)
16. A menina dança (Galvão e Moraes Moreira, 1972)
Caetano Veloso e Marisa Monte:
17. Cajuína (Caetano Veloso, 1979)
18. Lua, lua, lua, lua (Caetano Veloso, 1975)
19. Oração ao tempo (Caetano Veloso, 1979)
20. De noite na cama (Caetano Veloso, 1971)
Bis:
21. Canta canta, minha gente (Martinho da Vila, 1974)
13 comentários:
Ao voltar para o bis do inédito show Somos todos Amarildo, ação artística de cunho político que marcou seu histórico encontro com Caetano Veloso no palco do Circo Voador, no Rio de Janeiro (RJ), Marisa Monte fez questão deixar clara a conscientizadora intenção social do show realizado no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro de 2013. "A gente pode transformar esse país através da união e da mobilização das pessoas", sentenciou a cantora carioca, antes de puxar Canta canta, minha gente, samba de Martinho da Vila que deu título ao álbum lançado pelo compositor fluminense em 1974. O samba de Martinho - cantado por Caetano somente no refrão - arrematou o belo encontro dos dois cantores, unidos nesse projeto social motivado pela indignação com o destino do pedreiro negro Amarildo de Souza, torturado e morto por policiais da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, em julho deste ano de 2013. No discurso do bis, Marisa pediu inclusive ao público - que abarrotou o Circo Voador - para pôr as máscaras com o rosto de Amarildo (distribuídas na entrada do show) para fazer uma foto da plateia. Política à parte, o show Somos todos Amarildo resultou harmonioso e especial, além de histórico pelo ineditismo do encontro de Marisa com Caetano. Juntos no palco do Circo Voador após seus sets individuais, os cantores uniram vozes em Cajuína (Caetano Veloso, 1979), Lua, lua, lua, lua (Caetano Veloso, 1975), Oração ao tempo (Caetano Veloso, 1979) e De noite na cama (Caetano Veloso, 1971) na companhia de banda formada por Pedro Baby (guitarra), Marcelo Costa (percussão), Pretinho da Serrinha (cavaquinho e percussão) e Sidão (baixo). Estes quatro duetos soaram azeitados, bem ensaiados. Até mesmo nos sets individuais de cada artista ficou perceptível a intenção de apresentar um roteiro realmente inédito, no qual houve boas surpresas como a homenagem de Marisa ao recentemente falecido cantor e compositor norte-americano Lou Reed (1942 - 2013), saudado com a lembrança de Pale blue eyes, música de Reed que o grupo The Velvet Underground lançou em 1969 e que a artista carioca reviveu no álbum Verde anil amarelo cor de rosa e carvão (1994) com seu colorido próprio. Eis o roteiro de tonalidade carioca seguido por Caetano Veloso e Marisa Monte - em foto de Rodrigo Amaral - no lindo e antológico show do projeto social Somos todos Amarildo:
Caetano Veloso
1. Escapulário (Caetano Veloso sobre poema de Oswald de Andrade, 1975)
2. Branquinha (Caetano Veloso, 1989)
3. Um índio (Caetano Veloso, 1976)
4. Maria Bethânia (Caetano Veloso, 1971) - com citação de Baião (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1949)
5. Odeio (Caetano Veloso, 2006)
6. Desde que o samba é samba (Caetano Veloso, 1992)
7. Um abraçaço (Caetano Veloso, 2012)
8. A luz de Tieta (Caetano Veloso, 1996)
Marisa Monte
9. Vide gal (Carlinhos Brown, 1996)
10. Gentileza (Marisa Monte, 2000)
11. Dança da solidão (Paulinho da Viola, 1972)
12. Pale blue eyes (Lou Reed, 1969)
13. Vilarejo (Marisa Monte, Pedro Baby, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes, 2006)
14. Carnavália (Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, 2002)
15. Eu sei (Na mira) (Marisa Monte, 1991)
16. A menina dança (Galvão e Moraes Moreira, 1972)
Caetano Veloso e Marisa Monte:
17. Cajuína (Caetano Veloso, 1979)
18. Lua, lua, lua, lua (Caetano Veloso, 1975)
19. Oração ao tempo (Caetano Veloso, 1979)
20. De noite na cama (Caetano Veloso, 1971)
Bis:
21. Canta canta, minha gente (Martinho da Vila, 1974)
Aviso aos navegantes: a resenha propriamente dita do show vai ser postada na tarde desta quinta-feira. Abs, MauroF
Um aperitivo do show de ontem!
http://www.youtube.com/watch?v=SDq-cIVnjVU&feature=youtu.be
Esse show daria um belíssimo DVD... um sonho para qualquer fã!!!
Esse show daria um excelente DVD... sonho de qualquer fã!
Marisa mais uma vez cantando o mesmo do mesmo... Sem nada inovar, sem nenhuma grande surpresa. Ela é esperta, prefere se acomodar no que sabe que dará certo, sem precisar se arriscar. Confesso que já gostei muito, mas tenho achado tudo um pouco parado e sem coerência no trabalho dela. Tem uma voz incrível, uma presença de palco para poucos, mas peca por esse comodismo todo, de não tentar coisas novas, canções novas... E outra, anunciar como GRANDE SURPRESA "pale blue eyes", uma música gravada por ela, cantada em shows anteriores, é um pouco demais... Marisa Monte ultimamente tem se desperdiçado, o que é uma pena, pois já gostei muito do seu trabalho.
Marisa mais uma vez cantando o mesmo do mesmo... Sem nada inovar, sem nenhuma grande surpresa. Ela é esperta, prefere se acomodar no que sabe que dará certo, sem precisar se arriscar. Confesso que já gostei muito, mas tenho achado tudo um pouco parado e sem coerência no trabalho dela. Tem uma voz incrível, uma presença de palco para poucos, mas peca por esse comodismo todo, de não tentar coisas novas, canções novas... E outra, anunciar como GRANDE SURPRESA "pale blue eyes", uma música gravada por ela, cantada em shows anteriores, é um pouco demais... Marisa Monte ultimamente tem se desperdiçado, o que é uma pena, pois já gostei muito do seu trabalho.
Mano Caetano deveria ter incluído "É Proibido Proibir" no seu ótimo set. Rsrrsrss
Luis Felipe, há anos Marisa não canta 'Pale blue eyes'. Foi, sim, uma surpresa ela ter reinserido a música em seu repertório. Ah, uma coisa: as músicas são do repertório dela, mas os arranjos foram novos. A formação da banda era inédito. O show em si foi inédito, feito sem burocracia. Grato por sua participação! abs, MauroF
Mário quando é que sai o DVD da Marisa Monte que foi gravado recentemente? Um abraço.
Boa Noite! Mário quando sai o DVD da Marisa Monte que foi gravado recentemente? Um abraço.
Só se for o Mário que te pegou atrás do armário, Unknown. :-)
PS: Como em se tratando de Marisa Monte tudo é muito controlado(não é necessariamente uma crítica) sairia em junho, mas tem a Copa.
Sendo assim, ou sai em maio ou em julho.
Antes ou depois do hexa eis a questão.
Estou enganado ou a versão de "Ilusão" que está começando a tocar na novela das 19h é a versão do show da Marisa? Neste caso, o DVD pode vir antes do que se imagina...
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