Mauro Ferreira no G1

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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Teresa é mensageira da paz do samba social de Candeia em show no Rio

Antes de cantar Camafeu, samba que o compositor Martinho da Vila lançou em LP de 1971 e que Antonio Candeia Filho (17 de agosto de 1935 - 16 de novembro de 1978) regravou em 1975 em disco voltado para o samba de roda, Teresa Cristina fez questão de dizer ao seu pai - Seu Lula, presente na plateia do Theatro Net Rio na noite de ontem, 5 de novembro de 2013 - que, sim, sempre gostou da obra de Candeia, um dos pilares do samba. É que - como a cantora carioca acabara de contara ao público que assistiu à estreia nacional do show Teresa Cristina canta Candeia no Rio de Janeiro (RJ) - a artista tomou contato com a obra de Candeia através de seu pai numa época em que, adolescente, fingia que não gostava de ouvir os sambas do compositor carioca, elegendo os hits da disco music como a trilha sonora de seus embalos noturnos da década de 70. Decorridos cerca de 35 anos, Teresa - já com 15 anos de carreira e já reconhecida como uma das vozes do samba - celebra o legado de Candeia em show que dá origem ao seu projeto fonográfico de dedicar um disco, previsto para 204, aos sambas do compositor. "Esperei 15 anos para fazer esse show", contabilizou a cantora já no fim do roteiro em que foi a mensageira da paz do samba social de Candeia, dando voz a raridades da musicografia do compositor - como o magoado samba Foi ela, registrado por Candeia em 1966 no raríssimo disco que gravou com o grupo Os Mensageiros do Samba - e a sucessos como Preciso me encontrar (1976) sob a direção musical de Paulão Sete Cordas, maestro dos oito músicos e das três vocalistas. Eis o (nada óbvio) roteiro seguido pela cantora - em foto de Rodrigo Amaral - em 5 de novembro de 2013 na estreia nacional de Teresa Cristina canta Candeia, excelente show encerrado com improvisação de O mar serenou (Candeia, 1975), sucesso de Clara Nunes (1942 - 1983), cantora que deu sua voz luminosa a vários sambas de Antonio Candeia Filho, um partideiro de alta patente na hierarquia do samba:

1. Nova escola (Candeia, 1977)
2. Luz da inspiração (Candeia, 1975)
3. Anjo moreno (Candeia, 1971)
4. De qualquer maneira (Candeia, 1971)
5. Saudade (Candeia e Arthur Poerner, 1972)
6. Foi ela (Candeia, 1966) /
7. Lenço Branco (Claudemiro José Rodrigues, o Picolino da Portela, 1966)
    - Samba gravado por Candeia no LP do grupo Os Mensageiros do Samba
8. Esta melodia (Bubu da Portela e Jamelão, 1959)
    - Samba gravado por Candeia no LP do grupo Os Mensageiros do Samba
9. Vem pra Portela (Candeia e Coringa, 1998) /
    - Samba gravado pela primeira vez em disco no tributo Candeia - Eterna chama (1998)
10. Samba na tendinha (Candeia, 1971)
11. Já clareou (Dewett Cardoso, 1975)
    - Samba gravado por Candeia no disco Candeia, samba de rosa (1975)
12. Meu trabalho (Alvaiade e Alberto Maia, 1947) /
13. O invocado (Casquinha, 1978) /
      - Samba gravado por Candeia no disco Axé! Gente amiga do samba (1978)
14. Dia a dia (Candeia e Jaime R. F. dos Santos, 1980)
15. Vai pro lado de lá (Candeia e Euclenes Rosa, 1971)
16. Lá vai viola (Candeia, 1972)
17. A paz do coração (Candeia e Casquinha, 1970)
18. Tantos recados (Candeia e Casquinha, 2001)
      - Samba gravado pela primeira vez em disco no álbum Casquinha da Portela (2001)
19. Sorriso antigo (Candeia e Aldecy, 1970)
20. Me alucina (Candeia e Wilson Moreira, 1977)
21. Zé Tambozeiro (Candeia e Vandinho, 1978)
22. Camafeu (Martinho da Vila, 1971)
      - Samba gravado por Candeia no disco Candeia, samba de roda (1975)
23. Sinhá dona da casa (Candeia e Celso Cardoso, 1974)
24. Gamação (Candeia, 1978)
25. Peixeiro grã-fino (Candeia e Bretas, 1978)
26. Ouço uma voz (Candeia e Nelson Amorim, 1978)
27. Vem amenizar (Candeia e Waldir 59, 1978)
28. Testamento de partideiro (Candeia, 1975)
Bis:
29. Preciso me encontrar (Candeia, 1976)
30. Dia de graça (Candeia, 1969)
31. O mar serenou (Candeia, 1975)

3 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Antes de cantar Camafeu, samba que o compositor Martinho da Vila lançou em LP de 1971 e que Antonio Candeia Filho (17 de agosto de 1935 - 16 de novembro de 1978) regravou em 1975 em disco voltado para o samba de roda, Teresa Cristina fez questão de dizer ao seu pai - Seu Lula, presente na plateia do Theatro Net Rio na noite de ontem, 5 de novembro de 2013 - que, sim, sempre gostou da obra de Candeia, um dos pilares do samba. É que - como a cantora carioca acabara de contara ao público que assistiu à estreia nacional do show Teresa Cristina canta Candeia no Rio de Janeiro (RJ) - a artista tomou contato com a obra de Candeia através de seu pai numa época em que, adolescente, fingia que não gostava de ouvir os sambas do compositor carioca, elegendo os hits da disco music como a trilha sonora de seus embalos noturnos da década de 70. Decorridos cerca de 35 anos, Teresa - já com 15 anos de carreira e já reconhecida como uma das vozes do samba - celebra o legado de Candeia em show que dá origem ao seu projeto fonográfico de dedicar um disco, previsto para 204, aos sambas do compositor. "Esperei 15 anos para fazer esse show", contabilizou a cantora já no fim do roteiro em que foi a mensageira da paz do samba social de Candeia, dando voz a raridades da musicografia do compositor - como o magoado samba Foi ela, registrado por Candeia em 1966 no raríssimo disco que gravou com o grupo Os Mensageiros do Samba - e a sucessos como Preciso me encontrar (1976) sob a direção musical de Paulão Sete Cordas, maestro dos oito músicos e das três vocalistas. Eis o (nada óbvio) roteiro seguido pela cantora - em foto de Rodrigo Amaral - em 5 de novembro de 2013 na estreia nacional de Teresa Cristina canta Candeia, excelente show encerrado com improvisação de O mar serenou (Candeia, 1975), sucesso de Clara Nunes (1942 - 1983), cantora que deu sua voz luminosa a vários sambas de Antonio Candeia Filho, um partideiro de alta patente na hierarquia do samba:

1. Nova escola (Candeia, 1977)
2. Luz da inspiração (Candeia, 1975)
3. Anjo moreno (Candeia, 1971)
4. De qualquer maneira (Candeia, 1971)
5. Saudade (Candeia e Arthur Poerner, 1972)
6. Foi ela (Candeia, 1966) /
7. Lenço Branco (Claudemiro José Rodrigues, o Picolino da Portela, 1966)- Samba gravado por Candeia no LP do grupo Os Mensageiros do Samba
8. Esta melodia (Bubu da Portela e Jamelão, 1959)- Samba gravado por Candeia no LP do grupo Os Mensageiros do Samba
9. Vem pra Portela (Candeia e Coringa, 1998) / - Samba gravado pela primeira vez em disco no tributo Candeia - Eterna chama (1998)
10. Já clareou (Dewett Cardoso, 1975)- Samba gravado por Candeia no disco Candeia, samba de rosa (1975)
11. Meu trabalho (Alvaiade e Alberto Maia, 1947) /
12. O invocado (Casquinha, 1978) /
- Samba gravado por Candeia no disco Axé! Gente amiga do samba (1978)
13. Dia a dia (Candeia e Jaime R. F. dos Santos, 1980)
14. Vai pro lado de lá (Candeia e Euclenes Rosa, 1971)
15. Lá vai viola (Candeia, 1972)
16. A paz do coração (Candeia e Casquinha, 1970)
17. Tantos recados (Candeia e Casquinha, 2001)- Samba gravado pela primeira vez em disco no álbum Casquinha da Portela (2001)
18. Sorriso antigo (Candeia e Aldecy, 1970)
19. Me alucina (Candeia e Wilson Moreira, 1977)
20. Zé Tambozeiro (Candeia e Vandinho, 1978)
21. Camafeu (Martinho da Vila, 1971)- Samba gravado por Candeia no disco Candeia, samba de roda (1975)
22. Sinhá dona da casa (Candeia e Celso Cardoso, 1974)
23. Gamação (Candeia, 1978)
24. Peixeiro grã-fino (Candeia e Bretas, 1978)
25. Ouço uma voz (Candeia e Nelson Amorim, 1978)
26. Vem amenizar (Candeia e Waldir 59, 1978)
27. Testamento de partideiro (Candeia, 1975)
Bis:
28. Preciso me encontrar (Candeia, 1976)
29. Dia de graça (Candeia, 1969)
30. O mar serenou (Candeia, 1975)

Dubernardo disse...

Estava ansioso para saber o setlist. Adorei. Me emociono só de imaginar ver esse show em São Paulo. Acho que vai ser uma choradeira só.

Ju Oliveira disse...

Teresa cada vez melhor! Uma das carreiras mais consistentes dos últimos 15 anos, com certeza.

Ansiosíssima para ver este show e comprar este disco.

Valeu Mauro!