Resenha de CD
Título: The mediator between head and hands must be the heart
Artista: Sepultura
Gravadora: Nuclear Blast / Substancial Music
Cotação: * * * * 1/2
Quem começar a audição da edição standard do 13º álbum de estúdio do Sepultura pela última das dez faixas oficiais - expressivo cover em português da música-título do primeiro álbum da Nação Zumbi, Da lama ao caos (Chico Science, 1994), mergulho no Mangue em que a força dos tambores interage com a fúria das guitarras metaleiras - poderia supor que o grupo mineiro de heavy metal volta aos tempos de Roots (1996), álbum definidor na era da banda com os irmãos Iggor e Max Cavalera. Sim, há um pouco de Roots em The mediator between head and hands must be the heart, disco recém-lançado no Brasil via Substancial Music (infelizmente na edição simples que suprime as duas faixas-bônus da edição especial). Até porque o piloto deste 13º CD é Ross Robinson, produtor com quem a banda trabalhou naquele clássico de sua discografia. O approach com as raízes percussivas e tribais do Brasil é reforçado também com a faixa instrumental escondida após Da lama ao caos. Trata-se de duelo de baquetas travado entre o fera baterista cubano Dave Lombardo e o baterista brasileiro Eloy Casagrande, o mais recente integrante do Sepultura (o jovem músico paulista, de 21 anos, debutou com o Sepultura em estúdio na gravação de The mediator between head and hands must be the heart). De todo modo, convém ser claro: este 13º álbum da banda não é um novo Roots, por mais que haja algo desta obra-prima em The bliss of ignorants, por exemplo. Em essência, o Sepultura faz somente seu costumeiro death / thrash metal em temas como Manipulation of tragedy e Tsunami. Contudo, o grupo parece ter reencontrado o fôlego e a energia de tempos áureos - o que faz com The mediator between head and hands must be the heart seja o álbum de maior peso do Sepultura na fase com o vocalista Derrick Green. Peso inclusive em sentido literal. Como alardeia o texto promocional do disco, The mediator between head and hands must be the heart é álbum pesado, cavernoso e brutal que evoca o clima sombrio de Metropolis (1927), o filme alemão do cineasta austríaco Fritz Lang (1890-1976) que serviu de inspiração para o disco. Destaques da corpulenta safra de inéditas, Trauma of war e The Vatican - faixa introduzida pelo baladar de sinos e por coro de aura sacra - são petardos que abrem o disco, honrando o histórico do Sepultura e mostrando logo de cara que os riffs do guitarrista Andreas Kisser continuam certeiros como no passado. Já as pausas e os tons amenos de Grief apontam para um futuro, sinalizando que o Sepultura vai bem, obrigado.
Quem começar a audição da edição standard do 13º álbum de estúdio do Sepultura pela última das dez faixas oficiais - expressivo cover em português da música-título do primeiro álbum da Nação Zumbi, Da lama ao caos (Chico Science, 1994), mergulho no Mangue em que a força dos tambores interage com a fúria das guitarras metaleiras - poderia supor que o grupo mineiro de heavy metal volta aos tempos de Roots (1996), álbum definidor na era da banda com os irmãos Iggor e Max Cavalera. Sim, há um pouco de Roots em The mediator between head and hands must be the heart, disco recém-lançado no Brasil via Substancial Music (infelizmente na edição simples que suprime as duas faixas-bônus da edição especial). Até porque o piloto deste 13º CD é Ross Robinson, produtor com quem a banda trabalhou naquele clássico de sua discografia. O approach com as raízes percussivas e tribais do Brasil é reforçado também com a faixa instrumental escondida após Da lama ao caos. Trata-se de duelo de baquetas travado entre o fera baterista cubano Dave Lombardo e o baterista brasileiro Eloy Casagrande, o mais recente integrante do Sepultura (o jovem músico paulista, de 21 anos, debutou com o Sepultura em estúdio na gravação de The mediator between head and hands must be the heart). De todo modo, convém ser claro: este 13º álbum da banda não é um novo Roots, por mais que haja algo desta obra-prima em The bliss of ignorants, por exemplo. Em essência, o Sepultura faz somente seu costumeiro death / thrash metal em temas como Manipulation of tragedy e Tsunami. Contudo, o grupo parece ter reencontrado o fôlego e a energia de tempos áureos - o que faz com The mediator between head and hands must be the heart seja o álbum de maior peso do Sepultura na fase com o vocalista Derrick Green. Peso inclusive em sentido literal. Como alardeia o texto promocional do disco, The mediator between head and hands must be the heart é álbum pesado, cavernoso e brutal que evoca o clima sombrio de Metropolis (1927), o filme alemão do cineasta austríaco Fritz Lang (1890-1976) que serviu de inspiração para o disco. Destaques da corpulenta safra de inéditas, Trauma of war e The Vatican - faixa introduzida pelo baladar de sinos e por coro de aura sacra - são petardos que abrem o disco, honrando o histórico do Sepultura e mostrando logo de cara que os riffs do guitarrista Andreas Kisser continuam certeiros como no passado. Já as pausas e os tons amenos de Grief apontam para um futuro, sinalizando que o Sepultura vai bem, obrigado.
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