Resenha de CD
Título: Bixiga 70
Artista: Bixiga 70
Gravadora: Traquitana
Cotação: * * * *
Big band paulistana formada em 2010, Bixiga 70 - assim batizada em alusão ao fato de ensaiar no estúdio Traquitana, localizado no número 70 da 13 de maio, rua lendária do Bixiga, o boêmio bairro italianado da cidade de São Paulo (SP) - despontou no mercado fonográfico brasileiro em 2011 com disco, Bixiga 70, bastante voltado para o afrobeat. Marcante no som instrumental do grupo, a influência do afrobeat é diluída no segundo álbum da big band, também intitulado Bixiga 70 e lançado em setembro de 2013. Neste disco, a banda cai no suingue com batidas jazzísticas, caribenhas - notadamente em Kalimba (Cris Scabello e Bixiga 70), delicioso tema em que são detectadas levadas do carimbó oriundo do Norte do Brasil - e funkeadas. Mas o elo com a Mãe África continua presente e está explícito já na faixa que abre o álbum Bixiga 70, Deixa a gira girá (domínio público), releitura do arranjo do ponto de umbanda registrado há 40 anos pelo grupo baiano Os Tincoãs em homônimo álbum de 1973. Com arte de MZK na capa que também remete a signos afros, o disco - produzido e arranjado pelos próprios músicos do Bixiga 70 - resulta azeitado da primeira à última de suas nove faixas, Isa (Marcelo Dworeck e Bixiga 70), de serenidade destoante da efervescência do álbum. Há uniformidade no repertório, formatado com o som quente do Bixiga 70. Metais em brasa e tambores calorosos se cruzam na linha do suingue nativo, exposto na exuberante Kriptonita (Décio 7 e Bixiga 70). Mais coeso do que seu antecessor, o CD Bixiga 70 soa também menos jazzístico, ainda que Tangará (Maurício Fleury, Cuca Ferreira e Bixiga 70) e Retirantes (Cris Scabello e Bixiga 70) adicionem doses mais fortes de jazz na mistura também temperada com o toque da guitarra de Cris Scabello - notada, por exemplo, em 5 esquinas (Décio 7 e Bixiga 70). Acima de rótulos ou definições, paira quase sempre a vibração do som do Bixiga 70, ora aprimorado em um ótimo segundo disco que expande a música enérgica do coletivo paulistano.
Big band paulistana formada em 2010, Bixiga 70 - assim batizada em alusão ao fato de ensaiar no estúdio Traquitana, localizado no número 70 da 13 de maio, rua lendária do Bixiga, o boêmio bairro italianado da cidade de São Paulo (SP) - despontou no mercado fonográfico brasileiro em 2011 com disco, Bixiga 70, bastante voltado para o afrobeat. Marcante no som instrumental do grupo, a influência do afrobeat é diluída no segundo álbum da big band, também intitulado Bixiga 70 e lançado em setembro de 2013. Neste disco, a banda cai no suingue com batidas jazzísticas, caribenhas - notadamente em Kalimba (Cris Scabello e Bixiga 70), delicioso tema em que são detectadas levadas do carimbó oriundo do Norte do Brasil - e funkeadas. Mas o elo com a Mãe África continua presente e está explícito já na faixa que abre o álbum Bixiga 70, Deixa a gira girá (domínio público), releitura do arranjo do ponto de umbanda registrado há 40 anos pelo grupo baiano Os Tincoãs em homônimo álbum de 1973. Com arte de MZK na capa que também remete a signos afros, o disco - produzido e arranjado pelos próprios músicos do Bixiga 70 - resulta azeitado da primeira à última de suas nove faixas, Isa (Marcelo Dworeck e Bixiga 70), de serenidade destoante da efervescência do álbum. Há uniformidade no repertório, formatado com o som quente do Bixiga 70. Metais em brasa e tambores calorosos se cruzam na linha do suingue nativo, exposto na exuberante Kriptonita (Décio 7 e Bixiga 70). Mais coeso do que seu antecessor, o CD Bixiga 70 soa também menos jazzístico, ainda que Tangará (Maurício Fleury, Cuca Ferreira e Bixiga 70) e Retirantes (Cris Scabello e Bixiga 70) adicionem doses mais fortes de jazz na mistura também temperada com o toque da guitarra de Cris Scabello - notada, por exemplo, em 5 esquinas (Décio 7 e Bixiga 70). Acima de rótulos ou definições, paira quase sempre a vibração do som do Bixiga 70, ora aprimorado em um ótimo segundo disco que expande a música enérgica do coletivo paulistano.
ResponderExcluirconheci há dias, num re-edit viciante do DJ Tahira para a clássica "Toda Menina Baiana", vou atrás deste trabalho autoral da banda.
ResponderExcluirVale a pena, Alex. Abs, MauroF
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