João Leocádio da Silva (16 de agosto de 1935 - 6 de dezembro de 2013) era pernambucano - nascido em Arcoverde - como seu parceiro e conterrâneo Luiz Gonzaga (1912 - 1989). Mas foi na cidade do Rio de Janeiro (RJ) que conheceu o Rei do Baião, em 1964, e com Gonzaga acabou fazendo músicas como Pagode russo (1984) e Sanfoninha choradeira (1984), dois sucessos do álbum Danado de bom (RCA, 1984), batizado por Gonzaga com o nome de outra parceria dos dois. Mesmo tendo sido um dos parceiros mais frequentes de Gonzaga de 1966 a 1989, ano da morte do Rei do Baião, a saída de cena de João Silva - encontrado morto hoje, aos 78 anos, em seu apartamento no Recife (PE) - deverá ser bem mais sentida na Nação Nordestina, embora Silva tenha vivido boa parte de sua vida na cidade do Rio de Janeiro (RJ), para onde migrou no início da década de 50. Antes de compor com Gonzaga, Silva - visto no post em foto enviada por Thaís Juriti para o site Forró em vinil - já tinha se tornado parceiro de outro gigante compositor nordestino, o maranhense João do Vale (1934 - 1996), com quem compôs o baião Não foi surpresa, gravado por Gonzaga em 1964. Anos depois, Silva se tornaria parceiro de Dominguinhos (1941 -2013) no Xote machucador. A primeira parceria com Gonzaga, Garota Todeschini, foi lançada na voz do Rei do Baião em LP de 1966. Mas os sucessos mais populares da parceria com Gonzaga datam da década de 80. Entre eles, há Sangue nordestino (1984), Nem se despediu de mim (1987) e Vou te matar de cheiro (1989), composição que deu título ao último álbum de Gonzagão, lançado em 1989 pela extinta gravadora Copacabana. João Silva - parceiro de Caboclinho em Pra não morrer de tristeza, música gravada por cantores como Ney Matogrosso - foi também arranjador e produtor de discos. Como cantor, teve atuação bissexta, tendo gravado somente cinco discos. Seu maior legado foi na área da composição, tendo criado sucessos já eternos para a Nação Nordestina.
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3 comentários:
João Silva (16 de agosto de 1935 - 6 de dezembro de 2013) era pernambucano - nascido na cidade de Arcoverde - como seu parceiro e conterrâneo Luiz Gonzaga (1912 - 1989). Mas foi na cidade do Rio de Janeiro (RJ) que conheceu o Rei do Baião, em 1964, e com Gonzaga acabou fazendo músicas como Pagode russo (1984) e Sanfoninha choradeira (1984), dois sucessos do álbum Danado de bom (RCA, 1984), batizado por Gonzaga com o nome de outra parceria dos dois. Mesmo tendo sido um dos parceiros mais frequentes de Gonzaga de 1966 a 1989, ano da morte do Rei do Baião, a saída de cena de João Silva - encontrado morto hoje, aos 78 anos, em seu apartamento no Recife (PE) - deverá ser bem mais sentida na Nação Nordestina, embora Silva tenha vivido boa parte de sua vida na cidade do Rio de Janeiro (RJ), para onde migrou no início da década de 50. Antes de compor com Gonzaga, Silva - visto no post em foto enviada por Thaís Juriti para o site Forró em vinil - já tinha se tornado parceiro de outro gigante compositor nordestino, o maranhense João do Vale (1934 - 1996), com quem compôs o baião Não foi surpresa, gravado por Gonzaga em 1964. Anos depois, Silva se tornaria parceiro de Dominguinhos (1941 -2013) no Xote machucador. A primeira parceria com Gonzaga, Garota Todeschini, foi lançada na voz do Rei do Baião em LP de 1966. Mas os sucessos mais populares da parceria com Gonzaga datam da década de 80. Entre eles, há Sangue nordestino (1984), Nem se despediu de mim (1987) e Vou te matar de cheiro (1989), composição que deu título ao último álbum de Gonzagão, lançado em 1989 pela extinta gravadora Copacabana. João Silva - parceiro de Caboclinho em Pra não morrer de tristeza, música gravada por cantores como Ney Matogrosso - foi também arranjador e produtor de discos. Como cantor, teve atuação bissexta, tendo gravado somente cinco discos. Seu maior legado foi na área da composição, tendo criado sucessos já eternos para a Nação Nordestina.
Emanuel Andrade disse
Mauro só uma correção. João nasceu em Arcoverde. Luiz Gonzga, em Exu, na região do Araripe em Pernambuco. Arcoverde é outro sertão, já se aproxima do agreste na rota para a capital.
Emanuel, grato pela intenção, mas o texto diz que João era pernambucano como Gonzaga. O Arcoverde está entre travessão. abs, MauroF
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