Grupo inglês formado em 1964, The Who pode retornar aos estúdios neste ano de 2014 para gravar álbum de inéditas, comemorativo dos 50 anos da banda. O vocalista Roger Daltrey e o guitarrista Pete Townshend - os dois únicos membros remanescentes do The Who - estão com músicas novas que, se depender da determinação de Daltrey, poderão ser registradas em disco.
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Disco beneficente de covers em memória de Tarka Cordell traz Lily Allen
Compositor, músico, produtor e modelo inglês, Tarka Cordell (1966 - 2008) lançou um único álbum - Wide awake in a dream, gravado sob as bençãos do rolling stone Keith Richard - antes de sair voluntariamente de cena em 28 de abril de 2008. Mas um disco póstumo - Life - Tarka and friends, programado para ser lançado no Reino Unido em 10 de fevereiro de 2014 - vai reavivar a memória de Cordell e sua obra musical. De caratér beneficente, o CD compila covers do cancioneiro do artista. Destaque do elenco do projeto, a inglesa Lily Alen se uniu ao cantor, compositor e guitarrista britânico Louis Eliot para gravar Shelter you. Eis as 11 músicas e os respectivos intérpretes reunidos no disco independente Life - Tarka and friends:
1. Life – Ruby Friedman
2. Satellites – Alice Smith & Citizen Cope
3. Shelter you – Lily Allen & Louis Eliot
4. Perfect days – Imani Coppola
5. Lovely New York – Evan Dando
6. The sun – Colonel Coyote
7. Home or out of range – Ruby Friedman
8. Gold – Lola Delon
9. Wide awake in a dream – Sun Rai
10. Girls Keith – Scoundrels & Dirty Gentlemen
11. Lullaby – Alice Temple
Eis a capa de 'Apocalypse soon', EP que Major Lazer lança em fevereiro
Esta é a capa de Apocalypse soon, o EP que Major Lazer - o projeto de electro-dancehall que o DJ norte-americano Diplo criou em 2008 e que mantém atualmente com Jillionaire e Walshy Fire - vai lançar em fevereiro de 2014. Apocalypse soon reúne cinco músicas, gravadas com convidados como Machel Montano (cantor de soca de Trinidad & Tobago), o duo jamaicano RDX, o produtor norte-americano Pharrell Williams - o nome da vez na indústria fonográfica dos Estados Unidos - e o cantor jamaicano Sean Paul. Eis as cinco músicas de Apocalypse soon:
1. Aerosol can - com Pharrell Williams
2. Come on to me - com Sean Paul
3. Sound bang - com Machel Montano
4. Lose yourself - com RDX & Moska
5. Dale asi - com Mr. Fox
Eis a capa de 'Sex + love', o décimo álbum de estúdio de Enrique Iglesias
Esta é a capa de Sex + love, décimo álbum de estúdio do cantor espanhol Enrique Iglesias. Com lançamento programado para 18 de março de 2014 pela gravadora Universal Music, o disco é bilíngue, misturando músicas em inglês e em espanhol, formatadas por um time de produtores que inclui o duo norte-americano de rap The Cataracs e Mark Taylor. Previsto de início para ter sido editado em 2013, o álbum já tem cinco singles editados de julho de 2013 a este mês de janeiro de 2014. Três - Turn the night up, Heart attack e I'm a freak (gravado com o rapper Pitbull) - são em inglês. E os outros dois - Loco e El perdedor - são em espanhol.
Pela Sony Music, Preta Gil põe seu bloco no mercado com DVD e CD ao vivo
♪ Preta Gil está pondo seu bloco na rua através da Sony Music. A gravadora lança no mercado o DVD e CD ao vivo Bloco da Preta. Em seu segundo registro de show, a cantora recebe convidados como Anitta (no samba-funk-rock Take it easy), Ivete Sangalo (no axé Amiga irmã), Lulu Santos (em Condição, funk lançado por Lulu em 1986) e Monobloco (em Chame a Preta). Idealizada pela artista desde 2011, a gravação ao vivo do show do Bloco da Preta - projeto carnavalesco criado em 2009 e posto nas ruas desde o Carnaval carioca de 2010 - foi realizada em 23 de outubro de 2013, em apresentação no Citibank Hall do Rio de Janeiro (RJ). Entre sucessos próprios como Sinais de fogo (2003) e Stereo (2009), ambos fornecidos a ela pela compositora Ana Carolina, Preta Gil recorre ao cancioneiro festivo de Jorge Ben Jor e a hits da axé music, do samba e do pop rock made in Brasil.
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Maria Rita revela nome e trecho de música de seu segundo CD de samba
Extraída do vídeo postado por YouTube com imagens da gravação do sexto CD de Maria Rita, o segundo dedicado ao samba, a imagem a cima flagra a cantora no estúdio. Pelo teaser, dá para ouvir trecho da faixa Meu samba, sim, senhor, música inédita criada por Fred Camacho, Marcelinho Moreira e Leandro Fab. O samba faz parte do repertório do CD que a gravadora Universal Music lançará em março de 2014. Eis um trecho da letra de Meu samba, sim, senhor:
Mais uma vez
Aqui estou
Não vou
negar
Eu vou representar
com todo o meu amor
Cantando por
aí
Levando a alegria
pro meu povo
Não há nada que me
faça mais feliz
É tão
encantador
Meu samba, sim
senhor (...)
Paula Toller divulga dueto com Hélio Flanders em seu quarto disco solo
Postada por Paula Toller no Facebook, foto de Marcos Hermes flagra a cantora e compositora carioca com Hélio Flanders - vocalista da banda mato-grossense Vanguart - no estúdio Nas Nuvens, no Rio de Janeiro (RJ). Ainda em fase de gravação de seu quarto disco solo, tendo posto vozes neste mês de janeiro de 2014, Toller gravou dueto com Flanders na música Será que eu vou me arrepender? - uma das inéditas de repertório essencialmente autoral que inclui parcerias de Paula com o produtor Liminha (como Calma aí) e com o compositor Beni Borja. Liminha produz o terceiro trabalho solo gravado em estúdio pela vocalista do trio carioca Kid Abelha para seleta discografia individual que já rendeu os álbuns Paula Toller (1998) e SóNós (2007). Será que vou me arrepender? é parceria de Liminha com Paula e com Arnaldo Antunes.
CD 'O som da Amazônia' ecoa guitarrada do septuagenário Mestre Solano
No embalo da revalorização nacional dos sons do Norte do Brasil, o compositor e guitarrista paraense José Feliz Solano Melo - o Mestre Solano, nome artístico que faz sentido para todos os músicos paraenses que aprenderam as lições deste pioneiro da guitarrada - ganha visibilidade fora do eixo nortista com a edição de seu 17º disco, O som da Amazônia (2013). Voltado para a guitarrada, o CD foi gravado com patrocínio obtido pelo artista no projeto Natura Musical - o que resultou em álbum produzido com conforto financeiro inédito em discografia que inclui discos feitos em gravadoras nacionais como Atração e as extintas Continental e RGE. Aos 73 anos de vida e seis décadas de carreira, Solano toca no CD repertório formado por 13 músicas. Sete são inéditas, dez são autorais e somente três foram feitas sem a assinatura de Solano. As três músicas são Batistando (de John Cabano), Rei Solano - tributo ao artista composto pelo violonista paraense Sebastião Tapajós, que toca na faixa - e As belezas do Marajó, tema composto por Manoel Cordeiro, outro guitarrista referencial no universo musical do Pará. Cordeiro e Solano unem cordas na música. A guitarrada é o ritmo dominante no disco, dando o tom de faixas como Solaniando, mas O som da Amazônia também tem bolero (Lamento) e choro (Xodó do vovô, tema feito por Solano - em foto de Brunno Régis - para a neta Julienne).
Campello harmoniza sambas e bossas de Gribel no disco 'São Francisco'
Resenha de CD
Título: São Francisco
Artista: Alvaro Gribel
Gravadora: Tratore
Cotação: * * *
Embora atualmente radicado em São Paulo (SP), o cantor e compositor capixaba Alvaro Gribel morava em Niterói (RJ), mais precisamente no bairro de São Francisco, quando gestou entre 2011 e 2012 o repertório de seu segundo CD. É por isso que o disco - sucessor de Alvaro Gribel, o primogênito gravado em 2008 - chegou ao mercado neste mês de janeiro de 2014 com o nome de São Francisco. O título vem de uma das nove músicas do álbum (todas de autoria de Gribel), composta pelo artista em homenagem ao bairro fluminense. Produzido por Rodrigo Campello, que toca guitarra e pilota (sutis) programações no disco feito com virtuoses como o baixista Jorge Helder e o baterista Jurim Moreira, São Francisco atesta a evolução de Gribel como compositor entre sambas, bossas e uma marchinha, a Marcha de autopeça, criada a partir da lista de peças alinhadas no orçamento do conserto do carro do artista. O repertório versa majoritariamente sobre questões urbanas. Com requinte harmônico e uma voz pequena, que sinaliza que o cantor é somente o veículo para a exposição do trabalho do compositor, Gribel sobe o morro no samba Santos e orixás, mostra refinado tema instrumental (Saudade), celebra com poesia lírica a praia capixaba em que foi criado (Camburi), apresenta a primeira música que compôs (Autorretrato, feita em 2001 e retocada em 2012) e suplica na bossa-novista Oração - com versos um tanto pueris - que não seja em vão o sofrimento das vítimas da tragédia causada pela chuvas no Morro do Bumba, em Niterói, no verão de 2010. Sem reinventar a roda, os sambas e bossas de Alvaro Gribel expõem em São Francisco a ligação forte do compositor com a música brasileira no tom elegante da produção de Rodrigo Campello.
CD prova que várias canções de Sullivan são fortes e resistem ao tempo
Resenha de CD
Título: Michael Sullivan - Mais forte que o tempo
Artista: vários
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * *
Título: Michael Sullivan - Mais forte que o tempo
Artista: vários
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * *
Prestes a fazer 64 anos, em 9 de março de 2014, Ivanilton de Souza Lima atua há 50 anos no mundo da música. Aos 14, já cantava no Recife (PE), sua cidade natal. Em fins dos anos 1960, o cantor iniciante migrou para o Rio de Janeiro (RJ), se tornou compositor - fazendo sua primeira música em 1968, em parceria com Hyldon - e integrou o grupo Os Selvagens. Mas foi na década de 1970 que, além de fazer parte do conjunto Renato e seus Blue Caps, o cantor e compositor alcançou a fama com o nome artístico de Michael Sullivan. O primeiro sucesso - My life (Michael Sullivan, Richard Lee e Mark, 1976), canção composta em inglês, como mandava a cartilha fonográfica da época - entrou na trilha sonora da novela O casarão (TV Globo, 1976) e estourou nas rádios. Começou ali a escalada de sucesso do compositor que, ao relegar o ofício de cantor a segundo plano, virou o maior donatário das paradas radiofônicas dos anos 1980 ao lado de Paulo Massadas, o parceiro letrista que conheceu em 1979 e com o qual compôs uma série de músicas de fácil adesão popular. Produzido em escala industrial ao longo da década de 1980, para atender a demanda da direção artística da gravadora RCA / BMG-Ariola (leia-se, Miguel Plopschi) e também de outros cantores ávidos por sucessos populares, o cancioneiro de Sullivan & Massadas teve sua qualidade diluída com série de músicas pobres, triviais e esquecíveis. Contudo, um punhado delas resistiu ao tempo por conta de suas melodias fortes e belas. Algumas dessas melhores canções de Sullivan - compostas com Massadas e eventualmente com outros parceiros - ganharam regravações reunidas no CD Mais forte que o tempo, produzido em 2013 para celebrar os 45 anos da obra autoral de Sullivan e os 30 de sucesso da dupla Sullivan & Massadas, cujo primeiro hit, Me dê motivo, é de 1983. Propagado no vozeirão de Tim Maia (1942 - 1998), Me dê motivo reaparece em Mais forte que o tempo em registro refinado de Adriana Calcanhotto em que a voz e o violão da cantora gaúcha se harmonizam com o cello de Jaques Morelenbaum. Apesar da sofisticação da gravação, Calcanhotto ameniza a dor de corno expressada pela letra. Este é o problema do disco: do ponto de vista harmônico, as regravações superam os registros originais, feitos de forma padronizada, seguindo o molde tecnopop dos anos 1980. Só que as interpretações geralmente perdem no confronto com as originais, porque o cancioneiro direto de Sullivan & Massadas normalmente exige cantores que exteriorizam emoções e elevam os tons sem medo de exacerbar - como, por exemplo, Ana Carolina, nome inexplicavelmente fora da seleção de intérpretes de Mais forte que o tempo. My life, por exemplo, soa sem pressão na voz delicada de Sandy. Outro exemplo: em gravação produzida por Christiaan Oyens que destaca o órgão de Leonardo Brandão, Zélia Duncan refina Meu dilema (Michael Sullivan e Leonardo) - sucesso de Fafá de Belém em 1987 - sem levar em conta a alma popular da doída canção. Já Alice Caymmi ombreia a mesma Fafá ao gravar, em momento iluminado, Abandonada (Michael Sullivan e Paulo Sérgio Valle, 1996), último grande sucesso popular da obra de Sullivan. Na contramão da linha cool, a cantora carioca mantém Abandonada em ponto de fervura em gravação que esbanja modernidade com primoroso arranjo vocal que reforça a intensidade do tema. Alice Caymmi é o grande destaque do disco ao lado de Carlinhos Brown, que se tornou parceiro de Sullivan nos anos 2000. O tribalista traz Whisky a go go (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1984) para o universo noturno das atuais baladas em registro eletrônico que preserva o espírito festivo da gravação do grupo carioca Roupa Nova. Aliás, os vocais do Roupa Nova são substituídos pelos vocais de outro emblemático conjunto, Os Cariocas, na regravação de Um sonho a dois (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1986), feita pelos Cariocas com Roberta Sá e Pedro Mariano. Justiça seja feita: em que pese o belo fraseado de Roberta Sá, a música - que tem uma das letras mais melosas e bobas de Massadas - flui com mais naturalidade na gravação de Joanna com o Roupa Nova. Nem Ney Matogrosso, com todo seu rigor estilístico, consegue fazer frente a Roberto Carlos quando canta Amor perfeito (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1986), a canção que Claudia Leitte, então à frente do grupo baiano Babado Novo, transformou com êxito em axé music. Em contrapartida, Fernanda Takai é a única que, numa linha cool, consegue fazer bonito, valorizando a melodia sedutora e os versos de Fui eu (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1988), hit na voz do cantor carioca José Augusto. O dueto de Monique Kessous com Fagner em Talismã (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1989) - sucesso do cantor Elson do Forrogode - também se destaca no tributo. Sem medo de se entregar ao espírito kitsch do cancioneiro de Sullivan, Arnaldo Antunes dá voz a Vou fazer você mulher - parceria do compositor com o escritor Paulo Coelho, lançada na voz do próprio Sullivan em disco de 1979 - em gravação turbinada com vocais que reforçam os códigos da canção sentimental brasileira. Já Jorge Vercillo põe floreios e firulas que dão sofisticação harmônica a Nem um toque (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1986) - sucesso da cantora Rosana - sem prejuízo da interpretação. E por falar em interpretação, ao cantar Não vá (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1986), Negra Li provoca saudade do canto caloroso de Sandra de Sá, que tem outros três hits de seu bem-sucedido álbum de 1986 - Retratos e canções, Entre nós e Joga fora, todos da dupla Sullivan & Massadas - ouvidos nas vozes de Moska, do próprio Sullivan com Anayle Lima e do Grupo Benditos, respectivamente. Chuva fina (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1988) - música menos emblemática, cujo lugar no disco poderia ter sido ocupado por canções mais expressivas de Sulivan & Massadas, como Nem morta (1986) e Deslizes (1988) - cai bem na voz de Zeca Baleiro, intérprete sem fronteiras estéticas. Mas o que não dá mesmo para entender é a reprodução da gravação original de Um dia de domingo (Michael Sullivan & Paulo Massadas) com Gal Costa e Tim Maia se todos os outros registros são inéditos (sem falar que o nome de Tim não é creditado na contracapa). Mesmo assim, com altos e baixos, Mais forte que o tempo cumpre seu objetivo de expor a força de canções que atravessaram gerações, embora tenha sido desvalorizadas pelos críticos e formadores de opinião da época por contrariarem a norma de bom gosto. Canções - verdade seja dita - a quem muitos ídolos da MPB (assustados com a explosão do pop rock brasileiro em 1982) recorreram para se manter nas paradas dos anos 1980. O tempo provou que, mesmo dono de obra esvaziada pela escala industrial de sua produção, Michael Sullivan é autor de melodias já enraizadas na memória brasileira. Mérito que ninguém pode tirar do compositor.
Dupla Fernando & Sorocaba experimenta projeção em 4D no quinto DVD
Dupla que faz sertanejo pop com toques de country e rock, Fernando & Sorocaba se valem de aparato hi-tech em seu quinto registro audiovisual de show, Sinta essa experiência (2013), recém- lançado pela gravadora Som Livre nos formatos de CD e DVD. Como já mostram algumas fotos expostas na capa do CD e do DVD, a dupla recorre a um cenário informatizado, composto por vários painéis de LED e emoldurado por efeitos de luz e ilusionismo. Até uma projeção em 4D é utilizada na abertura do espetáculo - captado em apresentações feitas por Fernando & Sorocaba no Espaço das Américas, em São Paulo (SP), em 7 e 8 de agosto de 2013 - para simular a impressão de que os cantores saem de um caminhão diretamente para o palco. Promovidos pela música Gaveta, parceria de Sorocaba com Bruno Caliman na qual Fernando faz a primeira voz, o CD e DVD Sinta essa experiência alinha participações de Chitãozinho & Xororó (em Do tamanho do nosso amor, música de Sorocaba que deu nome ao mais recente DVD da dupla paranaense), do cantor mineiro Lucas Lucco (em Xing ling, de Bruno Caliman) e da dupla paulista Marcos & Belutti (em Fica comigo, de Caco Nogueira). Até o carioca Monobloco foi convocado para pôr seu carnavalizante baticum em cena na faixa Imagina na Copa, parceria de Sorocaba com Caco Nogueira. O DVD rebobina o hit As mina pira (Sorocaba e Thiago Servo) - registrado no último CD de estúdio de Fernando & Sorocaba, Homens e anjos (Som Livre, 2013) - entre músicas inéditas e outros êxitos da dupla sertaneja.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Mariene divulga no YouTube trecho de 'Tirilê', música de seu quinto disco
Parceria do compositor baiano Roque Ferreira com Dunga, o samba Tirilê é a primeira música divulgada do quinto disco de Mariene de Castro. A cantora baiana anunciou a disponibilização de trecho da faixa no YouTube. Nas lojas em breve, em edição da Universal Music, o terceiro álbum de estúdio de Mariene - gravado no estúdio Toca do Bandido, no Rio de Janeiro (RJ) - tem participação de Beth Carvalho na regravação do Samba da benção (Baden Powell e Vinicius de Moraes, 1966), de Maria Bethânia em A força que vem da raiz (outra música de Roque Ferreira, inédita em disco) e de Zeca Pagodinho em Colheita (samba inédito de Nelson Rufino).
Tirilê
(Dunga / Roque Ferreira)
A lua na beira do meu chapéu
Cintila na pedra do meu anel
Toda dor pra mim é mel (A lua)
A lua na beira do meu chapéu
Cintila na pedra do meu anel
Toda dor pra mim é mel
A guerreira se enxágua
No fundo do olho d’água
Onde a lua serenou
Lá no coração da mata
Onde a lua se exalta
Tudo cala com seu grito
Ela bebe de beber
E manda a banda bater
O seu batuque bonito
Tirilê, tirilê, eô
Tirilê, tirilê, eô
Tirilê, tirilê, eô
Tirilê, relampejô
Salles dilui a densidade do samba de Sampaio entre a seresta e o quintal
Resenha de CD
Título: Sérgio samba Sampaio
Artista: Chico Salles
Gravadora: Zeca PagoDiscos / Universal Music
Cotação: * * 1/2
Título: Sérgio samba Sampaio
Artista: Chico Salles
Gravadora: Zeca PagoDiscos / Universal Music
Cotação: * * 1/2
O cantor e compositor capixaba Sérgio Sampaio (1947 - 1994) soube cair no samba com a consciência social exigida de quem despontou nos anos 1970, década em que, se um artista não era contra, ele podia ser acusado de ser a favor. Sem tom panfletário, Sampaio mandou seu recado velado através de versos metafóricos como "Quem manda em mim sou eu / Quem manda em você é você", do samba Até outro dia (1976). Este samba - o mais inspirado da produção do compositor no gênero - abriu o segundo grande álbum de Sampaio, Tem que acontecer (Continental, 1976), e abre o sexto CD do cantor paraibano Chico Salles, Sergio samba Sampaio (2013), dedicado aos sambas do marginalizado artista. Habituado a um repertório de tom forrozeiro, Salles dilui a densidade do sambas compostos por Sampaio ao agregá-los neste disco editado pelo selo Zeca PagoDiscos, do cantor carioca Zeca Pagodinho. Contudo, mesmo fora do contexto e subtexto originais, os sambas de Sampaio - que entrou na avenida em 1972, com o estouro da marcha Eu quero é botar o meu bloco na rua, e saiu de cena há 20 anos, já esquecido - resistem ao tempo e às interpretações opacas de Salles. Os produtores Henrique Cazes e José Milton acertam ao ambientar em clima de fundo de quintal o medley que aglutina Polícia, bandido, cachorro, dentista - samba do quarto póstumo álbum de Sampaio, Cruel, editado em 2006 - e O que pintar, pintou (1976), partido alto cantado por Salles com Zeca Pagodinho. Outro destaque é Cada lugar na sua coisa (1976), tema inserido em universo seresteiro que condiz com o verso "Lugar de poesia é na calçada". A participação de Raimundo Fagner valoriza a faixa. Recorrente em temas como Nem assim (1983), o adorno seresteiro envolve História de boêmio (Um abraço em Nelson Gonçalves) (1977), recontada por Salles com a adesão do convidado maranhense Zeca Baleiro, artista que reeditou álbuns de Sampaio por seu selo Saravá Discos. Já Cala a boca, Zé Bedeu - samba da lavra do compositor capixaba Raul Sampaio, mas gravado pelo conterrâneo Sérgio no seu primeiro álbum, de 1973 - soaria mais natural na voz e com a verve do partideiro pernambucano Bezerra da Silva (1917 - 2005), mais vocacionado para cantar versos jocosos como "Que mulher danada / Essa que eu arranjei / Ela é uma jararaca, meu Deus / Com ela, eu me casei". Como já explicita seu título, Chorinho inconsequente (Sérgio Sampaio e Erivaldo Santos, 1971) se insinua fora do universo do samba. E o fato é que a maior e melhor parte do repertório de Sérgio Samba Sampaio vem do álbum mais coeso de Sampaio, o já mencionado Tem que acontecer, de cujo repertório Salles rebobina composições como O filho do ovo, Quanto mais e Velho bode (parceria de Sampaio com Sérgio Natureza). Bem mais para a seresta do que para o fundo de quintal, Chico Salles põe o bloco na rua com CD em que a ideia é melhor do que sua realização.
Livro reproduz entrevistas com artistas do vasto universo pop brasileiro
Lançado neste mês de janeiro de 2104, o livro Conversando com Elias compila 24 entrevistas feitas pelo jornalista carioca Elias Nogueira com nomes do diversificado universo pop brasileiro, em seleção que vai de ícones do samba (Bezerra da Silva e Martinho da Vila) a astros do rock (Barão Vermelho, Dinho Ouro Preto, Erasmo Carlos, Marcelo Nova e Titãs), passando por rappers (Marcelo D2), ídolos da MPB (Fagner, Jards Macalé, Ney Matogrosso e Zé Ramalho) e lendas vivas do soul brazuca (Hyldon e Sandra de Sá). O livro reproduz entrevistas publicadas originalmente, em sua maioria, na extinta revista International Magazine e no Jornal das Gravadoras. O título Conversando com Elias já traduz o tom informal das entrevistas, que, se não são históricas como alardeia o subtítulo do livro, são eventualmente reveladoras. Caso da entrevista com o cantor pernambucano Bezerra da Silva (1927 - 2005), que abre o verbo contra as gravadoras ao relatar pendengas financeiras com a indústria do disco. O jornalista carioca Silvio Essinger - colega de Elias na International Magazine - assina o prefácio do livro.
McCartney reedita seu nono disco solo, 'Off the ground', lançado em 1993
Nono álbum solo de Paul McCartney, lançado originalmente em 1993, Off the ground está sendo reeditado pelo selo Hear Music - com distribuição mundial da gravadora Universal Music - neste mês de janeiro de 2014. Gravado em estúdio como se fosse ao vivo, Off the ground apresentou músicas como Hope of deliverance (faixa eleita o primeiro single, lançado em dezembro de 1992), C'mon people e a música-título Off the ground. O cantor e compositor britânico assina sozinho dez das doze músicas que formam o repertório desse álbum em que o artista aborda questões sociais. As exceções são Mistress and maid e The lovers that never were, parcerias de McCartney com Elvis Costello. A reedição do álbum Off the ground já está disponível para compra nos Estados Unidos, mas sai somente em 17 de fevereiro na Inglaterra.
Quarto álbum do Panic! at the Disco sinaliza exaustão com rock artificial
Resenha de CD
Título: Too weird to live, too rare to die!
Artista: Panic! at the Disco
Gravadora: Warner Music
Cotação: * *
Título: Too weird to live, too rare to die!
Artista: Panic! at the Disco
Gravadora: Warner Music
Cotação: * *
Quarto álbum do Panic! at the Disco, Too weird to live, too rare to die! (2013) foi inspirado na cidade norte-americana de Las Vegas (EUA), terra natal desse grupo que faz um rock de plastificada cepa pop punk com ecos do universo emo. Aliás, o título do disco alude à trecho do livro Fear and loathing in Las Vegas (1971), do escritor norte-americano Hunter S. Thompson (1937 - 2005). Contudo, a matéria-prima referencial é mal aproveitada pela banda neste primeiro disco gravado com o baixista Dallon Weekes como integrante oficial. Too weird to live, too rare to die! é álbum irregular, repetitivo. São bem claros os sinais de exaustão do rock do Panic! at the Disco. Sem identidade e sem conceito, o grupo enfileira uma série de rocks dançantes - Vegas lights, Nicotine e Collar full são frutos razoáveis da safra - como se a vida fosse uma festa artificial como os efeitos eletrônicos das faixas e o filtro da voz pelo autotune. No fim do disco, a décima e última música, The end of all things, rompe com o tom festivo do CD e esboça clima de ressaca, soando deslocada. Produzido por Butch Walker, o álbum - justiça seja feita - apresenta pelo menos um grande momento, Girls / girls / boys, instante de luminosidade em CD que rejeita as sombras da discografia anterior do grupo e que abre caminhos e possibilidades para o Panic! at the Disco. Infelizmente, de maneira incipiente.
Ana referencia Madonna no erotizado clipe de 'Libido', feito com requinte
Resenha de clipe
Música: Libido (Ana Carolina e Edu Krieger, 2013)
Artista: Ana Carolina
Direção e edição: Ana Carolina
Produção: Santa Therezinha Filmes
Cotação: * * * 1/2
Música: Libido (Ana Carolina e Edu Krieger, 2013)
Artista: Ana Carolina
Direção e edição: Ana Carolina
Produção: Santa Therezinha Filmes
Cotação: * * * 1/2
Ana Carolina pode não ter comido (ainda) a Madonna, mas deglutiu influências da cantora e compositora norte-americana no clipe da música Libido (Ana Carolina e Edu Krieger), posto esta semana em rotação na internet. Ana referencia Lady Madonna - hábil na manipulação de códigos eróticos por entender que sexo está ligado à música desde que o pop é pop - neste vídeo de clima erotizado, filmado com apuro. Música de #AC (Armazém / Sony Music, 2013), álbum pautado por groove que diminuiu a dose de baladas no cancioneiro popular da artista mineira, Libido já tem entranhada nos versos uma alta dose de erotismo que se harmonizou com as imagens elegantes do clipe. Sob chuva de purpurina, a cantora e sete atores se beijam e se acariciam em várias partes do corpo enquanto o refrão martela a sentença da letra: "a libido está em toda parte". Sim, está - inclusive na obra pregressa de Ana, que já havia tocado em pontos g com a exibição no show Dois quartos (2007) de cenas de amor lésbico extraídas de filme feito pela modelo norte-americana Bettie Page (1923 - 2008). Embalada em imagens de beleza plástica, a liberação do desejo e das convenções sociais é a mensagem subliminar ouvida ao longo dos três minutos e 20 segundos do clipe de Libido. Sem ultrapassar a barreira da vulgaridade pornográfica, o clipe atiça questões ainda em voga em sociedade marcada por conservadorismo encoberto por capa de liberalidade. Nada que Madonna e que outros artistas já não tenham feito desde os anos 1980, década da MTV em que som e imagem passaram a ser indissociáveis, só que o clipe de Libido trata o assunto (sempre pertinente) com bom gosto.
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Moby lança em março DVD com o registro do show do álbum 'Innocents'
Moby vai lançar DVD em 3 de março de 2014. Innocents - Live at the Fonda, LA exibe o registro ao vivo do show da turnê baseada no 11º álbum de estúdio do DJ e produtor norte-americano, Innocents (2013). Gravado em 2013, nos três únicos shows feitos por Moby em Los Angeles (EUA) para divulgar o CD, o DVD vai ser editado no Brasil através do selo Lab 344. Eis as 28 músicas enfileiradas pelo DJ no repertório do DVD Innocents - Live at the Fonda, LA:
Everything that rises
Saints
Don't love me
A case for shame
The last day
A long time
The lonely night
Almost home
Tell me
The dogs
The perfect life
Flower
Why does my heart feel so bad?
In my heart
Bodyrock
Go
Lift me up
Slipping away (versão acústica)
In this world (versão acústica)
Porcelain
Southside
We are all made of stars
Honey
Raining again
Disco lies
Extreme ways
Natural blues
Feeling so real
The perfect life (Reprise - versão acústica)
Voz ativa e politizada do folk norte-americano, Seeger sai de cena aos 94
A voz do cantor, compositor e músico norte-americano Peter Seeger (3 de maio de 1919 - 27 de janeiro de 2014) ecoou além do universo estritamente musical. Ícone influente da música folk norte-americana nos anos 1950 e 1960, Pete Seeger - como era conhecido no universo pop o artista que saiu ontem de cena nos Estados Unidos, aos 94 anos, de causas naturais - foi uma voz politizada que se fez ouvir na luta contra as guerras (sobretudo na Guerra do Vietnã) e a favor da paz e do meio ambiente. Com seu banjo e seu violão, Seeger - em foto de Anthony Pepitone - fez da música sua arma na carreira iniciada em 1939. Sua voz se levantou nos anos 1950, década em que, como integrante do grupo The Weavers, o artista fez sucesso ao gravar músicas como Goodnight, Irene (Huddie Ledbetter, 1933), hit em 1950. Entre seus sucessos mais emblemáticos como compositor, há Where have all the flowers gone? (Peter Seeger e Joe Hickerson) - folk composto em 1955 e gravado com êxito por Seeger em 1964 - e If I had a hammer (The hammer song), parceria de Seeger com o colega norte-americano Lee Hays (1914 - 1981), lançada em 1950 pelo grupo The Weavers. Dono de vasta discografia, o artista deixa 52 álbuns de estúdio - lançados em período de 60 anos que vai de 1953 a 2012 - e 22 discos ao vivo. Cabe destacar álbuns como American folk songs for children (1953), o ao vivo We shall overcome (1963) e God bless the grass (gravado em 1965 e lançado em 1966), entre outros títulos de obra fonográfica coerente com a ideologia desta voz ativa do folk que se uniu a artistas engajados como Bruce Springsteen e que jamais se calou até o dia de ontem.
Takai divulga segunda música de seu CD solo 'Na medida do impossível'
Menos de uma semana após divulgar Seu tipo, parceria com Pitty que integra seu CD solo Na medida do impossível, Fernanda Takai apresenta uma segunda música do disco que vai ser lançado em março de 2014 pela gravadora Deck. Com letra em inglês de Charles Di Pinto (conhecido no meio musical como Cholly), You and me and the bright blue sky é balada de espírito folk que - assim como a graciosa Seu tipo - sinaliza que vem por aí CD inspirado. You and me and the bright blue sky já tem clipe, posto em rotação na internet nesta terça-feira, 28 de janeiro de 2014. Dirigido por Kid Burro, dupla formada por André Saito e Cesar Nery, o tal clipe foi filmado em Quebrada de las Conchas e no deserto de Salta, locações da Argentina.
Português Tiago Torres da Silva produz o segundo CD lusitano de Joanna
O poeta e compositor português Tiago Torres da Silva faz conexão com mais uma cantora brasileira. Depois de ser gravado por Olivia Byington e por Jussara Silveira, que dedicou seu recente CD Água lusa (Dubas, 2013) ao cancioneiro de Torres da Silva, o artista trabalha com a cantora carioca Joanna, que prepara seu segundo disco direcionado ao mercado lusitano (mas com previsão de também ser editado no Brasil). Além de produzir o sucessor de Aquarela portuguesa (BMG-Ariola, 1995), Tiago Torres da Silva também compõe com Joanna para o CD.
Filme estreia com quatro gravações inéditas de Sandy na trilha sonora
Com estreia programada para a próxima sexta-feira, 31 de janeiro de 2014, o segundo longa-metragem do cineasta paulista Marco Dutra, Quando eu era vivo, apresenta quatro gravações inéditas de Sandy Leah na trilha sonora. A cantora e compositora paulista - que interpreta a estudante de música Bruna no thriller psicológico - dá voz às também inéditas músicas Call me (Guilherme Garbato e Gustavo Garbato), Quando a noite cai (parceria de Sandy com o diretor Marco Dutra) e Serpente da noite (Guilherme Garbato e Marco Dutra), além do tema-título do filme, Quando eu era vivo (Marco Dutra e Caetano Gotardo). A trilha vai ser editada no iTunes.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Lucy Alves vai de Alceu a Zé Ramalho em álbum solo produzido por Castilho
♪ De contrato assinado com a gravadora Universal Music, a cantora paraibana Lucy Alves grava no Rio de Janeiro (RJ) seu primeiro disco solo, sob produção de Alexandre Castilho. Finalista da segunda temporada do programa The Voice Brasil (TV Globo, 2013), a artista - que atuava como cantora e acordeonista do grupo Clã Brasil - vai de Alceu Valença (Tropicana, parceria com Vicente Barreto, de 1982) a Zé Ramalho (Frevo mulher, de 1979) em repertório de tom majoritariamente nordestino que (também) passa por Chico Buarque (Olhos nos olhos, sucesso na voz forte de Maria Bethânia em 1976).
CD que deu Grammy ao paulista Trio Corrente sai no Brasil em fevereiro
Único representante do Brasil na lista de indicados ao 56º Grammy Awards, o paulista Trio Corrente vai lançar no Brasil em fevereiro de 2014 o disco, Song for Maura, que lhe rendeu um Grammy na categoria Melhor Álbum de Jazz Latino na premiação realizada em Los Angeles (EUA) na noite de 26 de janeiro de 2014. Lançado no exterior em julho de 2013, em edição viabilizada por parceria do selo Sunnyside com a Paquito Records, o CD foi gravado pelo Trio Corrente em conjunto com o saxofonista e clarinetista cubano de jazz Paquito D'Rivera. Com repertorio formado por composições de D’Rivera, Fabio Torres (criador dos arranjos de 11 das 13 faixas do CD) e Edu Ribeiro, o disco é homenagem à mãe do jazzista cubano, Maura.
56º Grammy faz justiça ao consagrar o duo Daft Punk com cinco prêmios
Além de previsível, a consagradora vitória do Daft Punk no 56º Grammy Awards foi justa. Afinal, o duo francês de música eletrônica - formado pelo luso-francês Guy-Manuel de Homem-Christo com o francês Thomas Bangalter - fez o universo pop se render ao seu quarto álbum, Random access memories (2013), o melhor disco internacional do ano passado. Como os eleitores do 56º Grammy souberam reconhecer, Random access memories foi mesmo o Álbum do ano. A supremacia dos homens-robôs - vistos em foto de Kevork Djansezian / Getty Images - na cerimônia realizada em Los Angeles (EUA) na noite de ontem, 26 de janeiro de 2013, fez justiça a um grande disco impulsionado por uma grande música, Get lucky, faixa que rendeu à dupla o Grammy de Gravação do ano e o de Melhor Performance pop em duo ou grupo. Cabe ressaltar que a Gravação do ano foi feita pelo Daft Punk com os auxílios luxuosíssimos do rapper Pharrell Williams e do toque chic da guitarra de Nile Rodgers. Mesmo sendo (em tese...) um disco de música eletrônica, Random access memories soou orgânico, deliciosamente pop, o que facilitou sua absorção pelo grande público e abriu caminho para a consagração oficial no 56º Grammy Awards. Em latitude oposta, a neozelandesa Lorde levou para a casa o cobiçado prêmio de Canção do ano pela autoral Royals (Joel Little e Ella Yelich O'Connor), composição que mostra que nem tudo é artificial na indústria da música (Royals também rendeu a Lorde o Grammy de Melhor performance pop solo). Nesse sentido, a premiação de Bruno Mars - agraciado com o Grammy de Melhor álbum pop com vocal por conta de Unorthodox jukebox (2012) - também foi sintomática por mostrar que a habilidade na arte da composição ainda conta pontos no Grammy. Assim como foi sintomática a vitória de Celebration day (2012), álbum ao vivo do grupo Led Zeppelin, na categoria Melhor álbum de rock. Se não há nada de novo no front roqueiro, premia-se o bom e velho Led. E, por mais que tenha feito algum barulho ao longo de 2013, Katy Perry saiu de mãos vazias. Já Rihanna ficou com o Grammy de Melhor álbum urbano contemporâneo por conta de Unapologetic (2012). Eleito o artista revelação, o duo Macklemore & Ryan Lewis foi o grande vencedor das categorias dedicadas ao rap, faturando inclusive o prêmio de Melhor álbum de rap por The Heist (2012). Vitórias individuais à parte (e os cinco troféus do Daft Punk foram merecidos), o 56º Grammy Awards refletiu a apatia que caracterizou a maior parte da produção do universo pop em 2013. Tanto que os números musicais - de Beyoncé com Jay-Z, de Lorde, do Daft Punk, de Madonna (momento político em defesa do casamento gay) e de Paul McCartney com Ringo Starr, entre outros - obtiveram mais relevância na cerimônia do que a premiação em si.
Calcanhotto grava ao vivo show 'Olhos de onda' em apresentação no Rio
Show que Adriana Calcanhotto estreou em Portugal, em abril de 2013, Olhos de onda ganha registro ao vivo em sua chegada ao Rio de Janeiro (RJ). A cantora e compositora gaúcha - em foto de Daniel Achedjian - grava o show para edição de DVD e CD ao vivo na apresentação agendada para 1º de fevereiro de 2014, na casa Vivo Rio. Em Olhos de onda, show de caráter retrospectivo, Calcanhotto apresenta a inédita música-título Olhos de onda e dá voz a outras duas músicas que nunca gravou - Tua (canção que deu nome ao álbum lançado por Maria Bethânia em 2009) e Motivos reais banais, parceria com o compositor e poeta baiano Waly Salomão (1943 - 2003), gravada por Mariana de Moraes em seu inédito terceiro CD solo - entre temas autorais como Esquadros (1992), Inverno (com Antonio Cícero, 1994) e Vambora (1998).
Sétimo álbum de Vanessa, 'Segue o som' é puxado por single homônimo
Segue o som é o título do sétimo álbum de Vanessa da Mata. O disco vai ser promovido com o single (capa acima) que lhe dá nome. Segue o som, a música, chega às rádios a partir de amanhã, 28 de janeiro de 2014. Já Segue o som, o álbum, é CD de inéditas que a cantora e compositora mato-grossense aprontou em dezembro de 2012 (com produção dividida entre Kassin e Liminha), mas que arquivou temporariamente para se dedicar ao show e disco em que abordou a obra de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994). Só que, ao decidir lançar o CD neste ano de 2014, a artista quis voltar ao estúdio para incluir músicas que compôs ao longo de 2013.
Editada em CD, trilha sonora original da novela 'Amor à vida' é esquecível
Já virou praxe nos últimos anos: além dos discos com os sucessos nacionais e internacionais das novelas da TV Globo, a gravadora Som Livre põe nas lojas o CD com a música original das histórias. Por música original, entenda-se os temas instrumentais compostos por determinado músico para realçar os climas da trama. No caso de Amor à vida, que termina nesta última semana de janeiro de 2014, a música original é assinada por Iuri Cunha, como explicitado na capa do CD lançado em fins de 2013 com 13 temas incidentais da novela de Walcyr Carrasco. Criada sem grande inspiração, a trilha sonora de Cunha inclui temas com sotaque andino - em alusão ao início da trama em Machu Picchu - e músicas de tom sentimental, típicas do gênero.
domingo, 26 de janeiro de 2014
Adele compõe com Phil Collins para '24', o seu terceiro álbum de estúdio
A colaboração de Adele com Madonna ainda não foi confirmada de forma oficial por nenhuma das duas artistas. Mas é certo que o terceiro álbum da cantora inglesa vai trazer ao menos uma música assinada por Adele com Phil Collins. Em grande evidência nos anos 1980 e 1990, o artista britânico revelou que foi procurado por Adele para que ambos compusessem juntos. Collins, que tem vivido recluso, aceitou o convite de Adele e fez algumas músicas com a colega.
Volta do Ira! com turnê do show 'Núcleo base' deve gerar registro ao vivo
De volta meteoricamente ao universo pop com show beneficente feito em outubro de 2013, em São Paulo (SP), o grupo paulista Ira! - dissolvido em 2007 por conta de desavenças entre o vocalista Nasi e o guitarrista Edgard Scandurra - vai permanecer em cena ao longo de 2014 e 2015. A turnê do show Núcleo base - programada para iniciar em maio de 2014 e já com mais de 200 show previstos - deve dar origem a um registro ao vivo da banda a ser editado em CD e DVD. Reconciliados, Nasi e Scandurra vão apresentar algumas músicas inéditas entre sucessos e lados B do repertório do grupo formado em 1981. A má notícia é que o baterista André Jung e baixista Ricardo Gaspa - músicos integrantes da formação clássica do quarteto - se recusaram a participar da turnê do Ira!. Nasi e Scandurra recrutarão músicos de apoio para fazer a turnê.
Kylie Minogue revela a capa de 'Kiss me once', seu 12º álbum de estúdio
Esta é a capa do 12º álbum de estúdio de Kylie Minogue, Kiss me once. A capa do álbum - o sucessor de Aphrodite (2010) - foi revelada pela cantora e compositora australiana através do Instagram. O primeiro single, Into the blue, já está em rotação na internet e tem lançamento oficial programado para 27 de janeiro de 2014. Kiss me once vai ser editado pela Parlophone.
1. Into the blue
2. Million miles
3. I was gonna cancel
4. Sexy love
5. Sexercize
6. Feels so good
7. If only
8. Les sex
9. Kiss me once
10. Beautiful
11. Fine
12. Mr. President (faixa-bônus)
13. Sleeping With The Enemy (faixa-bônus)
Sucesso há 40 anos, música do ABBA é celebrada em CD por André Rieu
Há 40 anos, o quarteto sueco ABBA começava a ganhar projeção mundial no universo pop com sua música. Waterloo (Benny Andersson, Björn Ulvaeus e Stig Anderson) foi a música que deu, em 1974, o ponto de partida na escalada do grupo. Talvez por ter essa dimensão histórica na trajetória do ABBA, Waterloo figure entre as 11 músicas selecionadas pelo violinista holandês André Rieu para o CD André Rieu celebrates ABBA (2013), lançado no Brasil pela gravadora Universal Music em edição dupla que o junta a outro CD do músico popstar, Music of the night (2013). Rieu celebra a obra do ABBA com registros melodiosos e melosos de músicas como Chiquitita (Benny Andersson e Björn Ulvaeus, 1979), Fernando (Benny Andersson, Björn Ulvaeus e Stig Anderson, 1976) e The winner takes it all (Benny Andersson e Björn Ulvaeus, 1980). Entre hits, André Rieu celebrates ABBA traz lado B do repertório do grupo - The way old friends do (Benny Andersson e Björn Ulvaeus), do álbum Super trouper (1980) - e música, Arrival (Benny Andersson e Björn Ulvaeus, 1976), ideal para o estilo pop clássico do violinista.
Léo Santana badala última música com Parangolé e engata carreira solo
Enquanto promove em Salvador (BA) a última música gravada com a banda Parangolé, Nossa cor, o cantor e compositor baiano Léo Santana já planeja os primeiros passos da carreira solo. Santana - em foto de Alex Dantas - pretende dar o pontapé inicial na carreira solo com a gravação de música intitulada Fenômeno. Por ora, no entanto, o artista investe em Nossa cor, música composta por Santana em parceria com Thor para exaltar a contribuição dos negros na história da música e do mundo. Nossa cor já está em rotação (nas rádios) desde 14 de janeiro.
sábado, 25 de janeiro de 2014
'Maga' anima pré-folia baiana com 'Ensaio AfroPop' que celebrou Caymmi
Salvador (BA) - Já está aberta na capital da Bahia a temporada pré-Carnavalesca. Dona de uma das vozes mais potentes e calorosas da folia soteropolitana, Margareth Menezes abriu na noite de 23 de março a temporada 2014 de seu Ensaio AfroPop com show no Clube Fantoches que se estendeu pela madrugada de sexta-feira, 24 de março. Na abertura do show, sozinha, a cantora baiana - em foto de Mauro Ferreira - animou o público essencialmente gay com sucessos como Dandalunda (Carlinhos Brown, 2001) e Canto ao pescador (Jauperi e Pierre Onassis, 1991). Com citação da Canção da partida (Dorival Caymmi, 1957), o sucesso do grupo baiano Olodum foi a deixa para um tributo de Margareth a Dorival Caymmi (1914 - 2008) por conta do centenário de nascimento do compositor baiano, de cuja obra Maga reviveu O samba da minha terra (1940) e Maracangalha (1956). Ao longo do show de mais de três horas, Margareth recebeu convidados como os rappers cariocas Gabriel O Pensador e MV Bill, a cantora baiana Daniela Mercury e o já citado Olodum. Com o grupo, Maga encerrou a noite ao som de sucessos como Requebra (Pierre Onassis e Nego, 1993). Mas foi ao lado de Daniela que o caloroso Ensaio AfroPop atingiu sua temperatura mais alta quando as duas cantoras uniram forças e vozes em duetos em músicas como Aquele abraço (Gilberto Gil, 1969) e Maimbê Dandá (Carlinhos Brown, 2004), tema explosivo rebobinado em ponto de fervura. A julgar pelo show de Margareth Menezes no Clube Fantoches, o Carnaval baiano de 2014 eletrizará foliões.
Publicidade origina música gravada por Claudia Leitte com Ivete Sangalo
Se havia de fato rivalidade entre Claudia Leitte e Ivete Sangalo, pelo fato de as duas cantoras disputarem o mesmo mercado de música pop baiana, a competição foi posta de lado por conta do cachê recebido pelas artistas para estrelarem juntas a campanha publicitária de uma lâmina de barbear dirigida ao público feminino. Iniciada em 2013, a campanha deu origem neste mês de janeiro de 2014 a uma música-jingle, gravada por Claudia em dueto com Ivete. De autoria de Alexandre Peixe, a música Deusas do amor é axé que exalta a força da mulher. A gravação do histórico dueto foi posta esta semana em rotação nas redes sociais e em portais de música.
Com a ajuda da Delira, Warner reedita álbuns de jazz da Atlantic e Reprise
Segundo influente álbum solo do contrabaixista norte-americano de jazz Charles Mingus (1922 - 1979), The clown (foto) figura entre os dez discos de jazz que a gravadora Warner Music vai relançar em fevereiro de 2014. O pacote de lançamentos chega ao mercado fonográfico com coordenação da gravadora carioca Delira Música (requisitada para a parceria pelo fato de a Warner ter expandido seu catálogo de jazz e música clássica com a aquisição do acervo da Parlophone e do selo EMI Classics). Pertencentes aos catálogos das gravadoras Atlantic Records e Reprise Records, os dez discos vão chegar ao mercado em embalagem digipack com áudio remasterizado e a arte gráfica dos LPs originais. Eis, em ordem cronológica, os dez álbuns que voltam ao catálogo no Brasil em fevereiro de 2014 através da parceria da Warner com a Delira:
The clown (1957) - Charles Mingus
Turn me loose (1961) - Frank Rosolino
’Round midnight (1963) - Betty Carter
Afro-bossa (1963) - Duke Ellington
The avant-garde (1966) - John Coltrane & Don Cherry
Portrait of Carmen (1968) - Carmen McRae
Zawinul (1971) - Joe Zawinul
Svengali (1973) - Gil Evans
El juicio (The judgement) (1975) - Keith Jarrett
All the things we are (1976) - Dave Brubeck
No seu quinto CD, Mariene cai no 'Samba da benção' em dueto com Beth
Incentivadora da carreira de Mariene de Castro, Beth Carvalho integra o time de convidados do quinto disco da cantora baiana. A artista carioca cai com Mariene no Samba da benção (Baden Powell e Vinicius de Moraes, 1966). Além de Beth, Mariene canta com Maria Bethânia (A força que vem da raiz, de Roque Ferreira) e com Zeca Pagodinho (Colheita, samba de Nelson Rufino). O álbum de Mariene foi gravado no estúdio Toca do Bandido, no Rio de Janeiro (RJ).
Single 'Sol da paz' ilumina álbum que Strike lança no segundo semestre
Já em rotação no YouTube, a música Sol da paz ilumina álbum que o grupo mineiro Strike vai lançar no segundo semestre de 2014 com distribuição da Som Livre. O sucessor do CD Nova aurora (2012) vai ser o primeiro álbum gravado pelo quinteto com o baterista Bruno Graveto, admitido na banda no fim de 2013. Sol da paz é música feita pelo vocalista Marcelo Mancini em parceria com o guitarrista André Maini, em tributo a um avô de Marcelo, falecido em 2013.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
De Pitbull, tema oficial da Copa é gravado por 'rapper' com Claudia Leitte
Composta pelo rapper Pitbull, a música oficial da Copa do Mundo de 2014 - We are one (Ole ola) - está sendo gravada pelo próprio artista norte-americano ao lado da cantora brasileira Claudia Leitte (com Pitbull na foto) e da cantora norte-americana (de ascendência porto-riquenha) Jennifer Lopez. Em fase final de produção, a gravação - anunciada esta semana pela Fifa em parceria com a gravadora Sony Music - tem lançamento previsto para abril de 2014. Intitulada Nós somos um na versão em português, a música da Copa do Brasil tem partes em inglês e em espanhol, mas, de acordo com o rapper, o Brasil vai se reconhecer bem na música.
Netinho lança 'Decolaê', música inédita do CD 'Beats, baladas & balanços'
Fora de cena desde abril de 2013, por conta de problemas de saúde, o cantor baiano Netinho está de volta ao universo pop. O artista está lançando música inédita, Decolaê, aperitivo do álbum que pretende lançar em fevereiro de 2014. Com a alta velocidade rítmica da axé music, a música já está disponível para audição no site oficial do artista. Já o disco se chama Beats, baladas & balanços - Manual para baladas e tem participação de Claudia Leitte em Aliança.
Zeca e Zélia se harmonizam com poesia em show que tira a alma do chão
Título: Zélia Duncan & Zeca Baleiro
Artistas: Zeca Baleiro e Zélia Duncan (em foto de Mauro Ferreira)
Local: Teatro Castro Alves (Salvador, Bahia)
Data: 23 de janeiro de 2014
Cotação: * * * * 1/2
Na terra do axé, em que os pés se desprendem do solo na cadência carnavalizante da música afro-pop-baiana, Zeca Baleiro e Zélia Duncan apresentaram em primeira mão poético show criado para "tirar a alma do chão", como conceituou espirituosamente a cantora e compositora fluminense ao se dirigir pela primeira vez ao público que lotou a sala principal do Teatro Castro Alves, o palco mais nobre de Salvador (BA), na noite de 23 de janeiro de 2014, para assistir à estreia nacional de Zélia Duncan & Zeca Baleiro. Alocado na abertura do roteiro, Pássaro (Luiz Carlos Sá & Guttenberg Guarabyra, 1976) - canção da dupla carioca Sá & Guarabyra também conhecida no registro original do grupo carioca O Terço - já faz espíritos mais sensíveis voarem alto na pegada dos tocadores de violão. As vozes graves de Zeca e Zélia se harmonizam de forma plena, valorizando as interpretações em uníssono de músicas como Se um dia me quiseres (2009) - canção que inaugurou a parceria dos dois compositores, expandida no show com três inéditas - e Tudo sobre você (Zélia Duncan e John Ulhoa, 2009), joia de delicada arquitetura pop. A harmonia vocal dos cantores irmana repertório que derrama poesia brejeira em Curare (Bororó, 1940) - samba que é todo Bahia em um show estreado em Salvador (BA) - e que adquire graça por fazer um artista visitar, nos solos, o cancioneiro do outro. Se Zélia dá voz a Quase nada (Zeca Baleiro e Alice Ruiz, 2000) e a Tevê (Zeca Baleiro e Kleber Albuquerque, 2008), Baleiro rebobina Não vá ainda (Christiaan Oyens e Zélia Duncan, 1994) - pop folk do CD que alavancou há 20 anos a carreira de Zélia - e deita e rola Nos lençóis desse reggae (Christiaan Oyens e Zélia Duncan, 1994) com direito à citação de Money in my pocket (Denis Brown, 1972), reggae popular no Maranhão, a Jamaica brasileira. Juntos, os cantores repassam com ternura os recados dados por Erasmo Carlos em Grilos (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1972) e por Accyoli Neto (1950 - 2000) em A natureza das coisas, xote popularizado nos anos 2000, após a morte do compositor goiano. Com liberdade estética, Zeca e Zélia valorizam roteiro que vai da poesia indie de Coração aprisionado (Luli & Lucina, 1979) e O amor é velho-menina (Tom Zé, 1992) aos versos simples e diretos de Mulheres (Toninho Geraes, 1995), samba que injetou fôlego comercial na carreira fonográfica de Martinho da Vila nos anos 1990 e que, solado por Zélia, ganha certa ironia no show por ser cantado como um recado a Baleiro. Há poesia também nos versos oníricos de Fox baiano, escritos por Luiz Galvão - letrista dos sucessos do grupo Novos Baianos - e musicados por Zélia e Zeca. "O mundo inteiro cabe na alma", poetizam os compositores em outra parceira inédita, Museu íntimo, samba quase canção alocado no roteiro ao lado de outra (boa) novidade, Escancarado, samba quase rock. E assim, com o casamento perfeito de suas vozes graves e um repertório de alto nível, Zeca Baleiro e Zélia Duncan se afinam e tiram as almas do chão em show que merece percorrer o Brasil e ganhar registro em disco. As almas voam muito alto.
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