Resenha de CD
Título: Billie Joe + Norah Foreverly
Artista: Billie Joe Armstrong e Norah Jones
Gravadora: Reprise Records / Warner Music
Cotação: * * * *
A morte de Phil Everly (1939 - 2014) neste mês de janeiro fez o universo pop recordar a modernidade influente do duo norte-americano The Everly Brothers, formado por Phil com seu irmão Don. Pioneiros do rock'n'roll e do rockabilly dos anos 1950, os Everly Brothers visualizaram o futuro da música dos Estados Unidos ao mesmo tempo em que reverenciaram o passado dessa mesma música em seu segundo álbum, Songs our daddy taught us (Cadence Records, 1958), voltado para o country e o folk em sua forma mais tradicional. É este álbum que Billie Joe Armstrong e Norah Jones recriam, música por música, em Foreverly (2013), com mais tradição do que modernidade. Por si só, o encontro do vocalista do grupo norte-americano de pop punk Green Day com a cantora norte-americana de pop jazz soa improvável - não tanto pela presença de Norah, que sempre transitou pelo universo da música country, mas pela adesão de Billie Joe, até então estilisticamente distante desse universo. Mas o fato é que, por mais inusitada que seja, a equação Billie Joe + Norah resultou num coeso e harmonioso álbum. Sim, Billie se harmoniza com Norah na eternidade country-folk de Foreverly. Chega a ser curioso ver o casal cantar em tons baixos - quase em sussurros - uma canção tradicional como Who's gonna shoe your pretty little feet?, temperada com leve pitada da música tradicional da Escócia. Billie assume os vocais de Don enquanto Norah - que sola a balada I'm here to get my baby out of jail (Bob Miller) - recria as vozes de Phil. Aclimatado em atmosfera acústica, o álbum revolve a raiz country-folk da música dos EUA com interpretações reverentes de temas como Long time gone (Frank Hartford e Tex Rittter), Silver haired daddy of mine (Gene Autry e Jimmy Long), Rockin' alone (In an old rockin' chair) (Bob Miller) e Kentucky (Karl Davis). Disco uniforme, Foreverly permanece no tom da primeira (o tema tradicional Roving gambler) à última (Put my little shoes away, balada de Samuel Mitchell e Charles Pratt levada ao piano) de suas 12 faixas. Idealizado para reverenciar a raiz musical norte-americana e no embalo celebrar The Everly Brothers, o álbum acabou inevitavelmente se tornando - a partir deste mês de janeiro de 2014 - homenagem póstuma ao saudoso Phil Everly.
A morte de Phil Everly (1939 - 2014) neste mês de janeiro fez o universo pop recordar a modernidade influente do duo norte-americano The Everly Brothers, formado por Phil com seu irmão Don. Pioneiros do rock'n'roll e do rockabilly dos anos 1950, os Everly Brothers visualizaram o futuro da música dos Estados Unidos ao mesmo tempo em que reverenciaram o passado dessa mesma música em seu segundo álbum, Songs our daddy touch us (Cadence Records, 1958), voltado para o country e o folk em sua forma mais tradicional. É este álbum que Billie Joe Armstrong e Norah Jones recriam, música por música, em Foreverly (2013), com mais tradição do que modernidade. Por si só, o encontro do vocalista do grupo norte-americano de pop punk Green Day com a cantora norte-americana de pop jazz soa improvável - não tanto pela presença de Norah, que sempre transitou pelo universo da música country, mas pela adesão de Billie Joe, até então estilisticamente distante desse universo. Mas o fato é que, por mais inusitada que seja, a equação Billie Joe + Norah resultou num coeso e harmonioso álbum. Sim, Billie se harmoniza com Norah na eternidade country-folk de Foreverly. Chega a ser curioso ver o casal cantar em tons baixos - quase em sussurros - uma canção tradicional como Who's gonna shoe your pretty little feet?, temperada com leve pitada da música tradicional da Escócia. Billie assume os vocais de Don enquanto Norah - que sola a balada I'm here to get my baby out of jail (Bob Miller) - recria as vozes de Phil. Aclimatado em atmosfera acústica, o álbum revolve a raiz country-folk da música dos EUA com interpretações reverentes de temas como Long time gone (Frank Hartford e Tex Rittter), Silver haired daddy of mine (Gene Autry e Jimmy Long), Rockin' alone (In an old rockin' chair) (Bob Miller) e Kentucky (Karl Davis). Disco uniforme, Foreverly permanece no tom da primeira (o tema tradicional Roving gambler) à última (Put my little shoes away, balada de Samuel Mitchell e Charles Pratt levada ao piano) de suas 12 faixas. Idealizado para reverenciar a raiz musical norte-americana e no embalo celebrar The Everly Brothers, o álbum acabou inevitavelmente se tornando - a partir deste mês de janeiro de 2014 - homenagem póstuma ao saudoso Phil Everly.
ResponderExcluirO disco dos The Everly Brothers é lindo e a homenagem ficou de uma qualidade maravilhosa. O encontro, a princípio improvável, se mostrou extremamente feliz. Grande disco!
ResponderExcluirGrato, Felipe, por dado (na página do blog no Facebook) o toque do erro na grafia do título do disco dos Everly Brothers. Já consertei. Abs, obrigado, MauroF
ResponderExcluirAguardo o retorno de Norah no Brasil.
ResponderExcluirEla é 10!