quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

CD prova que várias canções de Sullivan são fortes e resistem ao tempo

Resenha de CD
Título: Michael Sullivan - Mais forte que o tempo
Artista: vários
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * *

Prestes a fazer 64 anos, em 9 de março de 2014, Ivanilton de Souza Lima atua há 50 anos no mundo da música. Aos 14, já cantava no Recife (PE), sua cidade natal. Em fins dos anos 1960, o cantor iniciante migrou para o Rio de Janeiro (RJ), se tornou compositor - fazendo sua primeira música em 1968, em parceria com Hyldon - e integrou o grupo Os Selvagens. Mas foi na década de 1970 que, além de fazer parte do conjunto Renato e seus Blue Caps, o cantor e compositor alcançou a fama com o nome artístico de Michael Sullivan. O primeiro sucesso - My life (Michael Sullivan, Richard Lee e Mark, 1976), canção composta em inglês, como mandava a cartilha fonográfica da época - entrou na trilha sonora da novela O casarão (TV Globo, 1976) e estourou nas rádios. Começou ali a escalada de sucesso do compositor que, ao relegar o ofício de cantor a segundo plano, virou o maior donatário das paradas radiofônicas dos anos 1980 ao lado de Paulo Massadas, o parceiro letrista que conheceu em 1979 e com o qual compôs uma série de músicas de fácil adesão popular. Produzido em escala industrial ao longo da década de 1980, para atender a demanda da direção artística da gravadora RCA / BMG-Ariola (leia-se, Miguel Plopschi) e também de outros cantores ávidos por sucessos populares, o cancioneiro de Sullivan & Massadas teve sua qualidade diluída com série de músicas pobres, triviais e esquecíveis. Contudo, um punhado delas resistiu ao tempo por conta de suas melodias fortes e belas. Algumas dessas melhores canções de Sullivan - compostas com Massadas e eventualmente com outros parceiros - ganharam regravações reunidas no CD Mais forte que o tempo, produzido em 2013 para celebrar os 45 anos da obra autoral de Sullivan e os 30 de sucesso da dupla Sullivan & Massadas, cujo primeiro hit, Me dê motivo, é de 1983. Propagado no vozeirão de Tim Maia (1942 - 1998), Me dê motivo reaparece em Mais forte que o tempo em registro refinado de Adriana Calcanhotto em que a voz e o violão da cantora gaúcha se harmonizam com o cello de Jaques Morelenbaum. Apesar da sofisticação da gravação, Calcanhotto ameniza a dor de corno expressada pela letra. Este é o problema do disco: do ponto de vista harmônico, as regravações superam os registros originais, feitos de forma padronizada, seguindo o molde tecnopop dos anos 1980. Só que as interpretações geralmente perdem no confronto com as originais, porque o cancioneiro direto de Sullivan & Massadas normalmente exige cantores que exteriorizam emoções e elevam os tons sem medo de exacerbar - como, por exemplo, Ana Carolina, nome inexplicavelmente fora da seleção de intérpretes de Mais forte que o tempo. My life, por exemplo, soa sem pressão na voz delicada de Sandy. Outro exemplo: em gravação produzida por Christiaan Oyens que destaca o órgão de Leonardo Brandão, Zélia Duncan refina Meu dilema (Michael Sullivan e Leonardo) - sucesso de Fafá de Belém em 1987 - sem levar em conta a alma popular da doída canção. Já Alice Caymmi ombreia a mesma Fafá ao gravar, em momento iluminado, Abandonada (Michael Sullivan e Paulo Sérgio Valle, 1996), último grande sucesso popular da obra de Sullivan. Na contramão da linha cool, a cantora carioca mantém Abandonada em ponto de fervura em gravação que esbanja modernidade com primoroso arranjo vocal que reforça a intensidade do tema. Alice Caymmi é o grande destaque do disco ao lado de Carlinhos Brown, que se tornou parceiro de Sullivan nos anos 2000. O tribalista traz Whisky a go go (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1984) para o universo noturno das atuais baladas em registro eletrônico que preserva o espírito festivo da gravação do grupo carioca Roupa Nova. Aliás, os vocais do Roupa Nova são substituídos pelos vocais de outro emblemático conjunto, Os Cariocas, na regravação de Um sonho a dois (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1986), feita pelos Cariocas com Roberta Sá e Pedro Mariano. Justiça seja feita: em que pese o belo fraseado de Roberta Sá, a música - que tem uma das letras mais melosas e bobas de Massadas -  flui com mais naturalidade na gravação de Joanna com o Roupa Nova. Nem Ney Matogrosso, com todo seu rigor estilístico, consegue fazer frente a Roberto Carlos quando canta Amor perfeito (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1986), a canção que Claudia Leitte, então à frente do grupo baiano Babado Novo, transformou com êxito em axé music. Em contrapartida, Fernanda Takai é a única que, numa linha cool, consegue fazer bonito, valorizando a melodia sedutora e os versos de Fui eu (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1988), hit na voz do cantor carioca José Augusto. O dueto de Monique Kessous com Fagner em Talismã (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1989) - sucesso do cantor Elson do Forrogode - também se destaca no tributo. Sem medo de se entregar ao espírito kitsch do cancioneiro de Sullivan, Arnaldo Antunes dá voz a Vou fazer você mulher - parceria do compositor com o escritor Paulo Coelho, lançada na voz do próprio Sullivan em disco de 1979 -  em gravação turbinada com vocais que reforçam os códigos da canção sentimental brasileira. Já Jorge Vercillo põe floreios e firulas que dão sofisticação harmônica a Nem um toque (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1986) - sucesso da cantora Rosana - sem prejuízo da interpretação. E por falar em interpretação, ao cantar Não vá (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1986), Negra Li provoca saudade do canto caloroso de Sandra de Sá, que tem outros três hits de seu bem-sucedido álbum de 1986 - Retratos e cançõesEntre nós  e Joga fora, todos da dupla Sullivan & Massadas - ouvidos nas vozes de Moska, do próprio Sullivan com Anayle Lima e do Grupo Benditos, respectivamente. Chuva fina (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1988) -  música menos emblemática, cujo lugar no disco poderia ter sido ocupado por canções mais expressivas de Sulivan & Massadas, como Nem morta (1986) e Deslizes (1988) - cai bem na voz de Zeca Baleiro, intérprete sem fronteiras estéticas. Mas o que não dá mesmo para entender é a reprodução da gravação original de Um dia de domingo (Michael Sullivan & Paulo Massadas) com Gal Costa e Tim Maia se todos os outros registros são inéditos (sem falar que o nome de Tim não é creditado na contracapa). Mesmo assim, com altos e baixos, Mais forte que o tempo cumpre seu objetivo de expor a força de canções que atravessaram gerações, embora tenha sido desvalorizadas pelos críticos e formadores de opinião da época por contrariarem a norma de bom gosto. Canções - verdade seja dita - a quem muitos ídolos da MPB (assustados com a explosão do pop rock brasileiro em 1982) recorreram para se manter nas paradas dos anos 1980. O tempo provou que, mesmo dono de obra esvaziada pela escala industrial de sua produção, Michael Sullivan é autor de melodias já enraizadas na memória brasileira. Mérito que ninguém pode tirar do compositor.

14 comentários:

  1. Prestes a fazer 64 anos, em 9 de março de 2014, Ivanilton de Souza Lima atua há 50 anos no mundo da música. Aos 14, já cantava no Recife (PE), sua cidade natal. Em fins dos anos 1960, o cantor iniciante migrou para o Rio de Janeiro (RJ), se tornou compositor - fazendo sua primeira música em 1968, em parceria com Hyldon - e integrou o grupo Os Selvagens. Mas foi na década de 1970 que, além de fazer parte do conjunto Renato e seus Blue Caps, o cantor e compositor alcançou a fama com o nome artístico de Michael Sullivan. O primeiro sucesso - My life (Michael Sullivan, Richard Lee e Mark, 1976), canção composta em inglês, como mandava a cartilha fonográfica da época - entrou na trilha sonora da novela O casarão (TV Globo, 1976) e estourou nas rádios. Começou ali a escalada de sucesso do compositor que, ao relegar o ofício de cantor a segundo plano, virou o maior donatário das paradas radiofônicas dos anos 1980 ao lado de Paulo Massadas, o parceiro letrista que conheceu em 1979 e com o qual compôs uma série de músicas de fácil adesão popular. Produzido em escala industrial ao longo da década de 1980, para atender a demanda da direção artística da gravadora RCA / BMG-Ariola (leia-se, Miguel Plopschi) e também de outros cantores ávidos por sucessos populares, o cancioneiro de Sullivan & Massadas teve sua qualidade diluída com série de músicas pobres, triviais e esquecíveis. Contudo, um punhado delas resistiu ao tempo por conta de suas melodias fortes e belas. Algumas dessas melhores canções de Sullivan - compostas com Massadas e eventualmente com outros parceiros - ganharam regravações reunidas no CD Mais forte que o tempo, produzido em 2013 para celebrar os 45 anos da obra autoral de Sullivan e os 30 de sucesso da dupla Sullivan & Massadas, cujo primeiro hit, Me dê motivo, é de 1983. Propagado no vozeirão de Tim Maia (1942 - 1998), Me dê motivo reaparece em Mais forte que o tempo em registro refinado de Adriana Calcanhotto em que a voz e o violão da cantora gaúcha se harmonizam com o cello de Jaques Morelenbaum. Apesar da sofisticação da gravação, Calcanhotto ameniza a dor de corno expressada pela letra. Este é o problema do disco: do ponto de vista harmônico, as regravações superam os registros originais, feitos de forma padronizada, seguindo o molde tecnopop dos anos 1980. Só que as interpretações geralmente perdem no confronto com as originais, porque o cancioneiro direto de Sullivan & Massadas normalmente exige cantores que exteriorizam emoções e elevam os tons sem medo de exacerbar - como, por exemplo, Ana Carolina, nome inexplicavelmente fora da seleção de intérpretes de Mais forte que o tempo. My life, por exemplo, soa sem pressão na voz delicada de Sandy. Outro exemplo: em gravação produzida por Christiaan Oyens que destaca o órgão de Leonardo Brandão, Zélia Duncan refina Meu dilema (Michael Sullivan e Leonardo) - sucesso de Fafá de Belém em 1987 - sem levar em conta a alma popular da doída canção. Já Alice Caymmi ombreia a mesma Fafá ao gravar, em momento iluminado, Abandonada (Michael Sullivan e Paulo Sérgio Valle, 1996), último grande sucesso popular da obra de Sullivan. Na contramão da linha cool, a cantora carioca mantém Abandonada em ponto de fervura em gravação que esbanja modernidade com primoroso arranjo vocal que reforça a intensidade do tema. Alice Caymmi é o grande destaque do disco ao lado de Carlinhos Brown, que se tornou parceiro de Sullivan nos anos 2000. O tribalista traz Whisky a go go (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1984) para o universo noturno das atuais baladas em registro eletrônico que preserva o espírito festivo da gravação do grupo carioca Roupa Nova. Aliás, os vocais do Roupa Nova são substituídos pelos vocais de outro emblemático conjunto, Os Cariocas, na regravação de Um sonho a dois (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1986), feita pelos Cariocas com Roberta Sá e Pedro Mariano. Justiça seja feita: em que pese o belo fraseado de Roberta Sá, a música - que tem uma das letras mais melosas e bobas de Massadas - flui com mais naturalidade na gravação de Joanna com o Roupa Nova.

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  2. Nem Ney Matogrosso, com todo seu rigor estilístico, consegue fazer frente a Roberto Carlos quando canta Amor perfeito (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1986), a canção que Claudia Leitte, então à frente do grupo baiano Babado Novo, transformou com êxito em axé music. Em contrapartida, Fernanda Takai é a única que, numa linha cool, consegue fazer bonito, valorizando a melodia sedutora e os versos de Fui eu (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1988), hit na voz do cantor carioca José Augusto. O dueto de Monique Kessous com Fagner em Talismã (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1989) - sucesso do cantor Elson do Forrogode - também se destaca no tributo. Sem medo de se entregar ao espírito kitsch do cancioneiro de Sullivan, Arnaldo Antunes dá voz a Vou fazer você mulher - parceria do compositor com o escritor Paulo Coelho, lançada na voz do próprio Sullivan em disco de 1979 - em gravação turbinada com vocais que reforçam os códigos da canção sentimental brasileira. Já Jorge Vercillo põe floreios e firulas que dão sofisticação harmônica a Nem um toque (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1986) - sucesso da cantora Rosana - sem prejuízo da interpretação. E por falar em interpretação, ao cantar Não vá (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1986), Negra Li provoca saudade do canto caloroso de Sandra de Sá, que tem outros três hits de seu bem-sucedido álbum de 1986 - Retratos e canções, Entre nós e Joga fora, todos da dupla Sullivan & Massadas - ouvidos nas vozes de Moska, do próprio Sullivan com Anayle Lima e do Grupo Benditos, respectivamente. Chuva fina (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1988) - música menos emblemática, cujo lugar no disco poderia ter sido ocupado por canções mais expressivas de Sulivan & Massadas, como Nem morta (1986) e Deslizes (1988) - cai bem na voz de Zeca Baleiro, intérprete sem fronteiras estéticas. Mas o que não dá mesmo para entender é a reprodução da gravação original de Um dia de domingo (Michael Sullivan & Paulo Massadas) com Gal Costa e Tim Maia se todos os outros registros são inéditos (sem falar que o nome de Tim não é creditado na contracapa). Mesmo assim, com altos e baixos, Mais forte que o tempo cumpre seu objetivo de expor a força de canções que atravessaram gerações, embora tenha sido desvalorizadas pelos críticos e formadores de opinião da época por contrariarem a norma de bom gosto. Canções - verdade seja dita - a quem muitos ídolos da MPB (assustados com a explosão do pop rock brasileiro em 1982) recorreram para se manter nas paradas dos anos 1980. O tempo provou que, mesmo dono de obra esvaziada pela escala industrial de sua produção, Michael Sullivan é autor de melodias já enraizadas na memória brasileira. Mérito que ninguém pode tirar do compositor.

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  3. Deveriam ter colocado a gravação da Ana de Um Dia de Domingo com o Celso Fonseca, que já até existia...num registro belíssimo. Isabella Taviani, Ana Carolina, Maria Gady e Filipe Catto renderiam bons registros.

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  4. Então é desse cd que saíram várias das músicas que tenho ouvido em algumas rádios do Rio? A maioria das gravações é bem chocha, algumas irritam muito como Jorge Vercilo cantando Rosana.

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  5. Texto longo demais com muita embromação no início>

    algumas observações :

    Mauro elegeu Alice Caymmi a nova queridinha dele.

    Roberta Sá pelo visto ainda é também queridinha porque ele fala mal da faixa dela mas livra a cara da cantora

    Zélia, outra que ele só elogia também é tratada de forma diferente, faltou coragem pra dizer que ela não chegou lá na música

    senti que faltou coragem também de usar a palavra brega, kitch é o...

    Sandy nunca teve voz pra cantar outro tipo de música, tem que cantar as musiquinhas dela mesmo

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  6. Preguiça do Mauro elogiando essa chata da Alice Caymmi em qualquer coisa que ela faça

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  7. Mauro, Abandonada não foi o último grande sucesso de Michael Sullivan. "Deslizes" que Fagner gravou e estourou nas rádios, por exemplo, é de 1989 do disco Romance no Deserto.

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  8. Mauro, me 'alembrei' de mais.
    Amor bandido, também de Michael e Massadas é de 1986 e estourou mesmo 1987 quando entrou na trilha de Bebê a Bordo, novela das 19h.

    Em 1990, Patrícia Marx que tinha estourado com hits da dupla Festa do amor e Te cuida meu bem em 1986 estourou novamente com Sonhos de amor em 1990. A mesma música foi mais recentemente regravada por Zezé di Camargo e Luciano.

    abços

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  9. Algumas cantoras, realmente, não são tanto, perto do que se considerava cantar a uma década atrás. Dessa Zélia Ducan, por exemplo, não conheço nada relevante. E a passagem do Michael Sullivan (e do Paulo Massadas) pela música Nacional, foi o início de uma doença terminal.

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  10. Há uma diferença gigantesca entre não gostar e desprezar algo relevante na obra de uma artista como Zélia. Só o Eu me transformo em outras vale por toda uma carreira de muitas cantoras que tem por aí, em termos de concepção, arranjo, interpretação e conceito.

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  11. Tambem gostei da gravaçao da Alice Caymmi, cantou sem medo de se entregar.
    Eu jurava que o Sullivan tinha sido integrante do The Fevers, Renato e seus Blue Caps é novidade pra mim.
    Lucio

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  12. Quis dizer: jurava que ele tinha sido integrante so do The Fevers, ter pertencido ao Renato e seus Blue Caps é novidade pra mim.

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  13. No início do ano passado, já havia escutado numa famosa rádio de BH a gravação do Ney para "Amor Perfeito". Tinha achado linda a versão e custei a acreditar que realmente era o Ney, por mais que fosse a voz dele, nunca tinha ouvido falar que ele havia gravado essa canção. Por meses procurei na net e nada... Nada que indicasse quer ele havia gravado essa canção... Tanto que descobri que ele havia realmente gravado a canção, e que foi para esse CD, no fim de janeiro. O mesmo aconteceu comigo em relação a gravação da versão da Fernanda Takai. Há meses escuto essas versões aqui nas rádios de BH.

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