Mauro Ferreira no G1

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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Quarto álbum do Panic! at the Disco sinaliza exaustão com rock artificial

Resenha de CD
Título: Too weird to live, too rare to die!
Artista: Panic! at the Disco
Gravadora: Warner Music
Cotação: * *

Quarto álbum do Panic! at the Disco, Too weird to live, too rare to die! (2013) foi inspirado na cidade norte-americana de Las Vegas (EUA), terra natal desse grupo que faz um rock de plastificada cepa pop punk com ecos do universo emo. Aliás, o título do disco alude à trecho do livro Fear and loathing in Las Vegas (1971), do escritor norte-americano Hunter S. Thompson (1937 - 2005). Contudo, a matéria-prima referencial é mal aproveitada pela banda neste primeiro disco gravado com o baixista Dallon Weekes como integrante oficial. Too weird to live, too rare to die! é álbum irregular, repetitivo. São bem claros os sinais de exaustão do rock do Panic! at the Disco. Sem identidade e sem conceito, o grupo enfileira uma série de rocks dançantes - Vegas lights, Nicotine e Collar full são frutos razoáveis da safra - como se a vida fosse uma festa artificial como os efeitos eletrônicos das faixas e o filtro da voz pelo autotune. No fim do disco, a décima e última música, The end of all things, rompe com o tom festivo do CD e esboça clima de ressaca, soando deslocada. Produzido por Butch Walker, o álbum - justiça seja feita - apresenta pelo menos um grande momento, Girls / girls / boys, instante de luminosidade em CD que rejeita as sombras da discografia anterior do grupo e que abre caminhos e possibilidades para o Panic! at the Disco. Infelizmente, de maneira incipiente.

4 comentários:

Mauro Ferreira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Raphael Coelho disse...

Talvez o "comentário" (digo comentário porque para se fazer crítica são analisados vários aspectos) sobre o álbum teria sido mais feliz se realmente houvesse intenção de fazê-lo. Acredito que verdadeiros críticos musicais fazem pesquisas antes de publicarem seus textos, o que não é o caso aqui presenciado. Nota: Dallon Weekes não é guitarrista, na verdade ele é baixista. (Seria interessante publicar uma errata)
Enfim, cada um tem sua opinião, mas analisando as "credenciais" na descrição do blog, acredito que você tem uma opinião um tanto quanto genérica e que na verdade não te qualifica em nada.

Raphael Coelho disse...

Talvez o "comentário" (digo comentário porque para se fazer crítica são analisados vários aspectos) sobre o álbum teria sido mais feliz se realmente houvesse intenção de fazê-lo. Acredito que verdadeiros críticos musicais fazem pesquisas antes de publicarem seus textos, o que não é o caso aqui presenciado. Nota: Dallon Weekes não é guitarrista, na verdade ele é baixista. (Seria interessante publicar uma errata)
Enfim, cada um tem sua opinião, mas analisando as "credenciais" na descrição do blog, acredito que você tem uma opinião um tanto quanto genérica e que na verdade não te qualifica em nada.

Mauro Ferreira disse...

Grato por sua visão, Raphael, e pelo toque do erro no texto. Como não me considero autoridade de nada e tampouco dono da verdade, gosto de ouvir opiniões divergentes sobre os meus textos e o meu trabalho. Abs, MauroF