Nascido em Paiancó (PB) em 29 de outubro de 1924, o poeta paraibano José Chagas passou por Teresina (PI) antes de ser radicar em São Luís, no Maranhão, a partir de 1948. Foi no Maranhão que Chagas abriu caminho para sua escrita em prosa e verso. E foi por essa vivência maranhense que o cantor e compositor Zeca Baleiro - ilustre filho da terra do tambor de crioula - decidiu celebrar os 90 anos que o poeta vai completar neste ano de 2014, mais precisamente em 29 de outubro, com a produção do disco intitulado A palavra acesa de José Chagas. Editado pelo selo de Baleiro, Saravá Discos, o CD foi produzido pelo cantor juntamente com Celso Borges. A dupla selecionou 12 poemas de Chagas para serem musicados e interpretados por time de cantores e compositores que soma mais de 20 nomes, a maioria da Nação Nordestina. Outros dois poemas - A palafita (do livro Maré memória, de 1973) e Palavra acesa (do livro Os telhados, de 1965) - completam as 14 faixas do tributo, mas já tinham melodias preexistentes, feitas por Fernando Filizola e Toinho Alves (1943 - 2008) para o álbum Até a Amazônia?! (1978), do grupo pernambucano Quinteto Violado. A versão musicada do poema A palafita é ouvida no CD A palavra acesa de José Chagas nas vozes de Lula Queiroga e Silvério Pessoa. Já Palavra acesa ganhou a interpretação do próprio Baleiro, que musicou o poema Noturno nº 2 (do livro Canção da expectativa, de 1955), cantado por Fagner com Susana Travassos. Também da produção feita para o disco, A vida é ciranda ganhou melodia de Josias Sobrinho e a voz de Marcia Castro. Este poema é do livro Os canhões do silêncio (1979), no qual Chagas também apresentou Sobrado, cujos versos foram musicados por seu conterrâneo paraibano Chico César, também o intérprete do tema (em dueto com o cearense Ednardo). Detalhe: o próprio José Chagas recita três poemas no CD ao som de trilhas incidentais compostas por Zeca Baleiro. Suas palavras poéticas continuam acesas.
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Nascido em Paiancó (PB) em 29 de outubro de 1924, o poeta paraibano José Chagas passou por Teresina (PI) antes de ser radicar em São Luís, no Maranhão, a partir de 1948. Foi no Maranhão que Chagas abriu caminho para sua escrita em prosa e verso. E foi por essa vivência maranhense que o cantor e compositor Zeca Baleiro - ilustre filho da terra do tambor de crioula - decidiu celebrar os 90 anos que o poeta vai completar neste ano de 2014, mais precisamente em 29 de outubro, com a produção do disco intitulado A palavra acesa de José Chagas. Editado pelo selo de Baleiro, Saravá Discos, o CD foi produzido pelo cantor juntamente com Celso Borges. A dupla selecionou 12 poemas de Chagas para serem musicados e interpretados por time de cantores e compositores que soma mais de 20 nomes, a maioria da Nação Nordestina. Outros dois poemas - A palafita (do livro Maré memória, de 1973) e Palavra acesa (do livro Os telhados, de 1965) - completam as 14 faixas do tributo, mas já tinham melodias preexistentes, feitas por Fernando Filizola e Toinho Alves (1943 - 2008) para o álbum Até a Amazônia?! (1978), do grupo pernambucano Quinteto Violado. A versão musicada do poema A palafita é ouvida no CD A palavra acesa de José Chagas nas vozes de Lula Queiroga e Silvério Pessoa. Já Palavra acesa ganhou a interpretação do próprio Baleiro, que musicou o poema Noturno nº 2 (do livro Canção da expectativa, de 1955), cantado por Fagner com Susana Travassos. Também da produção feita para o disco, A vida é ciranda ganhou melodia de Josias Sobrinho e a voz de Marcia Castro. Este poema é do livro Os canhões do silêncio (1979), no qual Chagas também apresentou Sobrado, cujos versos foram musicados por seu conterrâneo paraibano Chico César, também o intérprete do tema (em dueto com o cearense Ednardo). Detalhe: o próprio José Chagas recita três poemas no CD ao som de trilhas incidentais compostas por Zeca Baleiro. Suas palavras poéticas continuam acesas.
A poesia de José Chagas é densa e bela... Lembro que era criança quando escutei pela primeira vez "Palavra Acesa" na voz do Quinteto Violado... Fiquei maravilhado com aquela música e até hoje sei ela de cabeça... José Chagas é um dos grandes poetas injustiçados no Brasil. Sou de Minas, porém ele e sua obra é mais conhecida e reverenciada no Nordeste, o que é muito injusto.
Postar um comentário