Mauro Ferreira no G1

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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Carlo adiciona samba e rap ao funk/soul nativo no bom disco solo 'Quartz'

Resenha de CD
Título: Quartz
Artista: Alexandre Carlo 
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * *

O som black feito pelo cantor e compositor brasiliense Alexandre Carlo em seu primeiro álbum solo, Quartz (2013) descende do soul e do funk norte-americanos, na versão traduzida para o idioma brasileiro por pioneiros soulmen nacionais como Cassiano, Hyldon e Tim Maia (1942 - 1998). Essa nobre descendência está entranhada no d.n.a. da balada Comment allez vous (Alexandre Carlo, Marcelo Mira e Analícia Thackray) - de título em francês, mas versos em português - que abre o bom CD individual do vocalista e guitarrista da banda brasiliense de reggae Natiruts. Com suingue que acaba em samba, Venha me encontrar (Alexandre Carlo) - convite a uma vida mais leve e amorosa - explicita o balanço brazuca que pontua boa parte de Quartz, ainda que a matriz rítmica de temas como Eu vim aqui (Alexandre Carlo) seja o soul e o r & b norte-americanos. Dentro da atmosfera black, as presenças dos rappers paulistanos Projota e Rashid em Chelly (Alexandre Carlo e Projota) e em Last night (Alexandre Carlo e Rashid) - respectivamente - soam naturais, já que toda a música negra do universo pop inclui atualmente o mundo cada vez mais poderoso do hip hop. Pregando a receita de bem-viver que pauta Quartz, Só a gente sabe (Alexande Carlo) é samba que soa como conexão de Seu Jorge com a Banda Black Rio. Tava com saudade (Alexandre Carlo) mixa samba com soul de forma azeitada. Conterrânea de Carlo que bebe das mesmas ótimas fontes musicais, a cantora e compositora brasiliense Ellen Oléria reitera a força da raça em Te beijar (Alexandre Carlo). Enfim, com Quartz, Alexandre Carlo rebobina com êxito o som de antecessores como Cláudio Zoli e dá salto evolutivo como compositor, indo além do reggae aguado de seu grupo Natiruts.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

O som black feito pelo cantor e compositor brasiliense Alexandre Carlo em seu primeiro álbum solo, Quartz (2013) descende do soul e do funk norte-americanos, na versão traduzida para o idioma brasileiro por pioneiros soulmen nacionais como Cassiano, Hyldon e Tim Maia (1942 - 1998). Essa nobre descendência está entranhada no d.n.a. da balada Comment allez vous (Alexandre Carlo, Marcelo Mira e Analícia Thackray) - de título em francês, mas versos em português - que abre o bom CD individual do vocalista e guitarrista da banda brasiliense de reggae Natiruts. Com suingue que acaba em samba, Venha me encontrar (Alexandre Carlo) - convite a uma vida mais leve e amorosa - explicita o balanço brazuca que pontua boa parte de Quartz, ainda que a matriz rítmica de temas como Eu vim aqui (Alexandre Carlo) seja o soul e o r & b norte-americanos. Dentro da atmosfera black, as presenças dos rappers paulistanos Projota e Rashid em Chelly (Alexandre Carlo e Projota) e em Last night (Alexandre Carlo e Rashid) - respectivamente - soam naturais, já que toda a música negra do universo pop inclui atualmente o mundo cada vez mais poderoso do hip hop. Pregando a receita de bem-viver que pauta Quartz, Só a gente sabe (Alexande Carlo) é samba que soa como conexão de Seu Jorge com a Banda Black Rio. Tava com saudade (Alexandre Carlo) mixa samba com soul de forma azeitada. Conterrânea de Carlo que bebe das mesmas ótimas fontes musicais, a cantora e compositora brasiliense Ellen Oléria reitera a força da raça em Te beijar (Alexandre Carlo). Enfim, com Quartz, Alexandre Carlo rebobina com êxito o som de antecessores como Cláudio Zoli e dá salto evolutivo como compositor, indo além do reggae aguado de seu grupo Natiruts.