Resenha de CD
Título: Midnight memories
Artista: One Direction
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * 1/2
Vocalista da boyband britânica One Direction, Harry Styles andou declarando que o quinteto já é mais famoso do que o grupo inglês The Beatles. Mesmo com a ressalva feita pelo próprio Styles de que os Fab Four continuam insuperáveis no quesito talento, a declaração joga luz sobre o abismo entre o One Direction e os Beatles - exposto em sua profundidade ao longo das 14 faixas da edição standard do terceiro álbum de estúdio da boyband, Midnight memories (2013), cuja edição expandida (com faixas-bônus) acaba de ser posta no mercado fonográfico brasileiro, neste mês de fevereiro de 2014, pela gravadora Sony Music. A rigor, na primeira metade dos anos 1960, os Beatles também faziam música para adolescentes. Só que já havia ali, sobretudo nas canções de John Lennon (1940 - 1980) e Paul McCartney, um traço de originalidade que inexiste no pop fabricado do One Direction. Para o que se propõe, Midnight memories é um disco eficiente, ficando no mesmo nível de seu antecessor Take me home (2012). A menos que alguém considere as guitarras e a pressão roqueira da música-título Midnight memories - de refrão potente à moda do grupo inglês Queen - um sinal de crescimento ou maturidade do One Direction. As guitarras também se fazem ouvir em Little black dress sem alterar o status pop do disco, que versa sobre amores e dilemas adolescentes de garotos na faixa dos 20 anos. Para quem procura música para adolescentes, o álbum oferece munição certeira para as paradas. Best song ever é o pop teen perfeito - tanto que a música foi escolhida para ser o primeiro single do álbum. Fórmula seguida à risca em Little white lies, um outro hit em potencial. A dose alta de baladas - como a romântica You and I e Story of my life (de moldura acústica) - ajuda o disco a atingir o ponto ideal de satisfação para as garotas, que são seu público-alvo preferencial. Enfim, por mais que as músicas tenham eventualmente um brilho pop individual, Midnight memories é em essência um disco artificial como a boyband formada em 2010, ao fim da sétima temporada do programa de TV X-Factor, com a reunião de cinco garotos ingleses e irlandeses que soam distantes anos-luz da importância dos Beatles. Afinal, eles podem até ter a fama global dos Fab Four (turbinada por redes sociais, diga-se), só que não têm a chama criativa que alimenta os verdadeiros artistas.
Vocalista da boyband britânica One Direction, Harry Styles andou declarando que o quinteto já é mais famoso do que o grupo inglês The Beatles. Mesmo com a ressalva feita pelo próprio Styles de que os Fab Four continuam insuperáveis no quesito talento, a declaração joga luz sobre o abismo entre o One Direction e os Beatles - exposto em sua profundidade ao longo das 14 faixas da edição standard do terceiro álbum de estúdio da boyband, Midnight memories (2013), cuja edição expandida (com faixas-bônus) acaba de ser posta no mercado fonográfico brasileiro, neste mês de fevereiro de 2014, pela gravadora Sony Music. A rigor, na primeira metade dos anos 1960, os Beatles também faziam música para adolescentes. Só que já havia ali, sobretudo nas canções de John Lennon (1940 - 1980) e Paul McCartney, um traço de originalidade que inexiste no pop fabricado do One Direction. Para o que se propõe, Midnight memories é um disco eficiente, ficando no mesmo nível de seu antecessor Take me home (2012). A menos que alguém considere as guitarras e a pressão roqueira da música-título Midnight memories - de refrão potente à moda do grupo inglês Queen - um sinal de crescimento ou maturidade do One Direction. As guitarras também se fazem ouvir em Little black dress sem alterar o status pop do disco, que versa sobre amores e dilemas adolescentes de garotos na faixa dos 20 anos. Para quem procura música para adolescentes, o álbum oferece munição certeira para as paradas. Best song ever é o pop teen perfeito - tanto que a música foi escolhida para ser o primeiro single do álbum. Fórmula seguida à risca em Little white lies, outro hit em potencial. A dose alta de baladas - como a romântica You and I e Story of my life (de moldura acústica) - ajuda o disco a atingir o ponto ideal de satisfação para as garotas, que são seu público-alvo preferencial. Enfim, por mais que as músicas tenham eventualmente um brilho pop individual, Midnight memories é em essência um disco artificial como a boyband formada em 2010, ao fim da sétima temporada do programa de TV X-Factor, com a reunião de cinco garotos ingleses e irlandeses que soam distantes anos-luz da importância dos Beatles. Afinal, eles podem até ter a fama global dos Fab Four (turbinada por redes sociais, diga-se), só que não têm a chama criativa que alimenta os verdadeiros artistas.
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