Gênio do violão, instrumento do qual recebeu as primeiras lições do pai, Francisco Sanchez Gomez (21 de dezembro de 1947 - 26 de fevereiro de 2014) - o músico espanhol conhecido no universo pop como Paco de Lucía - sai hoje de cena, mas fica seu legado inestimável. Lucía expandiu os limites do flamenco, arejando e globalizando o gênero que lhe deu fama, prestígio e reconhecimento em escala mundial. O músico - que saiu de cena no México, aos 66 anos, vítima de enfarte - revitalizou o flamenco ao misturá-lo com o jazz, com o blues, com a música clássica e até com a brasileiríssima bossa nova. Iniciada em 1958, quando o músico tinha apenas 11 anos, a carreira de Lucía alcançou pico de popularidade e aclamação nos anos 1970 quando estava unido ao cantor e músico espanhol Camaron de la Isla (1950 - 1992), em associação iniciada em 1968 que rendeu álbuns como El duende flamenco (1972) e Fuente y caudal (1973). Mas, a rigor, o músico já começara a chamar atenção em 1967 com a edição do álbum La fabulosa guitarra de Paco de Lucía. Nas décadas de 1980 e 1990, Lucía gravou discos com o guitarrista inglês de jazz John McLaughlin. A sós ou em boas companhias, o violonista espanhol encantou o mundo com sua técnica perfeita, com sua fluência no toque do instrumento e com sua capacidade de testar os limites do flamenco com genuíno sentimento de adoração pelo gênero que o projetou. Um sentimento que irmanou Paco de Lucía com os maiores bluesmen. Para esse gênio do violão, gigante imortal da música espanhola, o flamenco foi como o blues: uma música tocada com alma, pela necessidade humana de sobreviver à vida.
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3 comentários:
Gênio do violão, instrumento do qual recebeu as primeiras lições do pai, Francisco Sanchez Gomez (21 de dezembro de 1947 - 26 de fevereiro de 2014) - o músico espanhol conhecido no universo pop como Paco de Lucía - sai hoje de cena, mas fica seu legado inestimável. Lucía expandiu os limites do flamenco, arejando e globalizando o gênero que lhe deu fama, prestígio e reconhecimento em escala mundial. O músico - que saiu de cena no México, aos 66 anos, vítima de enfarte - revitalizou o flamenco ao misturá-lo com o jazz, com o blues, com a música clássica e até com a brasileiríssima bossa nova. Iniciada em 1958, quando o músico tinha apenas 11 anos, a carreira de Lucía alcançou pico de popularidade e aclamação nos anos 1970 quando estava unido ao cantor e músico espanhol Camaron de la Isla (1950 - 1992), em associação iniciada em 1968 que rendeu álbuns como El duende flamenco (1972) e Fuente y caudal (1973). Mas, a rigor, o músico já começara a chamar atenção em 1967 com a edição do álbum La fabulosa guitarra de Paco de Lucía. Nas décadas de 1980 e 1990, Lucía gravou discos com o guitarrista inglês de jazz John McLaughlin. A sós ou em boas companhias, o violonista espanhol encantou o mundo com sua técnica perfeita, com sua fluência no toque do instrumento e com sua capacidade de testar os limites do flamenco com genuíno sentimento de adoração pelo gênero que o projetou. Um sentimento que irmanou Paco de Lucía com os maiores bluesmen. Para esse gênio do violão, gigante imortal da música espanhola, o flamenco foi como o blues: uma música tocada com alma, pela necessidade humana de sobreviver à vida.
Se não me engano Paco toca na música "Oceano", de Djavan, certo?
Grande perda para a música!
Leandro
Seu solo de violão em "Oceano" e o duo com Raphael Rabello em "Samba do avião" são imperdíveis.
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