segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Martinho reúne no CD 'Enredo' sambas que fez para Vila e Boca do Mato

Com capa assinada pelo artista plástico Elifas Andreato, o 46º álbum de Martinho da Vila, Enredo, vai ser lançado neste mês de fevereiro de 2014 pela gravadora Biscoito Fino. Em 14 faixas, o disco agrega 16 sambas de enredo criados pelo compositor fluminense para as escolas de samba cariocas Aprendizes da Boca do Mato e Unidos de Vila Isabel. Grande samba enredo defendido pela Vila Isabel no Carnaval de 1972, Onde o Brasil aprendeu a liberdade é a faixa escolhida para promover o CD, que deu origem a DVD. Martinho explica o conceito de Enredo em texto postado no site oficial da gravadora Biscoito Fino. Com a palavra, Martinho da Vila:

"Muitas músicas por mim criadas, e não gravadas, se perderam. Lembro-me apenas de trechos. Exercitando a memória, me veio à mente algumas por inteiro e resolvi armazená-las em uma pasta, no computador. Comecei pelos sambas de terreiro que fiz para os ensaios da extinta escola de samba Aprendizes da Boca do Mato – Mate quente, Endereço, Sou esquisito, Samba do larará, Cartão de visita, Planalto Central, Diacuí, Vida na roça...

Dos 7 sambas de enredo meus de desfiles da Boca do Mato, só consigo cantar 4 e, da Vila Isabel, também já não me recordava totalmente de 2 que não desfilaram - No doce embalo de um sonho e De alegria pulei, de alegria cantei.
Tive a ideia de fazer um CD autoral, com todos os sambas citados, mas decidi deixar os “de terreiro” só no arquivo e gravar os “de enredo” que fiz. Constam do projeto 24 composições, todas de minha autoria, algumas com parceiros. 

Carlos Gomes, que abre o disco, foi o meu primeiro samba enredo, na Aprendizes da Boca do Mato, e A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo, campeão de 2013, o meu último pela Unidos de Vila Isabel. Em princípio, ia fazer um registro simples, só com violão, cavaquinho e percussão, mas, graças aos arranjadores Rildo Hora, Leonardo Bruno, Ivan Paulo, Wanderson Martins e a filha Maíra Freitas, o projeto evoluiu. Uma plêiade de músicos de primeira linha foi arregimentada e Analimar coordenou o coro formado pelos vocalistas Patrícia Horta, Juçara Lourenço, Ari Bispo e Ronaldo Barcellos, acrescidos dos netos Raoni e Dandara. A gravação no estúdio Fibra, chefiada pelo competente Luiz Carlos T. Reis, resultou em uma festa e o Celso Luiz foi o meu braço direito na produção.

Convoquei a minha prole profissional, da música, para cantar pra mim. Mart´nália, Analimar e Martinho Tonho não cantam juntos há muito tempo. Formados como um trio que eu batizei de Trinca Própria, não chegaram ao disco, mas se apresentaram no Festival dos Festivais da TV Globo, defenderam sambas meus em disputas na Vila (Raízes e Gbala) e os puxaram na avenida dos desfiles. Estão presentes em 2 faixas duplas. Juju Ferreirah interpretou uma faixa com três clássicos e Tunico da Vila colocou voz em uma com dois sambas, um inédito e outro desconhecido. A filha pianista, além dos arranjos, cantou, em Raízes, o samba sem rimas que leva o seu nome – Maíra. Duelei com ela, soltei o gogó na metade do disco e tive a honra de poder cantar com Alcione e Beth Carvalho.

Para completar minha alegria, o compadre Elifas Andreato, meu artista plástico preferido, criou os invólucros. A Kati Braga da Biscoito Fino é parceira. Primeiro lança o CD, em fevereiro, e depois do carnaval o DVD, este um trabalho diferenciado que está sendo preparado pelos competentes Sandro Arieta e Tiago Marreiro, com Ilustrações criada pelo Matheus Dias". Martinho da Vila

3 comentários:

  1. Com capa assinada pelo artista plástico Elifas Andreato, o 44º álbum de Martinho da Vila, Enredo, vai ser lançado neste mês de fevereiro de 2014 pela gravadora Biscoito Fino. Em 14 faixas, o disco agrega 16 sambas de rendo criados pelo compositor fluminense para as escolas de samba cariocas Aprendizes da Boca do Mato e Unidos de Vila Isabel. Grande samba defendido pela Vila Isabel no Carnaval de 1972, Onde o Brasil aprendeu a liberdade é a faixa escolhida para promover o CD, que deu origem a DVD. Martinho explica o conceito de Enredo em texto postado no site oficial da gravadora Biscoito Fino. Com a palavra, Martinho da Vila:

    "Muitas músicas por mim criadas, e não gravadas, se perderam. Lembro-me apenas de trechos. Exercitando a memória, me veio à mente algumas por inteiro e resolvi armazená-las em uma pasta, no computador. Comecei pelos sambas de terreiro que fiz para os ensaios da extinta escola de samba Aprendizes da Boca do Mato – Mate quente, Endereço, Sou esquisito, Samba do larará, Cartão de visita, Planalto Central, Diacuí, Vida na roça...

    Dos 7 sambas de enredo meus de desfiles da Boca do Mato, só consigo cantar 4 e, da Vila Isabel, também já não me recordava totalmente de 2 que não desfilaram - No doce embalo de um sonho e De alegria pulei, de alegria cantei.
    Tive a ideia de fazer um CD autoral, com todos os sambas citados, mas decidi deixar os “de terreiro” só no arquivo e gravar os “de enredo” que fiz. Constam do projeto 24 composições, todas de minha autoria, algumas com parceiros.

    Carlos Gomes, que abre o disco, foi o meu primeiro samba enredo, na Aprendizes da Boca do Mato, e A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo, campeão de 2013, o meu último pela Unidos de Vila Isabel. Em princípio, ia fazer um registro simples, só com violão, cavaquinho e percussão, mas, graças aos arranjadores Rildo Hora, Leonardo Bruno, Ivan Paulo, Wanderson Martins e a filha Maíra Freitas, o projeto evoluiu. Uma plêiade de músicos de primeira linha foi arregimentada e Analimar coordenou o coro formado pelos vocalistas Patrícia Horta, Juçara Lourenço, Ari Bispo e Ronaldo Barcellos, acrescidos dos netos Raoni e Dandara. A gravação no estúdio Fibra, chefiada pelo competente Luiz Carlos T. Reis, resultou em uma festa e o Celso Luiz foi o meu braço direito na produção.

    Convoquei a minha prole profissional, da música, para cantar pra mim. Mart´nália, Analimar e Martinho Tonho não cantam juntos há muito tempo. Formados como um trio que eu batizei de Trinca Própria, não chegaram ao disco, mas se apresentaram no Festival dos Festivais da TV Globo, defenderam sambas meus em disputas na Vila (Raízes e Gbala) e os puxaram na avenida dos desfiles. Estão presentes em 2 faixas duplas. Juju Ferreirah interpretou uma faixa com três clássicos e Tunico da Vila colocou voz em uma com dois sambas, um inédito e outro desconhecido. A filha pianista, além dos arranjos, cantou, em Raízes, o samba sem rimas que leva o seu nome – Maíra. Duelei com ela, soltei o gogó na metade do disco e tive a honra de poder cantar com Alcione e Beth Carvalho.


    Para completar minha alegria, o compadre Elifas Andreato, meu artista plástico preferido, criou os invólucros. A Kati Braga da Biscoito Fino é parceira. Primeiro lança o CD, em fevereiro, e depois do carnaval o DVD, este um trabalho diferenciado que está sendo preparado pelos competentes Sandro Arieta e Tiago Marreiro, com Ilustrações criada pelo Matheus Dias". Martinho da Vila

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  2. Esse cd deve estar muito bom, mas pensava que ao invés da Dona Alcione quem seria convidada era Simone, como divulgado antes. Aliás, Beth e Simone são as duas maiores intérpretes de Martinho da Vila.

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  3. Que ótima noticia,Mestre Martinho profundo conhecedor de sambas enredo e bateria. Sambista de primeira.

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