segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O sol brilha para Beck na bela onda de melancolia folk de 'Morning phase'

Resenha de CD
Título: Morning phase
Artista: Beck
Gravadora: Capitol Records
Cotação: * * * *

Há luz no fim do túnel que conduz Morning phase - o 12º álbum de estúdio de Beck, lançado oficialmente nesta segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014 - ao seu longínquo antecessor Sea change (2002), o melancólico álbum de espírito folk que serenizou o som do cantor e compositor norte-americano. Primeiro álbum do artista desde Modern guilt (2008), miscigenado disco lançado já há seis anos,  Morning phase mostra que o sol também brilha para Beck entre cordas e camadas que formam a onda psicodélica de Wave, um dos pontos mais altos da inspirada safra de inéditas autorais do disco. O violão introduz e conduz canções como Don't let it go e Country down (música gravada, como sugere seu nome, com acento country aditivado pelo solo de uma gaita), mas não reina sozinho. As cordas orquestradas pelo pai do artista, David Richard Campbell, encorpam o som do álbum e atingem picos de beleza nas faixas-vinhetas instrumentais como Cycle - pequeno grande tema que abre o CD com 40 segundos - e Phase. No mercado fonográfico desde 1993, ano em que editou no formato de cassete seu obscuro álbum de estreia Golden feelings, o camaleônico Beck sempre transitou eventualmente pelo universo folk. Morning phase se impõe dentro desse universo particular do artista, soando brilhante ao conciliar luzes e sombras em repertório cheio de gemas. Waking light e Unforgiven pairam acima de quaisquer comparações com suas majestosas molduras orquestrais. Já Heart is a drum se diferencia no disco pela harmonização dos vocais que remetem ao som do quarteto norte-americano de folk rock Crosby, Stills, Nash & Young. Say goodbye trata a despedida sem peso, evidenciando que o teor melancólico de Morning phase é menor do que o de Sea change. Por mais que o formato desses dois álbuns sejam similares, Beck Hansen já é outro, como já sinalizara o primeiro single de Morning phase, Blue moon, lançado em janeiro. Seja como for, o que importa mesmo é que este 12º álbum de estúdio representa (outro) pico de inspiração na discografia do artista. Morning phase tem luz própria.

Um comentário:

  1. Há luz no fim do túnel que conduz Morning phase - o 12º álbum de estúdio de Beck, lançado oficialmente nesta segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014 - ao seu longínquo antecessor Sea change (2002), o melancólico álbum de espírito folk que serenizou o som do cantor e compositor norte-americano. Primeiro álbum do artista desde Modern guilt (2008), miscigenado disco lançado já há seis anos, Morning phase mostra que o sol também brilha para Beck entre cordas e camadas que formam a onda psicodélica de Wave, um dos pontos mais altos da inspirada safra de inéditas autorais do disco. O violão introduz e conduz canções como Don't let it go e Country down (música gravada, como sugere seu nome, com acento country aditivado pelo solo de uma gaita), mas não reina sozinho. As cordas orquestradas pelo pai do artista, David Richard Campbell, encorpam o som do álbum e atingem picos de beleza nas faixas-vinhetas instrumentais como Cycle - pequeno grande tema que abre o CD com 40 segundos - e Phase. No mercado fonográfico desde 1993, ano em que editou no formato de cassete seu obscuro álbum de estreia Golden feelings, o camaleônico Beck sempre transitou eventualmente pelo universo folk. Morning phase se impõe dentro desse universo particular do artista, soando brilhante ao conciliar luzes e sombras em repertório cheio de gemas. Waking light e Unforgiven pairam acima de quaisquer comparações com suas majestosas molduras orquestrais. Já Heart is a drum se diferencia no disco pela harmonização dos vocais que remetem ao som do quarteto norte-americano de folk rock Crosby, Stills, Nash & Young. Say goodbye trata a despedida sem peso, evidenciando que o teor melancólico de Morning phase é menor do que o de Sea change. Por mais que o formato desses dois álbuns sejam similares, Beck Hansen já é outro, como já sinalizara o primeiro single de Morning phase, Blue moon, lançado em janeiro. Seja como for, o que importa mesmo é que este 12º álbum de estúdio representa (outro) pico de inspiração na discografia do artista. Morning phase tem luz própria.

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