Nem a heroica tentativa do pesquisador carioca Rodrigo Faour de fazer o Brasil lembrar da voz de Rosana Toledo (29 de setembro de 1934 - 9 de fevereiro de 2014) - através da produção de coletânea dedicada à esquecida cantora mineira na série Super divas, editada em 2012 pela gravadora EMI Music - evitou que a saída de cena da intérprete no Rio de Janeiro (RJ), aos 79 anos, tenha transcorrido sem repercussão na mídia. Batizada Maria da Conceição Toledo, Rosana formou na virada dos anos 1940 para os 1950 o duo Irmãs Toledo com a mana Maria Helena. A dupla se fez ouvir nas rádios de Belo Horizonte (MG) até 1955, ano em que Rosana iniciou carreira solo. A estreia em disco aconteceu em 1957 com a edição, via Polydor, de disco de 78 rotações que trouxe uma das primeiras gravações da valsa Chove lá fora, sucesso do modernista cantor e compositor mineiro Tito Madi. Com timbre semelhante ao da cantora paulista Maysa (1936 - 1977), Rosana gravou discos de 1957 a 1964, período em que deu voz a músicas de compositores associados à Bossa Nova. Tinha voz aconchegante, como sentenciou o título de seu primeiro álbum, A voz acariciante de Rosana (Odeon, 1960), ao qual se seguiram - entre discos de 78 rotações e compactos - Sorriso e lágrimas (RCA-Victor, 1961), ... E a vida continua (RGE, 1963), A voz do amor (RGE, 1963) e Momento novo (Philips, 1964). Após este álbum, a cantora abandonou a carreira e, pelo que deixou entrever na entrevista concedida a Rodrigo Faour durante a produção da coletânea Super Divas, seu indomado temperamento artístico destoava da vivência de época em que as cantoras eram geralmente guiadas por gravadoras. O que gerou o esquecimento de Rosana Toledo pelo Brasil.
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Nem a heroica tentativa do pesquisador carioca Rodrigo Faour de fazer o Brasil lembrar da voz de Rosana Toledo (29 de setembro de 1934 - 9 de fevereiro de 2014) - através da produção de coletânea dedicada à esquecida cantora mineira na série Super divas, editada em 2012 pela gravadora EMI Music - evitou que a saída de cena da intérprete no Rio de Janeiro (RJ), aos 79 anos, tenha transcorrido sem repercussão na mídia. Batizada Maria da Conceição Toledo, Rosana formou na virada dos anos 1940 para os 1950 o duo Irmãs Toledo com a mana Maria Helena. A dupla se fez ouvir nas rádios de Belo Horizonte (MG) até 1955, ano em que Rosana iniciou carreira solo. A estreia em disco aconteceu em 1957 com a edição, via Polydor, de disco de 78 rotações que trouxe uma das primeiras gravações da valsa Chove lá fora, sucesso do modernista cantor e compositor mineiro Tito Madi. Com timbre semelhante ao da cantora paulista Maysa (1936 - 1977), Rosana gravou discos de 1957 a 1964, período em que deu voz a músicas de compositores associados à Bossa Nova. Tinha voz aconchegante, como sentenciou o título de seu primeiro álbum, A voz acariciante de Rosana (Odeon, 1960), ao qual se seguiram - entre discos de 78 rotações e compactos - Sorriso e lágrimas (RCA-Victor, 1961), ... E a vida continua (RGE, 1963), A voz do amor (RGE, 1963) e Momento novo (Philips, 1964). Após este álbum, a cantora abandonou a carreira e, pelo que deixou entrever na entrevista concedida a Rodrigo Faour durante a produção da coletânea Super Divas, seu indomado temperamento artístico destoava da vivência de época em que as cantoras eram geralmente guiadas por gravadoras. O que gerou o esquecimento de Rosana Toledo pelo Brasil.
Ressalte-se também que Rosana Toledo era uma mulher muito bonita.
Grande cantora daqui de Minas, morreu esquecida pela mídia e pelo público. Uma lástima que uma cantora do grande porte dela não gravava um disco há mais de 50 anos. Deveria estar na ativa até hoje, mas infelizmente as gravadoras não souberam vaorizar o seu talento, deixando-a no total ostracismo.
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