Vivência paulistana de Bruno Batista gera segundo álbum do artista, 'Lá'

Por mais que o samba torto Ela vai chegar e a canção É que você tem representem instantes de delicadeza romântica no segundo álbum de Bruno Batista, tal delicadeza é envolta pela urgência que pauta as onze músicas autorais de Lá, CD lançado neste ano de 2014, mas gravado em 2013. Lá é fruto da vivência paulistana deste cantor e compositor pernambucano, nascido no Recife (PE), mas criado em Teresina (PE) e São Luís (MA) antes de migrar para a cidade de São Paulo (SP) em 2011, ado em que Batista lançou seu primeiro álbum, Eu não sei sofrer em inglês, produzido pelo baterista Guilherme Kastrup e Chico Salém. Típico disco em que a sonoridade alcança dimensão maior do que as canções em si, Lá foi formatado pelo mesmo Kastrup, mas, desta vez, em parceria com o guitarrista Rovilson Pascoal. Matador, Incêndio e e Eu não volto mais aqui são músicas que retratam o fervilhante clima urbano no qual o artista ambientou o repertório de Lá. Presença recorrente no disco, a cantora Dandara Modesto dá voz (modesta) a músicas como a canção 18 Nuvens e Pois, Zé - samba cujo título evoca o nome de samba da safra inicial do cantor e compositor carioca Gonzaguinha (1945 - 1991), Pois é, Seu Zé (1973). A banda arregimentada para o álbum inclui Rodrigo Campos em várias guitarras e no cavaquinho. Lá, na geografia musical de Bruno Batista, é São Paulo (SP).