Resenha de EP
Título: Eu sou a maré viva
Artista: Fresno
Gravadora: Edição independente do artista
Cotação: * * * *
Desde que o Fresno decretou sua independência e se libertou dos padrões radiofônicos da música formatada pelo produtor Rick Bonadio, o grupo gaúcho somente tem ganhado peso e relevância na cena pop brasileira. De disco em disco, o rock da banda vem se aproximando do alto nível do som do único álbum de Beeshop, projeto solo do vocalista e guitarrista Lucas Silveira. EP com cinco músicas inéditas, recém-lançado pelo Fresno de forma independente, Eu sou a maré viva consolida a virada do quarteto e reitera a evolução crescente do grupo, nítida desde a edição do EP digital Cemitério das boas intenções (2011). Décimo-primeiro título da discografia do Fresno, o disco é o primeiro gravado pela banda com o baterista Thiago Guerra, recrutado em agosto de 2013 para ocupar o lugar deixado vago com a saída (amigável) de Rodrigo Ruschell. E o fato é que a maré parece ter virado a favor do Fresno com este EP que, por ter somente cinco músicas, soa mais coeso do que o último álbum do grupo, Infinito (2012). As letras são contundentes, oscilando entre o lirismo épico - detectado em Icarus (Lucas Silveira, Gustavo Mantovani, Mario Camelo e Thiago Guerra), rock que fecha o disco na pressão - e a crítica social, mote de Manifesto (Lucas Silveira e Emicida). Grande destaque do EP, inclusive por conta da letra escrita com versos incômodos como “A gente finge que vive até o dia de morrer / E espera a hora da morte pra se arrepender... de tudo”, Manifesto é rock gravado com os vocais do cantor pernambucano Lenine e aditivado com o rap do paulistano Emicida. A junção de três artistas de universos musicais distintos soa natural. Com ecos de progressivo no arremate épico da faixa, o rock À prova de balas (Lucas Silveira, Gustavo Mantovani, Mario Camelo e Thiago Guerra) abre o EP, apontando o apuro instrumental da gravação das cinco músicas deste disco que dá literalmente peso ao som roqueiro do Fresno. Completam o repertório duas power baladas, Eu sou a maré viva (Lucas Silveira) e O único a perder (Lucas Silveira), de versos fortes que provam que o Fresno tem muito a dizer. Somente não ouve quem - por pré-conceito! - se recusa a perceber o crescimento do grupo...
Desde que o Fresno decretou sua independência e se libertou dos padrões radiofônicos da música formatada pelo produtor Rick Bonadio, o grupo gaúcho somente tem ganhado relevância na cena pop brasileira. De disco em disco, o rock da banda vem se aproximando do alto nível do som do único álbum de Beeshop, projeto solo do vocalista e guitarrista Lucas Silveira. EP com cinco músicas inéditas, recém-lançado pelo Fresno de forma independente, Eu sou a maré viva consolida a virada do quarteto e reitera a evolução crescente do grupo, nítida desde a edição do EP digital Cemitério das boas intenções (2011). Décimo-primeiro título da discografia do Fresno, o disco é o primeiro gravado pela banda com o baterista Thiago Guerra, recrutado em agosto de 2013 para ocupar o lugar deixado vago com a saída (amigável) de Rodrigo Ruschell. E o fato é que a maré parece ter virado a favor do Fresno com este EP que, por ter somente cinco músicas, soa mais coeso do que o último álbum do grupo, Infinito (2012). As letras são contundentes, oscilando entre o lirismo épico - detectado em Icarus (Lucas Silveira, Gustavo Mantovani, Mario Camelo e Thiago Guerra), rock que fecha o disco na pressão - e a crítica social, mote de Manifesto (Lucas Silveira e Emicida). Grande destaque do EP, inclusive por conta da letra escrita com versos incômodos como “A gente finge que vive até o dia de morrer / E espera a hora da morte pra se arrepender... de tudo”, Manifesto é rock gravado com os vocais do cantor pernambucano Lenine e aditivado com o rap do paulistano Emicida. A junção de três artistas de universos musicais distintos soa natural. Com ecos de progressivo no arremate épico da faixa, o rock À prova de balas (Lucas Silveira, Gustavo Mantovani, Mario Camelo e Thiago Guerra) abre o EP, apontando o apuro instrumental da gravação das cinco músicas deste disco que dá literalmente peso ao som do Fresno.Completam o repertório duas power baladas, Eu sou a maré viva (Lucas Silveira) e O único a perder (Lucas Silveira), de versos fortes que provam que o Fresno tem muito a dizer. Somente não ouve quem - por pré-conceito! - se recusa a perceber o crescimento do grupo...
ResponderExcluirótimo texto, mas o Lucas não é gaúcho !
ExcluirEduardo, eu não disse que o Lucas era gaúcho no texto. Gaúcho é o grupo, surgido em Porto Alegre. Abs, MauroF
ResponderExcluirO Fresno evoluiu muito, embora eu não goste da voz do Lucas. Ainda bem que a música é formada por um conjunto de elementos, e não só pela voz.
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