sexta-feira, 9 de maio de 2014

'Bailar en la cueva' joga Drexler na pista com elegância, poesia e eco folk

Resenha de CD
Título: Bailar en la cueva
Artista: Jorge Drexler
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * * 1/2

Jorge Drexler se joga na pista em Bailar la cueva, décimo álbum do cantautor uruguaio. Mas a dança do artista é elegante. No disco de inéditas gravado entre Bogotá (Colômbia) e Madrid (Espanha), Drexler cai na pista sem os clichês do pop dance e com sagazes conexões com ritmos da América do Sul. Se a cantora chilina Anite Tijoux insere rap em Universos paralelos (Jorge Drexler), Bolívia - faixa cantada por Drexler com o compositor brasileiro Caetano Veloso - celebra o único país que acolheu os avôs do artista, vindos da Europa em fuga do nazismo. De modo geral, as letras estão mais concisas e diretas, mas sem perda da poesia, como atestam os versos de La luna de rasquí (Jorge Drexler), a mais sedutora das faixas dançantes. Só que o baile na caverna não evita temas do cotidiano. Em Data data (Jorge Drexler, Bem Sidran e Leo Sidran) e em La plegaria del paparazzo (Jorge Drexler), o cantautor versa sobre a busca incessante do ser humano para ser e fazer notícia na web na era dos selfies e dos flashes invasivos. Acima dos versos, contudo, paira a inspiração melódica de Drexler, evidenciada em boas músicas como Todo cae  (Jorge Drexler) e La noche no es una ciencia exacta (Jorge Drexler), faixa cuja bela arquitetura desencava a raiz folk do cancioneiro desse compositor projetado mundialmente em 2005 quando sua canção Al otro lado del río - composta para a trilha sonora do filme Diários de motocicleta (2004) - foi laureada com o prêmio de Melhor canção original no Oscar de 2005. No fim, a delicadeza com Bailar en la cueva borda Organdí (Jorge Drexler) explicita que a dança também é romântica. 

5 comentários:

  1. Jorge Drexler se joga na pista em Bailar la cueva, décimo álbum do cantautor uruguaio. Mas a dança do artista é elegante. No disco de inéditas gravado entre Bogotá (Colômbia) e Madrid (Espanha), Drexler cai na pista sem os clichês do pop dance e com sagazes conexões com ritmos da América do Sul. Se a cantora chilina Anite Tijoux insere rap em Universos paralelos (Jorge Drexler), Bolívia - faixa cantada por Drexler com o compositor brasileiro Caetano Veloso - celebra o único país que acolheu os avôs do artista, vindos da Europa em fuga do nazismo. De modo geral, as letras estão mais concisas e diretas, mas sem perda da poesia, como atestam os versos de La luna de rasquí (Jorge Drexler), a mais sedutora das faixas dançantes. Só que o baile na caverna não evita temas do cotidiano. Em Data data (Jorge Drexler, Bem Sidran e Leo Sidran) e em La plegaria del paparazzo (Jorge Drexler), o cantautor versa sobre a busca incessante do ser humano para ser e fazer notícia na web na era dos selfies e dos flashes invasivos. Acima dos versos, contudo, paira a inspiração melódica de Drexler, evidenciada em boas músicas como Todo cae (Jorge Drexler) e La noche no es una ciencia exacta (Jorge Drexler), faixa cuja bela arquitetura desencava a raiz folk do cancioneiro desse compositor projetado mundialmente em 2005 quando sua canção Al otro lado del río - composta para a trilha sonora do filme Diários de motocicleta (2004) - foi laureada com o prêmio de Melhor canção original no Oscar de 2005. No fim, a delicadeza com Bailar en la cueva borda Organdí (Jorge Drexler) explicita que a dança também é romântica.

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  2. Eu gostei do disco. E acho que Drexler vem se tornando cada vez mais "abrasileirado" em suas canções.

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  3. No começo foi muito difícil pra mim se acostumar com a nova fase, mais dançante! Depois de músicas tão mais lentas que sempre me inspiraram muito.. mas depois viciei! Rsr

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