Título: Ghost stories
Artista: Coldplay
Gravadora: Parlophone Records / Warner Music
Cotação: * * *
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
Este é um espaço democrático para a emissão de opiniões, sobretudo as divergentes. Contudo, qualquer comentário feito com agressividade ou ofensas - dirigidas a mim, aos artistas ou aos leitores do blog - será recusado. Grato pela participação, Mauro Ferreira
P.S.: Para comentar, é preciso ter um gmail ou qualquer outra conta do google.
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.
Esqueça a euforia que pontuou músicas como Viva la vida (2008) e Paradise (2011), moldando o som do Coldplay para as arenas. Com nove músicas inéditas assinadas pelos quatro músicos do grupo britânico (Chris Martin, Guy Berryman, Jonny Buckland e Will Champion), Ghost stories - sexto álbum de estúdio da banda, lançado neste mês de maio de 2014 - devolve ao Coldplay uma melancolia que remete ao início de sua discografia. A tristeza é senhora porque - bem no início da gravação do álbum - o vocalista Chris Martin se separou da atriz norte-americana Gwyneth Paltrow. Assunto de faixas como Another's arms (canção pontuada pelos vocais diáfanos da cantora inglesa Jane Weaver) e True love (canção de versos triviais), a dor de amor é expiada em Ghost stories. Só que a expiação é mais rasa. Sem a densidade dos primeiros melancólicos álbuns do grupo, caso de A rush of blood to the head (2002), Ghost stories se revela título menor na discografia do Coldplay. Musicalmente, o cinzento álbum resultou fortemente eletrônico. Aliás, a trama de sintetizadores que encorpa Midnight merece menção honrosa. Estrategicamente eleito o primeiro single oficial do álbum, Magic se impõe como a música em si mais interessante de CD que evoca a ambient music de Brian Eno na faixa de abertura, Always in my head. Ink é outro destaque de repertório povoado por baladas como Oceans. Dentro dessa atmosfera melancólica, A sky full of stars cumpre a função de animar disco de energia baixa. Com Tim Bergling na coautoria, a música joga Ghost stories na pista, esboçando a euforia que vinha pautando o som do Coldplay. Mas a balada O retoma o clima tristonho do CD no toque do piano de Martin e arremata álbum que esconde tema etéreo ao fim dessa última faixa oficial, reiterando que o Coldplay já teve dias e discos mais felizes..
ResponderExcluirAchei o album mais fraco da discografia deles. Só me interessaram de fato A Sky Full of Stars e mais ou menos Magic. Tb acho que entristeceram sem ganhos de qualidade. Quero instrumentos de verdade e as letras e melodias do Coldplay de volta. Mas ao que parece esse é um projeto intermediário de transição, por isso é um album curto, com tour provavelmente curta também para já lancar em breve um album de maior grandeza.
ResponderExcluir