1. Alguma voz (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro)
2. Xavante (Chico César) - música inédita
3. Casa de caboclo (Paulo Dáfilin e Roque Ferreira) - música inédita
4. Lua bonita (Zé do Norte e Zé Martins, 1953)
5. Candeeiro velho (Roque Ferreira e Paulo César Pinheiro)
6. Imbelezô eu (Roque Ferreira) - música inédita / Vento de lá (Roque Ferreira)
7. Mãe Maria (Custódio Mesquita e David Nasser, 1943) -
8. Uma Iara (Adriana Calcanhotto) - música inédita /
A perigosa Yara - texto de Clarice Lispector (1920 - 1977)
9. Moda da onça (tema do folclore popular adaptado por Inezita Barroso em 1960)
10. Povos do Brasil (Leandro Fregonesi) - música inédita
11. Arco da velha índia (Chico César) - música inédita
12. Folia de Reis (Roque Ferreira) - música inédita
13. Dindi (Antonio Carlos Jobim e Aloysio de Oliveira, 1959)
12 comentários:
Esta é a capa de Meus quintais, álbum de Maria Bethânia que tem projeto gráfico assinado por Gringo Cardia. Com lançamento previsto pela gravadora Biscoito Fino para a segunda quinzena de junho de 2014, o disco está enraizado em sons do Brasil rural, com repertório que remete a temática de Brasileirinho (Biscoito Fino, 2003), um dos álbuns mais cultuados da discografia da cantora baiana (clique aqui para reler post sobre o repertório). Eis as músicas (e seus respectivos compositores) alinhadas por Maria Bethânia em seu álbum Meus quintais:
1. Alguma voz (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro)
2. Xavante (Chico César) - música inédita
3. Casa de caboclo (Paulo Dáfilin e Roque Ferreira) - música inédita
4. Lua bonita (Zé do Norte e Zé Martins, 1953)
5. Candeeiro velho (Roque Ferreira e Paulo César Pinheiro)
6. Imbelezô eu (Roque Ferreira) / Vento de lá (Roque Ferreira) - músicas inéditas
7. Mãe Maria (Custódio Mesquita e David Nasser, 1943) -
8. Iara (Adriana Calcanhotto) - música inédita
9. Uma perigosa Iara - texto de Clarice Lispector (1920 - 1977)
10. Moda da onça (tema do folclore popular adaptado por Inezita Barroso em 1960)
11. Povos do Brasil (Leandro Fregonesi) - música inédita
12. Arco da velha índia (Chico César) - música inédita
13. Folia de Reis (Roque Ferreira) - música inédita
14. Dindi (Antonio Carlos Jobim e Aloysio de Oliveira, 1959)
Lindo! Gringo Cardia é mestre!
Que linda!!! Adorei! Uma das mais belas esse ano.
Bethânia prima por capas bacanas tb, exceto, Carta de Amor, na minha opinião. Achei o nome bem legal. Capa e nome já trazem o conceito. Bem Bethânia.
Capa fraquinha, não condiz com a força que Bethânia tem... Deveria ter feito algo mais ousado, assim como ela é.
Amo Bethânia mas os últimos discos andam bem repetitivos e as capas cada vez mais do mesmo.
Me parece que é uma foto que sobrou no arquivo do Gringo de quando ele fez o trabalho pro "Encanteria"... Eu vejo essa capa e lembro "Vou queimar a lamparina quando o Rei me der sinal..."
Belezas de um Brasil "encoberto" pela grande mídia, mas que estão latentes — e que Bethânia bem sabe que precisam ser louvadas, reverenciadas, expostas em forma de canto e poesia para quem quiser (e precisa) ouvir tais belezas. — "Mãe Maria" (Custódio Mesquita e David Nasser) é uma maravilha de canção, já gravada por Bethânia no álbum "Pássaro Proibido" (1976). Eu amo desde que a ouvi pela primeira vez... Salve a "abelha rainha" que insiste no que é bom.
EU GOSTEI DA CAPA, PARA MIM SIGNIFICOU UMA PEQUENA CHAMA DE BOA MÚSICA QUE RESISTE NA ESCURIDÃO DE TANTA PORCARIA QUE TOCA NO BRASIL DE HOJE.
lá vem Brasil caboclo. rs.
brincadeira. todo disco de Bethãnia é uma doce espera e uma chegada feliz.
Overdose de Roque Ferreira que é ótimo, mas já cansou na voz dela.
Saudade de uma bethania inédita. Parece tudo mais do mesmo.
Soube hoje que Maria Bethânia vai lançar seu próximo CD chamado "Meus quintais". Só esse título já fez com que eu me apaixonasse outra vez pela diva. É muito ser ela mesma e ao mesmo tempo ser escandalosamente inovadora, docemente agressiva. Num momento em que as palavras de ordens são tecnologias, metas espaciais, virtualidades, e coisas que o valha, vem Bethânia falando de "quintais". Alguém ainda sabe o que é quintal? Alguém ainda fala de quintais? Além dela e eu com meu sagradíssimo "quintal de Indó", alguém mais dá importância à memórias de quintais? Gente, eu acho um acinte. Uma obra de arte que eu ainda não ouvi, mas tenho certeza que não pode ser ruim. Ninguém tem uma missão assim, uma sacação dessas para fazer uma bobagem. Fico abobalhado por tamanha ousadia, tamanho amor próprio, tamanha coragem de transformar o mais simples numa novidade desconcertante. É isso: falar de quintais é dizer: continuamos humanos, mortais, e não deixaremos jamais de sermos isso. Ou aceitamos os nossos quintais, - nem que sejam os imaginários, memoráveis -, ou morreremos todos de depressão, de drogas ou por transformarmos a vida numa longa e sombria quarentena. Não somos conquistadores porcaria nenhuma, estamos sufocados de metas e sei lá mais o quê. O que precisamos urgentemente é de sombra e água freca e que cada um entenda essa sombra e essa água fresca como bem entender. Mas, a verdade é essa: estamos terrivelmente cansados, todos, jovens e velhos. Por isso, tantos narcóticos e tanta infelicidade. Rita Lee já cantou: Um dia quero ser índio, viver pintado de verde num eterno domingo, ser um bicho preguiça e espantar turista e tomar banho de sol. É isso. Tenho certeza que é do que precisamos: um eterno domingo e tomar banho de sol. É claro que isto não tem nada a ver com malandragem nem com irresponsabilidade. Muito pelo contrário: tem a ver é com uma postura filosófica de saber que nos perdemos na busca, e que se faz urgentemente necessário que consultemos novamente o mapa, que reestruturemos o percurso se necessário for, mudemos a direção, ou sigamos em frente se os dados primordiais que nos impulsionaram a viagem estiverem de acordo com o caminho tomado. E é para isso que serve a memória dos quintais, para que nunca esqueçamos completamente qual era mesmo o sonho de quando decidimos ser felizes e saimos em busca da felicidade. Nas minhas voltas ao quintal de Indó, muito tenho aprendido sobre mim mesmo. Muito de mim está sendo reconstruido e milacurosamente me tornado um ser mais inteiro e obviamente, mais feliz. E, penso eu, que deve ser de algo assim que esse novo trabalho de Bethânia trate. Da necessidade que todos temos e parece que poucos se dão conta, de que paradas são necessárias para uma restauração dos dados, renovação, reequilíbrio, reencontro, enfim, um confronto com o que verdadeiramente precisavamos ser sem os delírios civilizatórios impostos por uma globalização alucinada.
Theo Lima
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