Nome fundamental na história do samba, Martinho da Vila foi omitido no roteiro musical da cerimônia de entrega do Prêmio da Música Brasileira, estruturada para celebrar o gênero quase centenário. Contudo, no caloroso show derivado da 25ª edição da premiação, o cantor e compositor fluminense é lembrado com seu samba Canta, canta minha gente (Martinho da Vila, 1974) no bis do espetáculo, em numero coletivo que reiterou o poder agregador do samba. Roteirizado por Zélia Duncan sob a direção do empresário José Maurício Machline, criador do Prêmio da Música Brasileira, o show originado da 25ª edição está em turnê por sete cidades do Brasil. Iniciada no Rio de Janeiro (RJ), cidade em que o show foi gravado ao vivo no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 15 e 16 de maio de 2014 para edição de CD, DVD e blu-ray, a turnê traz no elenco quatro nomes fixos - Arlindo Cruz, Beth Carvalho, Dudu Nobre e Mariene de Castro - que se juntam a convidados locais. Nas duas apresentações cariocas, os convidados foram Beatriz Rabello, Péricles e Xande de Pilares (vistos com os anfitriões na foto de Rodrigo Goffredo), além da cantora africana Angélique Kidjo, cujo número com Péricles foi o ponto alto da gravação ao vivo. Além de Martinho, o roteiro abarca outros compositores omitidos na cerimônia do prêmio, casos do mineiro Ataulfo Alves (1909 - 1969) e do carioca Zé Kétti (1921 - 1999), representados por seus respectivos sambas Mulata assanhada (1956) e A voz do morro (1956). Eis o roteiro seguido na apresentação carioca de 15 de maio de 2014 pelo elenco que se alterna entre solos, duetos, trios e números coletivos no empolgante show, costurado por textos de Zélia Duncan (lidos pela apresentadora Cris Vianna):
Arlindo Cruz:
1. Dor de amor (Arlindo Cruz, Acyr Marque e Zeca Pagodinho, 1986)
2. A pureza da flor (Arlindo Cruz, Jr. Dom e Babi, 2006)
3. O show tem que continuar (Arlindo Cruz, Sombrinha e Luiz Carlos da Vila, 1988)
Dudu Nobre:
4. Vou botar teu nome na macumba (Dudu Nobre e Zeca Pagodinho, 1995) /
5. Quem é ela? (Dudu Nobre e Zeca Pagodinho, 2005)
6. Mulata assanhada (Ataulfo Alves, 1956)
7. Não deixe o samba morrer (Edson Conceição e Aluísio, 1975)
Mariene de Castro:
8. ...E o mundo não se acabou (Assis Valente, 1938)
9. Menino Deus (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1974)
10. Tirilê (Dunga e Roque Ferreira, 2014)
Xande de Pilares:
11. Pedi ao céu (Almir Guineto e Luverci Ernesto, 1979)
12. Me deixa em paz (Monsueto Menezes e Aírton Amorim, 1952)
13. Do jeito que a vida quer (Benito Di Paula, 1976)
Beatriz Rabello:
14. Timoneiro (Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho, 1996) /
15. Onde a dor não tem razão (Paulinho da Viola e Elton Medeiros, 1981) /
16. Na linha do mar (Paulinho da Viola, 1973)
Angélique Kidjo e Péricles:
17. Sinfonia da paz (Altay Veloso, 1991) /
18. O canto das três raças (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1976)
Péricles:
19. O mar serenou (Candeia, 1975)
20. Saudosa maloca (Adoniran Barbosa, 1955)
Dudu Nobre e Xande de Pilares:
21. Do fundo do nosso quintal (Jorge Aragão e Alberto Souza, 1987)
Arlindo Cruz e Péricles:
22. A voz do morro (Zé Kétti, 1956)
Arlindo Cruz, Dudu Nobre, Péricles e Xande de Pilares:
23. Camarão que dorme a onda leva (Arlindo Cruz, Beto sem Braço e Zeca Pagodinho, 1983)
Beth Carvalho:
24. Preciso me encontrar (Candeia, 1976) /
25. O sol nascerá (Cartola e Elton Medeiros, 1964) /
26. Juízo final (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares, 1973)
27. Sei lá, Mangueira (Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho, 1968)
28. Vou festejar (Jorge Aragão, Dida e Neoci, 1978)
29. Acreditar (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1976)
Beth Carvalho, Mariene de Castro e Beatriz Rabello:
30. A fonte secou (Monsueto Menezes e Mário Barbato, 1954)
31. Coisinha do pai (Jorge Aragão, Almir Guineto e Luiz Carlos, 1979)
Arlindo, Beatriz Rabello, Beth, Dudu Nobre, Mariene de Castro, Péricles e Xande:
32. Canta, canta minha gente (Martinho da Vila, 1974)
33. Samba de arerê (Xande de Pilares, Arlindo Cruz e Mauro Jr., 1999)
5 comentários:
Nome fundamental na história do samba, Martinho da Vila foi omitido no roteiro musical da cerimônia de entrega do Prêmio da Música Brasileira, estruturada para celebrar o gênero quase centenário. Contudo, no show derivado da 25ª edição da premiação, o cantor e compositor fluminense é lembrado com seu samba Canta, canta minha gente (Martinho da Vila, 1974) no bis do espetáculo, em numero coletivo que reiterou o poder agregador do samba. Roteirizado por Zélia Duncan sob a direção do empresário José Maurício Machline, criador do Prêmio da Música Brasileira, o show originado da 25ª edição está em turnê por sete cidades do Brasil. Iniciada no Rio de Janeiro (RJ), cidade em que o show foi gravado ao vivo no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 15 e 16 de maio de 2014 para edição de CD, DVD e blu-ray, a turnê traz no elenco quatro nomes fixos - Arlindo Cruz, Beth Carvalho, Dudu Nobre e Mariene de Castro - que se juntam a convidados locais. Nas duas apresentações cariocas, os convidados foram Beatriz Rabello, Péricles e Xande de Pilares (vistos com os anfitriões na foto de Rodrigo Goffredo), além da cantora africana Angélique Kidjo, cujo número com Péricles foi o ponto alto da gravação ao vivo. Além de Martinho, o roteiro abarca outros compositores omitidos na cerimônia do prêmio, casos do mineiro Ataulfo Alves (1909 - 1969) e do carioca Zé Kétti (1921 - 1999), representados por seus respectivos sambas Mulata assanhada (1956) e A voz do morro (1956). Eis o roteiro seguido na apresentação carioca de 15 de maio de 2014 pelo elenco que se alterna entre solos, duetos, trios e números coletivos no empolgante show, costurado por textos de Zélia Duncan (lidos pela apresentadora Cris Vianna):
Arlindo Cruz:
1. Dor de amor (Arlindo Cruz, Acyr Marque e Zeca Pagodinho, 1986)
2. A pureza da flor (Arlindo Cruz, Jr. Dom e Babi, 2006)
3. O show tem que continuar (Arlindo Cruz, Sombrinha e Luiz Carlos da Vila, 1988)
Dudu Nobre:
4. Vou botar teu nome na macumba (Dudu Nobre e Zeca Pagodinho, 1995) /
5. Quem é ela? (Dudu Nobre e Zeca Pagodinho, 2005)
6. Mulata assanhada (Ataulfo Alves, 1956)
7. Não deixe o samba morrer (Edson Conceição e Aluísio, 1975)
Mariene de Castro:
8. ...E o mundo não se acabou (Assis Valente, 1938)
9. Menino Deus (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1974)
10. Tirilê (Dunga e Roque Ferreira, 2014)
Xande de Pilares:
11. Pedi ao céu (Almir Guineto e Luverci Ernesto, 1979)
12. Me deixa em paz (Monsueto Menezes e Aírton Amorim, 1952)
13. Do jeito que a vida quer (Benito Di Paula, 1976)
Beatriz Rabello:
14. Timoneiro (Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho, 1996) /
15. Onde a dor não tem razão (Paulinho da Viola e Elton Medeiros, 1981) /
16. Na linha do mar (Paulinho da Viola, 1973)
Angélique Kidjo e Péricles:
17. Sinfonia da paz (Altay Veloso, 1991) /
18. O canto das três raças (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1976)
Péricles:
19. O mar serenou (Candeia, 1975)
20. Saudosa maloca (Adoniran Barbosa, 1955)
Dudu Nobre e Xande de Pilares:
21. Do fundo do nosso quintal (Jorge Aragão e Alberto Souza, 1987)
Arlindo Cruz e Péricles:
22. A voz do morro (Zé Kétti, 1956)
Arlindo Cruz, Dudu Nobre, Péricles e Xande de Pilares:
23. Camarão que dorme a onda leva (Arlindo Cruz, Beto sem Braço e Zeca Pagodinho, 1983)
Beth Carvalho:
24. Preciso me encontrar (Candeia, 1976) /
25. O sol nascerá (Cartola e Elton Medeiros, 1964) /
26. Juízo final (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares, 1973)
27. Sei lá, Mangueira (Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho, 1968)
28. Vou festejar (Jorge Aragão, Dida e Neoci, 1978)
29. Acreditar (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1976)
Beth Carvalho, Mariene de Castro e Beatriz Rabello:
30. A fonte secou (Monsueto Menezes e Mário Barbato, 1954)
31. Coisinha do pai (Jorge Aragão, Almir Guineto e Luiz Carlos, 1979)
Arlindo, Beatriz Rabello, Beth, Dudu Nobre, Mariene de Castro, Péricles e Xande:
32. Canta, canta minha gente (Martinho da Vila, 1974)
33. Samba de arerê (Xande de Pilares, Arlindo Cruz e Mauro Jr., 1999)
Repertório pra fazer Nivea Viva o Samba MORRER de INVEJA. Quem sabe, sabe e SAMBREGAS NÃO TÊM VEZ!!!!!
É sintomático que entre as 33 músicas do roteiro 05 tenha sido sucesso na voz de Clara Nunes! O que comprova a perenidade do repertório da Guereira!
E 11 do repertório de Beth, sendo que Juízo Final foi lançado pela Clara.
Totalmente normal, já que ela participa do show. Mas um show de samba que tem 05 músicas de Clara Nunes, 31 anos depois de sua morte, é prova indiscutível de que o seu repertório sobreviveu ao tempo!
Proporcionalmente, deu goleada!
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