♪ Impossível relatar a efervescência da cena de samba-jazz emergida no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP) - a partir do movimento dos barquinhos e das águas da Bossa Nova - sem tocar no nome de Hélcio Milito (9 de fevereiro de 1931 - 7 de junho de 2014), o músico paulista que saiu ontem de cena, na cidade natal de São Paulo (SP), aos 83 anos. Craque da tamba, o instrumento de percussão que inventou (a partir da união de quatro frigideiras, caixa-clara, três tambores e dois bambus) e que tocou pela primeira vez em 1960, Milito exercitou suas habilidades como baterista e percussionista no Tamba Trio, emblemático grupo de samba-jazz que fundou na primeira metade dos anos 1960. E no qual se reintegrou no início da década de 1970, após passagem pelos Estados Unidos - país-destino de vários virtuoses da Bossa Nova naqueles efervescentes anos 1960 - e por gravadoras nas quais Milito atuou nos bastidores, na função de produtor musical, avalizando discos de nomes como Jackson do Pandeiro (1919 - 1982). Em atividade entre 1948 e este ano de 2014, o músico foi um dos mais prestigiados na cena musical brasileira. Gravou desde 1954 e foi um dos pioneiros da Bossa Nova, embora sua musicalidade nem sempre tenha sido compreendida por alguns discípulos de João Gilberto na época áurea do Tamba Trio. Tinha o dom natural da música, exercitado intuitivamente ainda criança, quando começou a percutir panelas no fogão de sua casa. Mal sabia o então menino Hélcio Milito que os sons tirados de suas panelas seriam ouvidos e ovacionados no mundo no rastro da revolução estética orquestrada pela Bossa Nova.
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
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♪ Impossível relatar a efervescência da cena de samba-jazz emergida no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP) - a partir do movimento dos barquinhos e das águas da Bossa Nova - sem tocar no nome de Hélcio Milito (9 de fevereiro de 1931 - 7 de junho de 2014), o músico paulista que saiu ontem de cena, na cidade natal de São Paulo (SP), aos 83 anos. Craque da tamba, o instrumento de percussão que inventou (a partir da união de quatro frigideiras, caixa-clara, três tambores e dois bambus) e que tocou pela primeira vez em 1960, Milito exercitou suas habilidades como baterista e percussionista no Tamba Trio, emblemático grupo de samba-jazz que fundou na primeira metade dos anos 1960. E no qual se reintegrou no início da década de 1970, após passagem pelos Estados Unidos - país-destino de vários virtuoses da Bossa Nova naqueles efervescentes anos 1960 - e por gravadoras nas quais Milito atuou nos bastidores, na função de produtor musical, avalizando discos de nomes como Jackson do Pandeiro (1919 - 1982). Em atividade entre 1948 e este ano de 2014, o músico foi um dos mais prestigiados na cena musical brasileira. Gravou desde 1954 e foi um dos pioneiros da Bossa Nova, embora sua musicalidade nem sempre tenha sido compreendida por alguns discípulos de João Gilberto na época áurea do Tamba Trio. Tinha o dom natural da música, exercitado intuitivamente ainda criança, quando começou a percutir panelas no fogão de sua casa. Mal sabia o então menino Hélcio Milito que os sons tirados de suas panelas seriam ouvidos e ovacionados no mundo no rastro da revolução estética orquestrada pela Bossa Nova.
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