terça-feira, 17 de junho de 2014

Tributo de fervor irregular celebra obra de Zezinho, pioneiro padre cantor

Resenha de CD
Título: Pe. Zezinho SCJ - Tributo a um pioneiro
Artista: vários
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * 1/2

Em 1969, três anos após ser ordenado padre e três décadas antes de seu futuro colega de sacerdócio Marcelo Rossi bater recordes de vendas no mercado fonográfico brasileiro com o álbum Músicas para louvar ao senhor (Polygram, 1998), José Fernandes de Oliveira gravou seu primeiro compacto pela editora Paulinas Comep. Sem saber, padre Zezinho - como é conhecido no meio musical católico esse cantor e compositor mineiro nascido em 1941 na interiorana cidade de Machado (MG) - inaugurava filão rentável na indústria do disco. O CD Pe. Zezinho SCJ - Tributo a um pioneiro é reverente abordagem desse bonito cancioneiro que atravessou décadas e que teve alguns de seus melhores títulos reunidos pela cantora carioca Joanna em bom disco de 2011. O atual resulta irregular, nem sempre com o fervor pedido pelas músicas de Zezinho. Michel Teló, por exemplo, traz Estou pensando em Deus para o universo sertanejo com sentimento que resulta artificial. Falta também sentimento à Oração pela família, ora feita pelo grupo Anjos de Resgate com Paula Fernandes. Embora seu canto seja pouco límpido,  Luan Santana - justiça seja feita - põe um pouco mais de emoção em De lá no interior, faixa de apropriado sotaque caipira. Vocalmente mais bem dotado, Daniel acerta o tom de Utopia. Da mesma forma, Fagner brilha no canto de Minha vida tem sentido. Com reforço de vozes infantis, Carlos Careqa também acerta ao dar tom lúdico a Amar como Jesus amou, canção também gravada com propriedade por Fernanda Takai em seu álbum solo Na medida do impossível (Deck, 2014) em dueto com padre Fábio de Melo. Hábil intérprete de músicas alheias, Zeca Baleiro é outro artista que se sai bem ao interiorizar Vocação, com direito a solo de guitarra elétrica - instrumento, aliás, introduzido por Zezinho no universo musical católico. Voz que tem propagado forte fé católica em suas aparições públicas, Elba Ramalho marca dupla presença no disco, cantando com crença sincera Mãe do céu morena - no toque de um acordeom e com vozes e sons ambientes de uma igreja - e Oração por nossos filhos. Cancioneiro que propaga valores conservadores em defesa da família, em sintonia com a ideologia católica, o repertório de padre Zezinho prima pela beleza de suas melodias, mais valorizadas por Joanna em seu (digno) disco de 2011 e na própria vasta discografia do religioso.

5 comentários:

  1. Em 1969, três anos após ser ordenado padre e três décadas antes de seu futuro colega de sacerdócio Marcelo Rossi bater recordes de vendas no mercado fonográfico brasileiro com o álbum Músicas para louvar ao senhor (Polygram, 1998), José Fernandes de Oliveira gravou seu primeiro compacto pela editora Paulinas Comep. Sem saber, padre Zezinho - como é conhecido no meio musical católico esse cantor e compositor mineiro nascido em 1941 na interiorana cidade de Machado (MG) - inaugurava filão rentável na indústria do disco. O CD Pe. Zezinho SCJ - Tributo a um pioneiro é reverente abordagem desse bonito cancioneiro que atravessou décadas e que teve alguns de seus melhores títulos reunidos pela cantora carioca Joanna em bom disco de 2011. O atual resulta irregular, nem sempre com o fervor pedido pelas músicas de Zezinho. Michel Teló, por exemplo, traz Estou pensando em Deus para o universo sertanejo com sentimento que resulta artificial. Falta também sentimento à Oração pela família, ora feita pelo grupo Anjos de Resgate com Paula Fernandes. Embora seu canto seja pouco límpido, Luan Santana - justiça seja feita - põe um pouco mais de emoção em De lá no interior, faixa de apropriado sotaque caipira. Vocalmente mais bem dotado, Daniel acerta o tom de Utopia. Da mesma forma, Fagner brilha no canto de Minha vida tem sentido. Com reforço de vozes infantis, Carlos Careqa também acerta ao dar tom lúdico a Amar como Jesus amou, canção também gravada com propriedade por Fernanda Takai em seu álbum solo Na medida do impossível (Deck, 2014) em dueto com padre Fábio de Melo. Hábil intérprete de músicas alheias, Zeca Baleiro é outro artista que se sai bem ao interiorizar Vocação, com direito a solo de guitarra elétrica - instrumento, aliás, introduzido por Zezinho no universo musical católico. Voz que tem propagado a fé católica em suas aparições públicas, Elba Ramalho marca dupla presença no disco, cantando com crença e fervor Mãe do céu morena - no toque de um acordeom e com vozes e sons ambientes de uma igreja - e Oração por nossos filhos. Cancioneiro que propaga valores conservadores em defesa da família, em sintonia com a ideologia católica, o repertório de padre Zezinho prima pela beleza de suas melodias, mais valorizadas por Joanna em seu (digno) disco de 2011 e na própria vasta discografia do religioso.

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  2. A coisa mais insuportável que já escutei NA VIDA foi aquele disco da Joanna cantando as músicas do Padre Zezinho.

    Tem que ser muito carola pra suportar as músicas desse senhor.

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  3. Muito bom o disco da Joana! gostei muito deste também! parabéns Mauro! são músicas pra quem está de bem com a vida ( e com DEUS).

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  4. Parabéns Mauro pela bela resenha! Na minha humilde opinião o CD é agradável de uma forma geral; destacaria a música "canção dos imperfeitos" interpretada de forma belíssima por Vânia Abreu.

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  5. Não sou católico,mas esse tal Zezinho tem o seu valor.

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