Editorial - No fim da tarde do último sábado, 7 de junho de 2014, uma enorme fila se formou a partir da porta do teatro da Galeria Olido, point tradicional do Centro da cidade de São Paulo (SP). Era para ver o show gratuito que seria apresentado por Tulipa Ruiz dentro da programação do Circuito São Paulo de Cultura 2014. Quem conseguiu ocupar um dos lugares da sala - ou mesmo sentar no lotado chão dos corredores - viu uma das melhores performances da cantora e compositora paulistana. Tulipa - vista na foto de Rodrigo Goffredo no momento em que, agachada no palco, encara um holofote ao cantar o blues Víbora (Tulipa Ruiz, Criolo, Gustavo Ruiz, Luiz Chagas e Caio Lopes) - cresce a cada apresentação. A voz aguda parece estar se expandindo com a segurança adquirida em cena por essa cantora que já tem se revelado grande. Sensação do universo pop brasileiro em 2010, por conta da edição de seu primeiro álbum, Efêmera (YB Music, 2010), Tulipa cumpriu expectativas ao lançar seu segundo álbum, Tudo tanto (Independente, 2012), há dois anos. Neste disco, a artista abriu parcerias e encorpou seu som. Por isso mesmo, não deixa de ser curioso que, em suas atuais apresentações, o repertório de Efêmera predomine no roteiro. Na apresentação da Galeria Olido, por exemplo, Tulipa deu voz a nada menos do que dez das onze músicas de Efêmera - com direito à inserção de Bossa Nostra (Jorge Du Peixe, Lúcio Maia, Pupillo e Dengue, 2007), sucesso da Nação Zumbi, no meio de Brocal dourado (Tulipa Ruiz e Gustavo Ruiz, 2010). Como Tulipa, o repertório de Efêmera cresce e ganha nuances a cada apresentação da cantora, já com pleno domínio de seu farto material vocal. Além das músicas de seus dois álbuns, Tulipa já inclui Megalomania (Caio Lopes, Gustavo Ruiz, Luiz Chagas e Márcio Arantes) no roteiro essencialmente autoral, mas que continua tendo espaço para a abordagem da alheia Da maior importância (Caetano Veloso, 1973). Seja como for, diferentemente da maioria dos nomes da cena indie que a revelou, Tulipa Ruiz já lota shows Brasil afora para um público que há tempos já não cabe no círculo familiar de amigos e convidados. Público que parece crescer a cada dia - assim como essa cantora que já tem lugar nobre na história da música brasileira do século XXI.
Editorial - No fim da tarde do último sábado, 7 de junho de 2014, uma enorme fila se formou a partir da porta do teatro da Galeria Olido, point tradicional do Centro da cidade de São Paulo (SP). Era para ver o show gratuito que seria apresentado por Tulipa Ruiz dentro da programação do Circuito São Paulo de Cultura 2014. Quem conseguiu ocupar um dos lugares da sala - ou mesmo sentar no lotado chão dos corredores - viu uma das melhores performances da cantora e compositora paulistana. Tulipa - vista na foto de Rodrigo Goffredo no momento em que, agachada no palco, encara um holofote ao cantar o blues Víbora (Tulipa Ruiz, Criolo, Gustavo Ruiz, Luiz Chagas e Caio Lopes) - cresce a cada apresentação. A voz aguda parece estar se expandindo com a segurança adquirida em cena por essa cantora que já tem se revelado grande. Sensação do universo pop brasileiro em 2010, por conta da edição de seu primeiro álbum, Efêmera (YB Music, 2010), Tulipa cumpriu expectativas ao lançar seu segundo álbum, Tudo tanto (Independente, 2012), há dois anos. Neste disco, a artista abriu parcerias e encorpou seu som. Por isso mesmo, não deixa de ser curioso que, em suas atuais apresentações, o repertório de Efêmera predomine no roteiro. Na apresentação da Galeria Olido, por exemplo, Tulipa deu voz a nada menos do que dez das onze músicas de Efêmera - com direito à inserção de Bossa Nostra (Jorge Du Peixe, Lúcio Maia, Pupillo e Dengue, 2007), sucesso da Nação Zumbi, no meio de Brocal dourado (Tulipa Ruiz e Gustavo Ruiz, 2010). Como Tulipa, o repertório de Efêmera cresce e ganha nuances a cada apresentação da cantora, já com pleno domínio de seu farto material vocal. Além das músicas de seus dois álbuns, Tulipa já inclui Megalomania (Caio Lopes, Gustavo Ruiz, Luiz Chagas e Márcio Arantes) no roteiro essencialmente autoral, mas que continua tendo espaço para a abordagem da alheia Da maior importância (Caetano Veloso, 1973). Seja como for, diferentemente da maioria dos nomes da cena indie que a revelou, Tulipa Ruiz já lota shows Brasil afora para um público que há tempos já não cabe no círculo familiar de amigos e convidados. Público que parece crescer a cada dia - assim como essa cantora que já tem lugar nobre na história da música brasileira do século XXI.
ResponderExcluirTaí: concordo.
ResponderExcluirNão gosto do estilo clean da música de Tulipa. A música dela me soa "alegrinha" demais. Mas talvez nem tivesse como ser diferente, dada a voz aguda e o teor solar de "Efêmera".
E além do mais, isso sou eu. A galera parece gostar dela, e o estilo parece ser honesto e ascendente. Tulipa não faz tipo quando convida Lulu Santos para "turbinar" seu som. Há alguma verdade ali.
Sendo assim, que Tulipa continue me desagradando. Com as coisas que ela gosta e que nunca são efêmeras - aliás, "Efêmera" tem um certo "visgo" pop, na minha opinião.
Felipe dos Santos Souza
Tulipa é demais!!!
ResponderExcluirTulipa é demais!!!Já fui a vários shows e é sempre surpreendente..
ResponderExcluirConcordo com tudo isso que foi dito... Ela é excelente!!!
ResponderExcluirAssisti a este show e posso dizer que no palco ela é formidável! Vida longa a esta artista!
ResponderExcluirMaravilhosa!
ResponderExcluirNão consigo ouvir duas músicas. Passo imediatamente para a voz aveludada de Betty Carter, questão de acalantar os ouvidos...
ResponderExcluirE como diria Joyce Moreno "Vou pros Estados Unidos ouvir o meu samba, Brasil até jazz"
Corram para as colinas!!!
ResponderExcluirTambém não vejo graça na Tulipa, mas é bom que ela exista.
ResponderExcluirPois eu concordo com tudo, e desta nova galera "cult" ela é a melhor, a vi mês passado no Rio e o show só cresceu da estréia para cá, vida longa à Tulipa!!!!!
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