Mauro Ferreira no G1

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sábado, 28 de junho de 2014

Voz do soul e do r & b dos anos 1970, Bobby Womack sai de cena aos 70

Robert Dwayne Womack (4 de março de 1944 - 27 de junho de 2014) saiu ontem de cena, aos 70 anos, tendo recebido as flores em vida. Voz do soul  e do r & b dos anos 1970, década em que pôs músicas como That's the way I feel about Cha (Bobby Womack, Jim Grisby e Joe Hicks, 1972) nas paradas segmentadas dos gêneros com os quais sempre foi mais identificado, o cantor, compositor e músico norte-americano Bobby Womack correu o risco de ter ficado para sempre associado a um passado de glória do soul, do funk e do r & b, embora também transitasse pelo rock, pelo country e até pelo jazz. Contudo, aos poucos, iniciativas alheias ampliaram o alcance da voz do cantor. Em 1997, o cineasta norte-americano Quentin Tarantino propagou uma das melhores gravações de Womack, Across 110th street (Bobby Womack e James Louis Johnson, 1972), na trilha sonora de seu filme Jackie Brown (Estados Unidos, 1997). Há quatro anos, em ação que seria decisiva para a revalorização do cantor, o grupo britânico Gorillaz incluiu Womack entre os convidados de seu álbum Plastic beach (Parlophone Records / Virgin Records, 2010), projetando a lenda viva do soul no universo pop contemporâneo e abrindo caminho para que Womack voltasse ao disco há dois anos com seu primeiro álbum, The bravest man in the universe (XL Recordings / Lab 344, 2012), desde 2000 - o primeiro disco de inéditas desde Resurrection (Continuum, 1994). The bravest man in the universe se revelou grande álbum produzido por Damon Albarn (um dos mentores do Gorillaz) com Richard Russell (executivo da gravadora XL Recordings). Um CD que modernizou na medida certa o som de Womack sem deixar de respeitar o estilo original do artista. Ao sair de cena, Womack deixa álbuns antológicos como Facts of life (United Artists, 1973). A lenda se preparava para lançar via XL Recordings - no segundo semestre deste ano de  2014 - o álbum, The best is yet to come, que ontem se tornou forçosamente o primeiro título póstumo da discografia do resistente artista, derrotado por um câncer de cólon diagnosticado em 2012.

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

♪ Robert Dwayne Womack (4 de março de 1944 - 27 de junho de 2014) saiu ontem de cena, aos 70 anos, tendo recebido as flores em vida. Voz do soul e do r & b dos anos 1970, década em que pôs músicas como That's the way I feel about Cha (Bobby Womack, Jim Grisby e Joe Hicks, 1972) nas paradas segmentadas dos gêneros com os quais sempre foi mais identificado, o cantor, compositor e músico norte-americano Bobby Womack correu o risco de ter ficado para sempre associado a um passado de glória do soul, do funk e do r & b, embora também transitasse pelo rock, pelo country e até pelo jazz. Contudo, aos poucos, iniciativas alheias ampliaram o alcance da voz do cantor. Em 1997, o cineasta norte-americano Quentin Tarantino propagou uma das melhores gravações de Womack, Across 110th street (Bobby Womack e James Louis Johnson, 1972), na trilha sonora de seu filme Jackie Brown (Estados Unidos, 1997). Há quatro anos, em ação que seria decisiva para a revalorização do cantor, o grupo britânico Gorillaz incluiu Womack entre os convidados de seu álbum Plastic beach (Parlophone Records / Virgin Records, 2010), projetando a lenda viva do soul no universo pop contemporâneo e abrindo caminho para que Womack voltasse ao disco há dois anos com seu primeiro álbum, The bravest man in the universe (XL Recordings / Lab 344, 2012), desde 2000 - o primeiro disco de inéditas desde Resurrection (Continuum, 1994). The bravest man in the universe se revelou grande álbum produzido por Damon Albarn (um dos mentores do Gorillaz) com Richard Russell (executivo da gravadora XL Recordings). Um CD que modernizou na medida certa o som de Womack sem deixar de respeitar o estilo original do artista. Ao sair de cena, Womack deixa álbuns antológicos como Facts of life (United Artists, 1973). A lenda se preparava para lançar via XL Recordings - no segundo semestre deste ano de 2014 - o álbum, The best is yet to come, que ontem se tornou forçosamente o primeiro título póstumo da discografia do resistente artista, derrotado por um câncer de cólon diagnosticado em 2012.

Rafael disse...

Notícia triste. Uma grande perda para a soul music.