sexta-feira, 25 de julho de 2014

Bravo reaviva em show os golpes de Chico, Gil, Ivan e Vítor contra a ditadura

Nascida sob o signo da ditadura instaurada no Brasil em 1964, a MPB logo levantou a voz contra o golpe militar. Foram perfeitos golpes musicais e poéticos de compositores que se recusaram a lavar as mãos e a ficar calados. Conhecida pelo público que assiste a musicais do teatro carioca, a ótima cantora carioca Marya Bravo dá voz a alguns clássicos dos anos rebeldes no show Apesar de você, apresentado em 24 e 25 de julho de 2014 dentro do ciclo multimídia Arte e autoritarismo em cena, promovido pelo Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), para lembrar os 50 anos do golpe. Montado pelo pesquisador musical Rodrigo Faour, o roteiro alinha 17 músicas lançadas entre 1964 e 1978, época em que a censura cerceava a produção da MPB na medida em que os compositores exerciam a criatividade e, por meio de letras geralmente metafóricas, escapavam desse cerco. A maioria dessas 17 músicas ganha pegada hard roqueira no toque da guitarra de Bruno Pederneiras, pedra fundamental na construção da ambiência noise e único instrumento ouvido na abordagem de Sinal fechado (Paulinho da Viola, 1969). Eis o coerente roteiro seguido por Marya Bravo - em foto de Rodrigo Goffredo - na estreia do show Apesar de você no ciclo Arte e autoritarismo em cena:

1. Opinião (Zé Kétti, 1964)
2. Pesadelo (Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro, 1972)
3. Divino maravilhoso (Caetano Veloso e Gilberto Gil, 1968)
4. Roda viva (Chico Buarque, 1968)
5. Canção do medo (Toquinho e Gianfrancesco Guarnieri, 1973)
6. Cálice (Chico Buarque e Gilberto Gil, 1973)
7. Demoníaca (Sueli Costa e Vítor Martins, 1974)
8. Sinal fechado (Paulinho da Viola, 1969)
9. Rosa dos ventos (Chico Buarque, 1971)
10. Gás neon (Gonzaguinha, 1974)
11. Sentinela (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1968)
12. Meio termo (Lourenço Baeta e Cacaso, 1978)
13. Corpos (Ivan Lins e Vítor Martins, 1975)
14. Cartomante (Ivan Lins e Vítor Martins, 1977)
15. Apesar de você (Chico Buarque, 1970)
16. Pra não dizer que não falei de flores (Caminhando) (Geraldo Vandré, 1968)
17. Comportamento geral (Gonzaguinha, 1972)

Um comentário:

  1. ♪ Nascida sob o signo da ditadura instaurada no Brasil em 1964, a MPB logo levantou a voz contra o golpe militar. Foram perfeitos golpes musicais e poéticos de compositores que se recusaram a lavar as mãos e a ficar calados. Conhecida pelo público que assiste a musicais de teatro, a cantora carioca Marya Bravo dá voz a alguns clássicos dos anos rebeldes no show Apesar de você, apresentado em 24 e 25 de julho de 2014 dentro do ciclo multimídia Arte e autoritarismo em cena, promovido pelo Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), para lembrar os 50 anos do golpe. Estruturado pelo pesquisador musical Rodrigo Faour, o roteiro alinha 16 músicas lançadas entre 1964 e 1978, época em que a censura cerceava a produção da MPB na mesma medida em que os compositores exerciam sua criatividade e, por meio de letras geralmente metafóricas, escapavam desse cerco. A maioria dessas 16 músicas ganha pegada hard roqueira no toque da guitarra de Bruno Pederneiras, pedra fundamental na construção da ambiência noise e único instrumento ouvido na abordagem de Sinal fechado (Paulinho da Viola, 1969). Eis o coeso roteiro seguido por Marya Bravo - em foto de Rodrigo Goffredo - na estreia do ótimo show Apesar de você no ciclo Arte e autoritarismo em cena:

    1. Opinião (Zé Kétti, 1964)
    2. Pesadelo (Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro, 1972)
    3. Divino maravilhoso (Caetano Veloso e Gilberto Gil, 1968)
    4. Roda viva (Chico Buarque, 1968)
    5. Canção do medo (Toquinho e Gianfrancesco Guarnieri, 1973)
    6. Cálice (Chico Buarque e Gilberto Gil, 1973)
    7. Demoníaca (Sueli Costa e Vítor Martins, 1974)
    8. Sinal fechado (Paulinho da Viola, 1969)
    9. Rosa dos ventos (Chico Buarque, 1971)
    10. Gás neon (Gonzaguinha, 1974)
    11. Sentinela (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1969)
    12. Meio termo (Lourenço Baeta e Cacaso, 1978)
    13. Corpos (Ivan Lins e Vítor Martins, 1975)
    14. Cartomante (Ivan Lins e Vítor Martins, 1977)
    15. Apesar de você (Chico Buarque, 1970)
    16. Comportamento geral (Gonzaguinha, 1970)

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