♪ Nascida sob o signo da ditadura instaurada no Brasil em 1964, a MPB logo levantou a voz contra o golpe militar. Foram perfeitos golpes musicais e poéticos de compositores que se recusaram a lavar as mãos e a ficar calados. Conhecida pelo público que assiste a musicais do teatro carioca, a ótima cantora carioca Marya Bravo dá voz a alguns clássicos dos anos rebeldes no show Apesar de você, apresentado em 24 e 25 de julho de 2014 dentro do ciclo multimídia Arte e autoritarismo em cena, promovido pelo Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), para lembrar os 50 anos do golpe. Montado pelo pesquisador musical Rodrigo Faour, o roteiro alinha 17 músicas lançadas entre 1964 e 1978, época em que a censura cerceava a produção da MPB na medida em que os compositores exerciam a criatividade e, por meio de letras geralmente metafóricas, escapavam desse cerco. A maioria dessas 17 músicas ganha pegada hard roqueira no toque da guitarra de Bruno Pederneiras, pedra fundamental na construção da ambiência noise e único instrumento ouvido na abordagem de Sinal fechado (Paulinho da Viola, 1969). Eis o coerente roteiro seguido por Marya Bravo - em foto de Rodrigo Goffredo - na estreia do show Apesar de você no ciclo Arte e autoritarismo em cena:
1. Opinião (Zé Kétti, 1964)
2. Pesadelo (Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro, 1972)
3. Divino maravilhoso (Caetano Veloso e Gilberto Gil, 1968)
4. Roda viva (Chico Buarque, 1968)
5. Canção do medo (Toquinho e Gianfrancesco Guarnieri, 1973)
6. Cálice (Chico Buarque e Gilberto Gil, 1973)
7. Demoníaca (Sueli Costa e Vítor Martins, 1974)
8. Sinal fechado (Paulinho da Viola, 1969)
9. Rosa dos ventos (Chico Buarque, 1971)
10. Gás neon (Gonzaguinha, 1974)
11. Sentinela (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1968)
12. Meio termo (Lourenço Baeta e Cacaso, 1978)
13. Corpos (Ivan Lins e Vítor Martins, 1975)
14. Cartomante (Ivan Lins e Vítor Martins, 1977)
15. Apesar de você (Chico Buarque, 1970)
16. Pra não dizer que não falei de flores (Caminhando) (Geraldo Vandré, 1968)
17. Comportamento geral (Gonzaguinha, 1972)
17. Comportamento geral (Gonzaguinha, 1972)
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♪ Nascida sob o signo da ditadura instaurada no Brasil em 1964, a MPB logo levantou a voz contra o golpe militar. Foram perfeitos golpes musicais e poéticos de compositores que se recusaram a lavar as mãos e a ficar calados. Conhecida pelo público que assiste a musicais de teatro, a cantora carioca Marya Bravo dá voz a alguns clássicos dos anos rebeldes no show Apesar de você, apresentado em 24 e 25 de julho de 2014 dentro do ciclo multimídia Arte e autoritarismo em cena, promovido pelo Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), para lembrar os 50 anos do golpe. Estruturado pelo pesquisador musical Rodrigo Faour, o roteiro alinha 16 músicas lançadas entre 1964 e 1978, época em que a censura cerceava a produção da MPB na mesma medida em que os compositores exerciam sua criatividade e, por meio de letras geralmente metafóricas, escapavam desse cerco. A maioria dessas 16 músicas ganha pegada hard roqueira no toque da guitarra de Bruno Pederneiras, pedra fundamental na construção da ambiência noise e único instrumento ouvido na abordagem de Sinal fechado (Paulinho da Viola, 1969). Eis o coeso roteiro seguido por Marya Bravo - em foto de Rodrigo Goffredo - na estreia do ótimo show Apesar de você no ciclo Arte e autoritarismo em cena:
1. Opinião (Zé Kétti, 1964)
2. Pesadelo (Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro, 1972)
3. Divino maravilhoso (Caetano Veloso e Gilberto Gil, 1968)
4. Roda viva (Chico Buarque, 1968)
5. Canção do medo (Toquinho e Gianfrancesco Guarnieri, 1973)
6. Cálice (Chico Buarque e Gilberto Gil, 1973)
7. Demoníaca (Sueli Costa e Vítor Martins, 1974)
8. Sinal fechado (Paulinho da Viola, 1969)
9. Rosa dos ventos (Chico Buarque, 1971)
10. Gás neon (Gonzaguinha, 1974)
11. Sentinela (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1969)
12. Meio termo (Lourenço Baeta e Cacaso, 1978)
13. Corpos (Ivan Lins e Vítor Martins, 1975)
14. Cartomante (Ivan Lins e Vítor Martins, 1977)
15. Apesar de você (Chico Buarque, 1970)
16. Comportamento geral (Gonzaguinha, 1970)
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