Mauro Ferreira no G1

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terça-feira, 29 de julho de 2014

Gaga cai (bem) no swing do jazz com Bennett no single 'Anything goes'

Resenha de single
Título: Anything goes
Artistas: Tony Bennett & Lady Gaga
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * * 1/2
Single lançado no iTunes dos Estados Unidos em 29 de julho de 2014

Primeiro single do álbum Cheek to cheek, cujo lançamento está programado para 23 de setembro de 2014, a gravação de Anything goes por Tony Bennett e Lady Gaga dura apenas dois minutos e dois segundos. Tempo suficiente para apagar a má impressão deixada pelo último álbum da cantora norte-americana, ARTPOP (Interscope Records / Universal Music, 2013). Ao cair com Bennett no swing do jazz dos anos 1930 e 1940, Gaga mostra que pode abrir mão dos factoides e da mise-en-scène para se manter em evidência na mídia somente pelo seu trabalho musical como cantora. Prestes a completar 88 anos, em 3 de agosto de 2014, Bennett já é quase um arremedo do cantor que um dia seduziu os Estados Unidos. É o canto de Gaga que dá frescor ao reverente revival da canção feita pelo compositor norte-americano Cole Porter (1891 - 1964) para o musical Anything goes, estreado na Broadway em 1934. Sem inventar moda, o arranjo orquestral - calcado nos sopros - evoca a levada típica da era do swing, preparando a cama para Bennett e Gaga consumarem seu improvável casamento vocal. Lançado no iTunes hoje, 29 de julho de 2014, o single Anything goes é bom aperitivo do álbum Cheek to cheek, cujo repertório concentra standards do jazz das décadas de 1930 e 1940. Compositores como Cole Porter e Duke Ellington (1899 - 1974) são recorrentes nesse repertório. It don’t mean a thing (If it ain’t got that swing) (Duke Ellington e Irving Mills, 1931), Lush life (Billy Strayhorn, composta nos anos 1930 e apresentada em 1948) e Sophisticated lady (Duke Ellington, 1932, com letra posterior de Irving Mills) figuram na seleção de álbum que, a julgar por Anything goes, vai provar que Lady Gaga também faz Arte.

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Primeiro single do álbum Cheek to cheek, cujo lançamento está programado para 23 de setembro de 2014, a gravação de Anything goes por Tony Bennett e Lady Gaga dura apenas dois minutos e dois segundos. Tempo suficiente para apagar a má impressão deixada pelo último álbum da cantora norte-americana, ARTPOP (Interscope Records / Universal Music, 2013). Ao cair com Bennett no swing do jazz dos anos 1930 e 1940, Gaga mostra que pode abrir mão dos factoides e da mise-en-scène para se manter em evidência na mídia somente pelo seu trabalho musical como cantora. Prestes a completar 88 anos, em 3 de agosto de 2014, Bennett já é quase um arremedo do cantor que um dia seduziu os Estados Unidos. É o canto de Gaga que dá frescor ao reverente revival da canção feita pelo compositor norte-americano Cole Porter (1891 - 1964) para o musical Anything goes, estreado na Broadway em 1934. Sem inventar moda, o arranjo orquestral - calcado nos sopros - evoca a levada típica da era do swing, preparando a cama para Bennett e Gaga consumarem seu improvável casamento vocal. Lançado no iTunes hoje, 29 de julho de 2014, o single Anything goes é bom aperitivo do álbum Cheek to cheek, cujo repertório concentra standards do jazz das décadas de 1930 e 1940. Compositores como Cole Porter e Duke Ellington (1899 - 1974) são recorrentes nesse repertório. It don’t mean a thing (If it ain’t got that swing) (Duke Ellington e Irving Mills, 1931), Lush life (Billy Strayhorn, composta nos anos 1930 e apresentada em 1948) e Sophisticated lady (Duke Ellington, 1932, com letra posterior de Irving Mills) figuram na seleção de álbum que, a julgar por Anything goes, vai provar que Lady Gaga também faz Arte.

anônimo disse...

Eu que sempre a critiquei tenho que reconhecer que ela me surpreendeu, deveria investir em cantar mais vezes e abrir mão de firulas....