Mauro Ferreira no G1

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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Salmaso canta as 'gracinhas' e 'cacetadas' de Vinicius com Ary, Tom e Lyra

"Esse show é assim: tem uma gracinha e uma cacetada". Com esse comentário maroto, Mônica Salmaso conceituou com precisão as modulações do roteiro do show em que celebra o compositor e poeta carioca Vinicius de Moraes (1913 - 1980) na companhia dos músicos Nelson Ayres (piano) e Teco Cardoso (saxofone e flauta). Idealizado há dois anos para ser apresentado em Belo Horizonte (MG) em dezembro de 2012, a convite do projeto Compositores.BR, o show 100 Vinicius voltou à capital mineira em outubro de 2013 - mês em que o Brasil festejou o centenário de nascimento de Vinicius de Moraes - e depois percorreu cidades como Brasília (DF) e Curitiba (PR) antes de estrear no Rio de Janeiro (RJ), em apresentações que lotaram o Teatro Rival em 25 e 26 de julho de 2014. Na estreia nacional de 2012, o roteiro do show tirava o foco das parcerias do poeta compositor com Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994) e Baden Powell (1937 - 2000), pois ambas já eram abordadas em outros eventos do projeto Compositores.BR. Mas o roteiro atual - apresentado pela primeira vez pela cantora em outubro de 2013 - já põe Jobim no seu devido lugar de destaque na obra de Vinicius. Já os afro-sambas - abordados por Salmaso em seu primeiro álbum, de 1995 - foram excluídos pelo fato de dependerem do violão, instrumento ausente na formação camerística do show. A mesma formação, aliás, utilizada por Salmaso no recital Alma lírica brasileira (2010), perpetuado em CD e DVD. Em contrapartida, a cantora dá sua voz precisa a gracinhas e a cacetadas feitas por Vinicius com parceiros como Ary Barroso (1903 - 1964), Carlos Lyra, Chico Buarque, Francis Hime e Paulo Soledade (1919 - 1999). Eis o belo roteiro seguido por Mônica Salmaso - em foto de Rodrigo Goffredo - na apresentação de seu show (rebatizado Homenagem a Vinicius de Moraes),  realizada em 26 de julho de 2014,  no Teatro Rival,  no Rio de Janeiro  (RJ):

1. Chora coração (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1973)
2. A casa (Vinicius de Moraes, 1980)
3. Estrada branca (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958)  
4. Rancho das namoradas (Ary Barroso e Vinicius de Moraes, 1962)
5. Coisa mais linda (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1961)
6. Maria Moita (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1964)
7. Insensatez (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1961) 
8. Olha, Maria (Antonio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes e Chico Buarque, 1970) 
9. Modinha (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958) 
10. São Francisco (Paulo Soledade e Vinicius de Moraes, 1956)
11. Sabe você (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1964)
12. Pau de arara (Comedor de gilete) (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1964) 
13. Sem mais adeus (Francis Hime e Vinicius de Moraes, 1963)
14. Odeon (Ernesto Nazareth, 1909, com letra póstuma de Vinicius de Moraes, 1968)
15. Derradeira primavera (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1962)
16. Frevo de Orfeu (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1959)  
Bis:
17. Valsinha (Chico Buarque e Vinicius de Moraes, 1971)
18. Trem das onze (Adoniran Barbosa, 1964)

3 comentários:

Mauro Ferreira disse...

♪ "Esse show é assim: tem uma gracinha e uma cacetada". Com esse comentário maroto, Mônica Salmaso conceituou com precisão as modulações do roteiro do show em que celebra o compositor e poeta carioca Vinicius de Moraes (1913 - 1980) na companhia dos músicos Nelson Ayres (piano) e Teco Cardoso (saxofone e flauta). Idealizado há dois anos para ser apresentado em Belo Horizonte (MG) em dezembro de 2012, a convite do projeto Compositores.BR, o show 100 Vinicius voltou à capital mineira em outubro de 2013 - mês em que o Brasil festejou o centenário de nascimento de Vinicius de Moraes - e depois percorreu cidades como Brasília (DF) e Curitiba (PR) antes de estrear no Rio de Janeiro (RJ), em apresentações que lotaram o Teatro Rival em 25 e 26 de julho de 2014. Na estreia nacional de 2012, o roteiro do show tirava o foco das parcerias do poeta compositor com Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994) e Baden Powell (1937 - 2000), pois ambas já eram abordadas em outros eventos do projeto Compositores.BR. Mas o roteiro atual - apresentado pela primeira vez pela cantora em outubro de 2013 - já põe Jobim no seu devido lugar de destaque na obra de Vinicius. Já os afro-sambas - abordados por Salmaso em seu primeiro álbum, de 1995 - foram excluídos pelo fato de dependerem do violão, instrumento ausente na formação camerística do show. A mesma formação, aliás, utilizada por Salmaso no recital Alma lírica brasileira (2010), perpetuado em CD e DVD. Em contrapartida, a cantora dá sua voz precisa a gracinhas e a cacetadas feitas por Vinicius com parceiros como Ary Barroso (1903 - 1964), Carlos Lyra, Chico Buarque, Francis Hime e Paulo Soledade (1919 - 1999). Eis o belo roteiro seguido por Mônica Salmaso - em foto de Rodrigo Goffredo - na apresentação do show (rebatizado Homenagem a Vinicius de Moraes) realizada em 26 de julho de 2014 no Teatro Rival, no Rio de Janeiro (RJ):

1. Chora coração (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1973)
2. A casa (Vinicius de Moraes, 1980)
3. Estrada branca (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958)
4. Rancho das namoradas (Ary Barroso e Vinicius de Moraes, 1962)
5. Coisa mais linda (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1961)
6. Maria Moita (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1964)
7. Insensatez (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1961)
8. Olha, Maria (Antonio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes e Chico Buarque, 1970)
9. Modinha (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958)
10. São Francisco (Paulo Soledade e Vinicius de Moraes, 1956)
11. Sabe você (Carlos Lyra e Antonio Carlos Jobim, 1964)
12. Pau de arara (Comedor de gilete) (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1964)
13. Sem mais adeus (Francis Hime e Vinicius de Moraes, 1963)
14. Odeon (Ernesto Nazareth, 1909, com letra póstuma de Vinicius de Moraes, 1968)
15. Derradeira primavera (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1962)
16. Frevo de Orfeu (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1959)
Bis:
17. Valsinha (Chico Buarque e Vinicius de Moraes, 1971)
18. Trem das onze (Adoniran Barbosa, 1964)

anônimo disse...

Assisti na sexta, o show foi lindo, a Mônica só melhora com o tempo, amei especialmente as cacetadas....

Marcelo disse...

Monica é ótima e o show é maravilhoso!!!